sábado, 20 de fevereiro de 2016

O "triplex" dos Marinho e o Miriamgate

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Acontecem coisas tão surreais no Brasil que um leitor desatento, ao ler o título do post, acharia que se trata de algum tipo de ironia ou palhaçada de blogueiro sujo.

Não é.

É sério.

Algumas informações já foram dadas em blogs, como o Viomundo, mas eu vou organizá-las de outro jeito aqui.

Olha o endereço da Brasif, a empresa que pagava mesada à amante de FHC no exterior:

(Foto capturada do blog Viomundo)

O endereço da firma também consta em diários oficiais, como este do Espírito Santo: rua Margarida Assis Fonseca 171, Belo Horizonte, MG.



Agora veja quem mais está sediado no mesmo endereço...

O consórcio Veine-Amália, dono do helicóptero usado pelos Marinho.

A Veine, por sua vez, é a empresa que detêm o "triplex" dos Marinho em Paraty, como se pode ver por várias notificações ambientais emitidas contra a propriedade.



Confira o endereço do consórcio Veine X Amalia: rua Margarida Assis Fonseca 171, Belo Horizonte, MG.



Aliás, o número é cabalístico e profético: 171!

As ligações entre Jonas Barcellos, dono da Brasif e os irmãos Marinho, donos da Globo, são inúmeras. A mais notória, porém, ficamos sabendo agora: a Brasif e Globo pagaram para Miriam Dutra, amante de FHC, ficar exilada e calada no exterior, para não atrapalhar os planos dos Marinh... ops, de FHC.

Ambas, Brasif e Globo são concessionárias de serviço público. Dependem diretamente do governo federal. E pagaram propina à FHC (sim, porque entendo que o dinheiro enviado a Miriam foi propina à FHC, não à Miriam) de olho em interesses privados nada republicanos: a Brasif, para continuar mantendo o monopólio sobre os freeshops nos aeroportos brasileiros, a Globo, bem, a Globo por mil razões: dinheiro de publicidade, financiamentos, não criar leis que possam prejudicá-la, etc.

É importante lembrar que a Veine, proprietária do "triplex" dos Marinho, pertence majoritariamente à Vaincre e a Blainville, ambas empresas offshore criadas sob as asas da Mossack Fonseca, uma das maiores lavanderias de dinheiro sujo do mundo

A Mossack Fonseca começou a ser investigada pela Lava Jato, na fase Triplo X, nome pegadinha dados pelos policiais quando pensavam que iriam acertar em Lula.

Acabaram acertando na Globo...

Foi o que bastou para a mídia e Lava Jato paralisarem completamente as investigações sobre a Mossack Fonseca e se concentrarem no "sítio de Lula"...



Desde então, não sai mais uma notinha na mídia sobre a Mossack Fonseca...

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