domingo, 26 de abril de 2015

Imagens da "descomemoração" da Globo

Da revista Fórum (Fotos: Mídia Ninja/Jornalistas Livres):

Neste domingo (26), dia em que a Rede Globo completa 50 anos, movimentos sociais realizaram atos em pelo menos três grandes cidades brasileiras. O objetivo era claro: “descomemorar” a data. De tentativa de fraudar eleições a sonegação fiscal, as razões para tal são inúmeras.

Se na última semana o Jornal Nacional exibiu uma retrospectiva sobre o jornalismo da emissora, que a exaltou de todas as formas e tentou colocá-la como vítima - e não fiel apoiadora - da ditadura militar, os movimentos se articularam para denunciar todos os “podres” cometidos pela Globo em seu meio século de vida (para lembrar alguns, clique aqui).

Confira imagens de algumas dos protestos:


São Paulo

Ato caminhou para a sede da Rede Globo, na zona sul de São Paulo.



(Sergio Silva)

Ato da “descomemoração” da Globo em SP

Foto: Marcia Minillo/RBA

Por Igor Carvalho, na Rede Brasil Atual:

Na era em que o combate à corrupção e o discurso da moral estão na ponta da língua, a Rede Globo e sua história de desvios e manipulações parecem passar incólumes pelo crivo crítico daqueles que vestem verde e amarelo. A turma da CBF moradora em São Paulo preferiu neste domingo (26) ficar em casa – presumivelmente vendo a final do campeonato paulista e o Faustão –, enquanto centenas de pessoas de diversos movimentos sociais se manifestavam contra a emissora da família Marinho e seus 50 anos de histórias de contribuições à ditadura, às elites e ao conservadorismo do país.

Os professores e os jagunços da mídia

Por Altamiro Borges

Diante das lutas dos trabalhadores, a mídia patronal sempre adotou um comportamento padrão. Num primeiro momento, ela invisibiliza as mobilizações. Assembleias, passeatas e greves não são notícias – e, como não aparecem no “Jornal Nacional” da TV Globo, elas não existem. Já num segundo momento, se a mobilização ganha força, a mídia simplesmente criminaliza a categoria. Os grevistas passam a ser culpados pelo congestionamento do trânsito – que são bem raros nos centros urbanos. Este padrão de manipulação é explícito na cobertura “jornalística” da greve dos professores de São Paulo, que já dura mais de 40 dias e enfrenta com coragem a intransigência do governador Geraldo Alckmin.

A careta de Rachel Sheherazade

Por Altamiro Borges

Talvez frustrada com o refluxo das marchas golpistas – que ajudou militantemente a convocar –, a apresentadora Rachel Sheherazade anda meio irritadiça. Na semana passada, ela protagonizou mais uma cena de descontrole emocional. Na quinta-feira (23), ela fez cara feia ao vivo durante a exibição do telejornal “SBT Brasil”. No dia seguinte, após levar uma bronca da direção do jornalismo da emissora, ela saiu esbravejando contra seus colegas de redação. O jornalista Flávio Ricco, do site UOL, relatou mais este momento de fúria da âncora direitista e egocêntrica. Vale conferir:

Lobão, o BB e a pátria educadora

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Lobão não faz nada que preste em música há décadas, se é que algum dia fez.

Mas nas horas vagas do ativismo político de direita obtusa ele continua tentando.

A música na qual ele aposta agora - divulgada com estrondo pela Veja  chama-se A Posse dos Impostores.

Não consegui ouvi-la inteira, mas li a letra.

O embate entre o trabalho e o capital

Editorial do site Vermelho:

A classe trabalhadora brasileira sofreu na última quarta-feira (22), nova derrota na Câmara Federal, com a aprovação da chamada emenda aglutinativa ao Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização ampla e ilimitada da força de trabalho, incluindo a atividade fim nas empresas privadas.

Em relação ao projeto anterior aprovado na semana passada, os destaques votados na sessão desta quarta-feira só beneficiam os empresários e prejudicam fortemente o trabalhador. Abre-se uma nova era nas relações trabalhistas no Brasil, de salários ínfimos, precarização máxima e enorme insegurança para os trabalhadores.

Governo começará a semana mais forte

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

O governo iniciará a semana bem mais forte do que tem estado nas últimas semanas. Dilma avançou ainda mais um pouco para fora do cabo das tormentas que caracterizou os primeiros meses de sua nova gestão.

A decisão do PSDB, de insistir no impeachment, revelou-se um tiro no pé.

Brasil e o combate ao trabalho escravo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que altera o conceito de trabalho escravo contemporâneo, facilitando a vida de quem se utiliza desse crime. O projeto de lei 3842/12, do deputado federal Moreira Mendes (PSD-RO) exclui condições degradantes de trabalho e jornada exaustiva do artigo 149 do Código Penal, que trata do tema.

O que isso significa? E em que contexto se insere?

Cunha, Fiesp e Globo bancam terceirização

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Sob a batuta de Eduardo Cunha, a Câmara dos Deputados liquidou a aprovação da Lei da Terceirização na quarta-feira, 22, e mandou o projeto ao Senado. Apertado, o resultado de 230 votos a 203 foi bem diferente do placar folgado (324 a 137) da primeira apreciação, no dia 8. Não havia mais, porém, o medo da reação popular visto no dia 15, motivo do adiamento da votação naquela oportunidade. O que teria levado a uma segunda reviravolta? Pelo que se ouve na Câmara, uma combinação de lobby patronal, cobertura simpática da lei pela mídia e um esforço de Cunha de evitar a todo custo o risco de derrota.

Mulheres, jovens e a terceirização

Do site da UJS:

A Câmara dos Deputados de Eduardo Cunha aprovou na noite desta quarta-feira (22), por 230 votos a 203, o Projeto de Lei 4330/04 com uma emenda aglutinativa que permite a terceirização para todos os setores de uma empresa, reduz o período de quarentena entre a demissão de um funcionário no regime de CLT e a contratação dele como pessoa jurídica (PJ).

O santo Dom Helder Câmara

Por Frei Betto, no site da Adital:

Roma autorizou, neste mês, a arquidiocese de Olinda e Recife a iniciar o processo que poderá levar a Igreja Católica a reconhecer e cultuar Dom Helder Câmara (1909-1999) como santo.

Conheci-o quando era bispo auxiliar do Rio, no início da década de 1960. Homem de muitos talentos, ocupava-se também da Ação Católica, movimento que agrupava o chamado A, E, I, O e U (JAC, JEC, JIC, JOC e JUC).

Conservador e neoliberal de mãos dadas

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

O ambiente político, marcado pelo denuncismo e pela campanha de ódio ao Partido dos Trabalhadores (PT), ambos patrocinados pela grande mídia e pela oposição, é mais do que preocupante para as forças progressistas e de esquerda; é ameaçador.

Estão em curso duas ondas, uma conservadora e outra neoliberal, que atuam em sintonia no Parlamento. Elas, caso as forças progressistas não reajam à altura, poderão levar a grandes retrocessos em termos de direitos e conquistas econômicas e sociais.

Rede Globo quer o monopólio total

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Laurindo Lalo Leal Filho é professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Seu principal objeto de estudo tem sido a análise de políticas públicas de comunicação, em especial para a televisão. Publicou, entre outros, os livros “Atrás das Câmeras: relações entre Estado, Cultura e Televisão” e “A melhor TV do mundo: o modelo britânico de televisão”. Hoje, apresenta o programa VerTV, exibido pela TV Brasil e é colunista do site Carta Maior.

Nessa entrevista para o Brasil de Fato, parte da cobertura especial “Globo 50 anos – O que comemorar?”, Laurindo falou sobre a história da emissora, os interesses que ela representa e como sua atuação se torna um obstáculo à ampliação da liberdade de expressão em nosso país.

A luta de classes no Congresso Nacional

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Marx já dizia que a força de trabalho é transformada com naturalidade em mercadoria sob o capitalismo. O trabalhador livre, mas despojado de meios de produção - fruto de um longo processo de evolução histórica que na Inglaterra incluiu a expropriação da pequena propriedade no campo e a ruína do artesão na cidade -, é uma pré-condição do capitalismo. Para sobreviver, visto que já não pode produzir os próprios meios de vida, ele é forçado a se dirigir ao mercado e vender ou alugar sua força de trabalho como mercadoria por um determinado preço, que igualmente oscila segundo a lei da oferta e procura e, no caso, a luta de classes.