Do site Vermelho:
O Jornal Nacional - que tem divulgado vazamentos ilegais de processos em andamento, que recusou a Lula direito de resposta e que trata delações de criminosos como verdades se atingem o PT - anunciou, na noite desta quinta (24), que não divulgaria os nomes que constam na lista apreendida pela Polícia Federal, nos escritórios da Odebrecht. No momento em que líderes da oposição aparecem, mais uma vez, nas apurações da Lava Jato, a emissora foge da pauta e decide assassinar o jornalismo.
Com muito contorcionismo, a emissora arranjou um jeito de não citar nomes como Aécio Neves e José Serra, que aparecem nas planilhas da Odebrecht. Na reportagem em que mencionou o assunto, o âncora do Jornal Nacional, William Bonner, se limitou a ler uma relação de 24 partidos que integram a lista da empreiteira. O apresentador não fez nenhuma distinção entre eles.
Ao invés disso, justificou-se, dizendo que como são mais de 200 os nomes de políticos mencionados no material, não haveria tempo suficiente para que todos fossem citados no telejornal. Além disso, segundo Bonner, as investigações da Lava Jato ainda não esclareceram se os repasses são ilícitos.
“O Jornal Nacional não vai divulgar os nomes dos políticos listados. E o motivo é simples: além de a polícia não saber ainda se [os políticos] cometeram alguma ilegalidade, a lista inclui mais de 200 pessoas de todos esses partidos. Não faria sentido escolher uns e omitir outros, e o tempo não nos permitiria divulgar todos”, declarou o apresentador do JN.
Trata-se de critério louvável, não fosse usado de forma seletiva. Basta lembrar o tratamento que o noticiário da Globo deu aos grampos das conversas entre Lula e Dilma, ou ao vazamento de delações premiadas, ou às denúncias contra o ex-presidente por causa de suposições envolvendo um apartamento no Guarujá, um sítio em Atibaia, dois pedalinhos e um barquinho de lata.
Agora que o nome de tucanos aparecem em planilhas da Lava Jato, que, diga-se de passagem, de fato podem não significar nada, a emissora da família Marinho decide mudar sua linha de atuação. “A suspeita dos policiais é que se trate de um registro contábil de pagamentos da Odebrecht para campanhas nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Tanto doações oficiais quanto não declaradas, conhecidas como caixa 2”, destacou companheira de bancada de Bonner, Renata Vasconcelos.
“O esclarecimento vai depender da investigação da Polícia Federal. Não é possível, de antemão, saber se os pagamentos são doação eleitoral legal ou propina. É que, mesmo que não estejam na prestação de contas registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, existem formas de pagamento chamadas de doações ocultas – são repasses feitos de forma legal aos partidos que só depois se destinam aos candidatos. Mais um motivo para o JN não divulgar a lista”, completou o âncora.
O escritor e jornalista Fertnando Morais foi uma das pessoas que condenaram o tratamento desequilibrado do JN. "O Jornal Nacional é inacreditável. Qualquer papel higiênico sujo de cocô que chegue à redação do JN, e que contenha acusações ao Lula, a Dilma, ao PT e ao governo, é dado como verdade absoluta e escancarado nas manchetes. Como o listão da Odebrecht traz nomes de tucanos de farta plumagem (...) o Bonner disse que a ética recomendava esperar as comprovações - e não deu nenhum nome. Depois as pessoas acham que estou radicalizando quando digo que a família Marinho e as Organizações Globo são inimigas do Brasil e assim devem ser tratadas", escreveu.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Paulo Zocchi, também comentou o assunto. "Incrível é explicar que 'há formas ocultas de fazer doações legais' (ou seja, os caras cruzaram a planilha com a prestação de contas e não acharam os valores declarados) quando se afirmou largamente que são propinas as doações legais e declaradas ao PT, sem qualquer prova!", afirmou.
O Jornal Nacional - que tem divulgado vazamentos ilegais de processos em andamento, que recusou a Lula direito de resposta e que trata delações de criminosos como verdades se atingem o PT - anunciou, na noite desta quinta (24), que não divulgaria os nomes que constam na lista apreendida pela Polícia Federal, nos escritórios da Odebrecht. No momento em que líderes da oposição aparecem, mais uma vez, nas apurações da Lava Jato, a emissora foge da pauta e decide assassinar o jornalismo.
Com muito contorcionismo, a emissora arranjou um jeito de não citar nomes como Aécio Neves e José Serra, que aparecem nas planilhas da Odebrecht. Na reportagem em que mencionou o assunto, o âncora do Jornal Nacional, William Bonner, se limitou a ler uma relação de 24 partidos que integram a lista da empreiteira. O apresentador não fez nenhuma distinção entre eles.
Ao invés disso, justificou-se, dizendo que como são mais de 200 os nomes de políticos mencionados no material, não haveria tempo suficiente para que todos fossem citados no telejornal. Além disso, segundo Bonner, as investigações da Lava Jato ainda não esclareceram se os repasses são ilícitos.
“O Jornal Nacional não vai divulgar os nomes dos políticos listados. E o motivo é simples: além de a polícia não saber ainda se [os políticos] cometeram alguma ilegalidade, a lista inclui mais de 200 pessoas de todos esses partidos. Não faria sentido escolher uns e omitir outros, e o tempo não nos permitiria divulgar todos”, declarou o apresentador do JN.
Trata-se de critério louvável, não fosse usado de forma seletiva. Basta lembrar o tratamento que o noticiário da Globo deu aos grampos das conversas entre Lula e Dilma, ou ao vazamento de delações premiadas, ou às denúncias contra o ex-presidente por causa de suposições envolvendo um apartamento no Guarujá, um sítio em Atibaia, dois pedalinhos e um barquinho de lata.
Agora que o nome de tucanos aparecem em planilhas da Lava Jato, que, diga-se de passagem, de fato podem não significar nada, a emissora da família Marinho decide mudar sua linha de atuação. “A suspeita dos policiais é que se trate de um registro contábil de pagamentos da Odebrecht para campanhas nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Tanto doações oficiais quanto não declaradas, conhecidas como caixa 2”, destacou companheira de bancada de Bonner, Renata Vasconcelos.
“O esclarecimento vai depender da investigação da Polícia Federal. Não é possível, de antemão, saber se os pagamentos são doação eleitoral legal ou propina. É que, mesmo que não estejam na prestação de contas registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, existem formas de pagamento chamadas de doações ocultas – são repasses feitos de forma legal aos partidos que só depois se destinam aos candidatos. Mais um motivo para o JN não divulgar a lista”, completou o âncora.
O escritor e jornalista Fertnando Morais foi uma das pessoas que condenaram o tratamento desequilibrado do JN. "O Jornal Nacional é inacreditável. Qualquer papel higiênico sujo de cocô que chegue à redação do JN, e que contenha acusações ao Lula, a Dilma, ao PT e ao governo, é dado como verdade absoluta e escancarado nas manchetes. Como o listão da Odebrecht traz nomes de tucanos de farta plumagem (...) o Bonner disse que a ética recomendava esperar as comprovações - e não deu nenhum nome. Depois as pessoas acham que estou radicalizando quando digo que a família Marinho e as Organizações Globo são inimigas do Brasil e assim devem ser tratadas", escreveu.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Paulo Zocchi, também comentou o assunto. "Incrível é explicar que 'há formas ocultas de fazer doações legais' (ou seja, os caras cruzaram a planilha com a prestação de contas e não acharam os valores declarados) quando se afirmou largamente que são propinas as doações legais e declaradas ao PT, sem qualquer prova!", afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: