Por Altamiro Borges
A mídia privada adora fazer escarcéu com as denúncias de corrupção envolvendo empresas estatais e órgãos públicos. O objetivo, que apenas os “midiotas” não percebem, é induzir a sociedade a defender a privatização do patrimônio público e o chamado “Estado mínimo” – com menos gastos para as áreas sociais e mais grana para os rentistas e os ricaços. Quando um escândalo atinge a “competente e eficiente” iniciativa privada, a mídia venal trata logo de escondê-lo. Até porque, ela se alimenta da fortuna destes anunciantes. Isto ocorreu recentemente com a Volkswagen, que fraudou os dispositivos antipoluição de mais de 9 milhões de veículos em todo o mundo. A mídia abafou! Até na Páscoa, a corrupção privada está presente, mas não é destaque na mídia corrompida e venal.
Na terça-feira (22), a Fundação Procon de Porto Alegre informou que vai apurar a responsabilidade das fabricantes Nestlé, Garoto e Lacta na redução do peso dos ovos de chocolate. Segundo o órgão de defesa do consumidor, as empresas diminuíram o peso, mas mantiveram o mesmo preço do produto, sem o aviso devido ao consumidor. Os ovos de Páscoa fabricados neste ano pelas três marcas tiveram o volume reduzido entre 10% e 15% em relação ao ano passado. O Procon irá autuar as empresas, que terão dez dias de prazo para apresentar defesa sobre as irregularidades. As fabricantes poderão ser multadas e até mesmo ter a venda dos produtos suspensa até a adequação das embalagens.
De acordo com Cauê Vieira, diretor-executivo do Procon-Porto Alegre, além de notificar as empresas, o órgão também irá investigar uma alteração de padrão na fabricação. “A notificação é mais ampla do que somente a falta de comunicação ao consumidor. Questionamos também o motivo das empresas retirarem a padronização dos ovos entre os fabricantes, pois até o ano passado eles eram numerados, mas a partir desse ano, com a redução do peso, isso ficou variável entre as empresas", afirmou. Desde 2002, a Portaria nº 81 do Ministério da Justiça estabelece que os fabricantes que diminuírem a quantidade de produtos à venda ao consumidor devem informar a redução de modo claro e ostensivo nas embalagens.
O apresentador de tevê Celso Russomanno, que adora posar de “xerife do consumidor” e é candidato à prefeitura paulistana neste ano, nada falou sobre as fraudes da Nestlé, Garoto e Lacta. Talvez aguarde algum apoio financeiro para a sua campanha eleitoral. Já as emissoras de rádio e televisão, que se lambuzam na publicidade destes fabricantes de chocolate, também não alertaram os consumidores sobre a fraude nos ovos de Páscoa. E ainda tem gente que acredita no coelhinho da Páscoa e na imparcialidade e neutralidade da mídia. Haja inocência ou imbecilidade!
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A mídia privada adora fazer escarcéu com as denúncias de corrupção envolvendo empresas estatais e órgãos públicos. O objetivo, que apenas os “midiotas” não percebem, é induzir a sociedade a defender a privatização do patrimônio público e o chamado “Estado mínimo” – com menos gastos para as áreas sociais e mais grana para os rentistas e os ricaços. Quando um escândalo atinge a “competente e eficiente” iniciativa privada, a mídia venal trata logo de escondê-lo. Até porque, ela se alimenta da fortuna destes anunciantes. Isto ocorreu recentemente com a Volkswagen, que fraudou os dispositivos antipoluição de mais de 9 milhões de veículos em todo o mundo. A mídia abafou! Até na Páscoa, a corrupção privada está presente, mas não é destaque na mídia corrompida e venal.
Na terça-feira (22), a Fundação Procon de Porto Alegre informou que vai apurar a responsabilidade das fabricantes Nestlé, Garoto e Lacta na redução do peso dos ovos de chocolate. Segundo o órgão de defesa do consumidor, as empresas diminuíram o peso, mas mantiveram o mesmo preço do produto, sem o aviso devido ao consumidor. Os ovos de Páscoa fabricados neste ano pelas três marcas tiveram o volume reduzido entre 10% e 15% em relação ao ano passado. O Procon irá autuar as empresas, que terão dez dias de prazo para apresentar defesa sobre as irregularidades. As fabricantes poderão ser multadas e até mesmo ter a venda dos produtos suspensa até a adequação das embalagens.
De acordo com Cauê Vieira, diretor-executivo do Procon-Porto Alegre, além de notificar as empresas, o órgão também irá investigar uma alteração de padrão na fabricação. “A notificação é mais ampla do que somente a falta de comunicação ao consumidor. Questionamos também o motivo das empresas retirarem a padronização dos ovos entre os fabricantes, pois até o ano passado eles eram numerados, mas a partir desse ano, com a redução do peso, isso ficou variável entre as empresas", afirmou. Desde 2002, a Portaria nº 81 do Ministério da Justiça estabelece que os fabricantes que diminuírem a quantidade de produtos à venda ao consumidor devem informar a redução de modo claro e ostensivo nas embalagens.
O apresentador de tevê Celso Russomanno, que adora posar de “xerife do consumidor” e é candidato à prefeitura paulistana neste ano, nada falou sobre as fraudes da Nestlé, Garoto e Lacta. Talvez aguarde algum apoio financeiro para a sua campanha eleitoral. Já as emissoras de rádio e televisão, que se lambuzam na publicidade destes fabricantes de chocolate, também não alertaram os consumidores sobre a fraude nos ovos de Páscoa. E ainda tem gente que acredita no coelhinho da Páscoa e na imparcialidade e neutralidade da mídia. Haja inocência ou imbecilidade!
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Há muito que essa situação e esses golpes vêm ocorrendo. As barras de chocolate Nestlé eram de 200 gr. agora são de 170 gr. Os potes de sorvetes eram de 2 litros, agora são de 1,50 lts, os pacotes de sopa em pó eram de 100gr. agora são de 0,70 gr. e assim vai. Quem ajudará a defender os nossos direitos? Muito raramente a justiça funciona...
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