Por Altamiro Borges
Em decisão tomada nesta terça-feira, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido para adiar o julgamento da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara Federal, o correntista suíço Eduardo Cunha. Com isto, está mantida a sessão - que pode dar início ao processo de cassação do lobista - para esta quarta-feira (2). Ao justificar o seu voto, o ministro alegou que "o inquérito tramita há aproximadamente um ano" e que o STF recebeu "atento e constante acompanhamento dos competentes representantes do acusado signatários das petições". Em outras palavras, ele simplesmente abortou a manobra ardilosa de Eduardo Cunha.
Um dia antes, na segunda-feira (29), o correntista suíço já havia sido derrotado em outra manobra. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, negou seu pedido para inviabilizar a permanência no cargo do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA). A defesa do lobista argumentou que o deputado antecipou a sua posição sobre o processo de cassação do presidente da Câmara, mas o chororô não foi levado em conta. "O procedimento destinado a apurar a ocorrência ou não de quebra de decoro parlamentar, para fins de cassação de mandato, tem natureza eminentemente política, não podendo ser equiparado a um processo judicial ou administrativo comum", rebateu o ministro.
Com a rejeição destas duas manobras, Eduardo Cunha deve perder sua pose de valentão. Nos últimos dias, ele andava bem animado com a retomada da ofensiva da oposição golpista pelo impeachment de Dilma - com base na prisão cinematográfica do publicitário João Santana. Ele apostava nesta tática diversionista para fugir dos holofotes da mídia e para garantir maior fôlego. Na maior caradura, ele chegou a fazer piadas sobre a possibilidade de Dilma cair antes dele. Agora, porém, ele perdeu o seu sorriso no rosto. Se a acusação da PGR for acolhida pelo STF, será aberta uma ação penal e Eduardo Cunha passa a responder, na condição de réu, às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em decisão tomada nesta terça-feira, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido para adiar o julgamento da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara Federal, o correntista suíço Eduardo Cunha. Com isto, está mantida a sessão - que pode dar início ao processo de cassação do lobista - para esta quarta-feira (2). Ao justificar o seu voto, o ministro alegou que "o inquérito tramita há aproximadamente um ano" e que o STF recebeu "atento e constante acompanhamento dos competentes representantes do acusado signatários das petições". Em outras palavras, ele simplesmente abortou a manobra ardilosa de Eduardo Cunha.
De acordo com a denúncia do PGR, o presidente da Câmara recebeu US$ 5 milhões em propina para viabilizar a contratação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung em 2006 e 2007. A negociata foi feita sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares e do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em outra acusação, Rodrigo Janot afirma que Eduardo Cunha pediu, em 2011, à ex-deputada e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida a apresentação de requerimentos à Comissão de Fiscalização e Controle para pressionar o estaleiro, que teria parado de pagar as parcelas da propina. As denúncias são consistentes e colocam o lobista à beira da forca!
Um dia antes, na segunda-feira (29), o correntista suíço já havia sido derrotado em outra manobra. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, negou seu pedido para inviabilizar a permanência no cargo do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA). A defesa do lobista argumentou que o deputado antecipou a sua posição sobre o processo de cassação do presidente da Câmara, mas o chororô não foi levado em conta. "O procedimento destinado a apurar a ocorrência ou não de quebra de decoro parlamentar, para fins de cassação de mandato, tem natureza eminentemente política, não podendo ser equiparado a um processo judicial ou administrativo comum", rebateu o ministro.
Com a rejeição destas duas manobras, Eduardo Cunha deve perder sua pose de valentão. Nos últimos dias, ele andava bem animado com a retomada da ofensiva da oposição golpista pelo impeachment de Dilma - com base na prisão cinematográfica do publicitário João Santana. Ele apostava nesta tática diversionista para fugir dos holofotes da mídia e para garantir maior fôlego. Na maior caradura, ele chegou a fazer piadas sobre a possibilidade de Dilma cair antes dele. Agora, porém, ele perdeu o seu sorriso no rosto. Se a acusação da PGR for acolhida pelo STF, será aberta uma ação penal e Eduardo Cunha passa a responder, na condição de réu, às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
Apesar da generosidade da mídia oposicionista - que poupa o correntista suíço para concentrar a sua artilharia contra Dilma e Lula -, a situação do lobista é dramática. Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (29) apontou que 76% dos eleitores defendem a sua imediata saída da presidência da Câmara Federal. O número é 11 pontos superior ao apurado na pesquisa anterior, de dezembro. Já 78% são favoráveis a cassação do seu mandato de deputado. Na avaliação de Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do instituto, Eduardo Cunha virou um "cadáver insepulto" - para a tristeza da mídia golpista e dos fascistas mirins que o elegeram como herói do impeachment de Dilma.
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