Da revista CartaCapital:
Em uma cerimônia de menos de cinco minutos, sem votação ou discursos, na qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), foi uma das estrelas, o PMDB anunciou sua saída da base do governo Dilma Rousseff nesta terça-feira 29. A decisão era esperada, mas seu anúncio dificulta a tentativa de sobrevivência do governo petista, que pode agora enfrentar uma debandada de outras siglas da base aliada.
A decisão do PMDB era aguardada há vários dias pelo Planalto. Agora, a estratégia passa a ser buscar o apoio de fragmentos de partidos para evitar que as oposições consigam os 342 votos necessários para aprovar o pedido de impeachment contra Dilma que tramita de forma célere na Câmara.
A expectativa é de que a votação em plenário ocorra na primeira quinzena de abril, uma vez que Eduardo Cunha decidiu fazer o processo correr na Casa. Adversário do governo desde 2015, Cunha, que é réu por corrupção no Supremo Tribunal Federal por conta de seu envolvimento no escândalo investigado na Operação Lava Jato, foi uma das estrelas da reunião do PMDB nesta terça.
Cunha chegou sorridente à sala da Câmara que sediou a reunião e estava no centro da mesa, ao lado do senador Romero Jucá (RR), vice-presidente do partido e que presidiu o encontro. Do lado de fora, integrantes da Força Sindical, controlada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), manifestavam seu apoio ao vice-presidente da República, Michel Temer. Do lado de dentro, eram ouvidos gritos de "fora PT" e "Temer presidente".
Outra figura que manifestava alegria com a decisão do partido era Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústria de São Paulo (Fiesp). Skaf esteve em Brasília, mas seu grande ato nesta terça-feira foram os anúncios gigantes nas 14 primeiras páginas dos primeiros cadernos dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Correio Braziliense defendendo o impeachment de Dilma.
Temer, presidente do PMDB, não esteve presente, em uma tentativa de se afastar do "desembarque". Foi o grupo de Temer, entretanto, que liderou as negociações dentro do PMDB para que a sigla se afastasse do governo. Em caso de impeachment, é ele que assume o governo, uma posição que o aproximou do PSDB.
Para atrair os parlamentares para sua base contra o impeachment, o governo deve usar cargos de segundo e terceiro escalão e, eventualmente, posições de ministros, para negociar. A expectativa é de que a saída do PMDB deixe centenas de cargos vagos.
Não se sabe, entretanto, em qual data os peemedebistas deixarão essas posições. "Não há nem necessidade de data. Falou-se em 12 dias, mas eu creio na consciência dos nossos companheiros e eles vão tomar essas medidas, porque a decisão partidária já está tomada e eu espero que eles respeitem", disse o ex-ministro Moreira Franco, presidente do Instituto Ulysses Guimarães e uma das figuras mais próximas a Temer.
Celso Pansera, deputado licenciado e ministro da Ciência e Tecnologia, manifestou interesse em permanecer no cargo, contrariando o partido. Henrique Eduardo Alves, por outro lado, deixou o governo no fim de semana ao pedir exoneração do cargo ministro do Turismo. No total, o PMDB tem sete ministérios no governo Dilma.
Em uma cerimônia de menos de cinco minutos, sem votação ou discursos, na qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), foi uma das estrelas, o PMDB anunciou sua saída da base do governo Dilma Rousseff nesta terça-feira 29. A decisão era esperada, mas seu anúncio dificulta a tentativa de sobrevivência do governo petista, que pode agora enfrentar uma debandada de outras siglas da base aliada.
A decisão do PMDB era aguardada há vários dias pelo Planalto. Agora, a estratégia passa a ser buscar o apoio de fragmentos de partidos para evitar que as oposições consigam os 342 votos necessários para aprovar o pedido de impeachment contra Dilma que tramita de forma célere na Câmara.
A expectativa é de que a votação em plenário ocorra na primeira quinzena de abril, uma vez que Eduardo Cunha decidiu fazer o processo correr na Casa. Adversário do governo desde 2015, Cunha, que é réu por corrupção no Supremo Tribunal Federal por conta de seu envolvimento no escândalo investigado na Operação Lava Jato, foi uma das estrelas da reunião do PMDB nesta terça.
Cunha chegou sorridente à sala da Câmara que sediou a reunião e estava no centro da mesa, ao lado do senador Romero Jucá (RR), vice-presidente do partido e que presidiu o encontro. Do lado de fora, integrantes da Força Sindical, controlada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), manifestavam seu apoio ao vice-presidente da República, Michel Temer. Do lado de dentro, eram ouvidos gritos de "fora PT" e "Temer presidente".
Outra figura que manifestava alegria com a decisão do partido era Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústria de São Paulo (Fiesp). Skaf esteve em Brasília, mas seu grande ato nesta terça-feira foram os anúncios gigantes nas 14 primeiras páginas dos primeiros cadernos dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Correio Braziliense defendendo o impeachment de Dilma.
Temer, presidente do PMDB, não esteve presente, em uma tentativa de se afastar do "desembarque". Foi o grupo de Temer, entretanto, que liderou as negociações dentro do PMDB para que a sigla se afastasse do governo. Em caso de impeachment, é ele que assume o governo, uma posição que o aproximou do PSDB.
Para atrair os parlamentares para sua base contra o impeachment, o governo deve usar cargos de segundo e terceiro escalão e, eventualmente, posições de ministros, para negociar. A expectativa é de que a saída do PMDB deixe centenas de cargos vagos.
Não se sabe, entretanto, em qual data os peemedebistas deixarão essas posições. "Não há nem necessidade de data. Falou-se em 12 dias, mas eu creio na consciência dos nossos companheiros e eles vão tomar essas medidas, porque a decisão partidária já está tomada e eu espero que eles respeitem", disse o ex-ministro Moreira Franco, presidente do Instituto Ulysses Guimarães e uma das figuras mais próximas a Temer.
Celso Pansera, deputado licenciado e ministro da Ciência e Tecnologia, manifestou interesse em permanecer no cargo, contrariando o partido. Henrique Eduardo Alves, por outro lado, deixou o governo no fim de semana ao pedir exoneração do cargo ministro do Turismo. No total, o PMDB tem sete ministérios no governo Dilma.
Quando o Cunha será preso ???
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