Por Altamiro Borges
O apresentador Luciano Huck, da Globo, nunca escondeu suas relações carnais com Aécio Neves. Na apuração do segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2014, ele apareceu com cara de nádega ao lado do cambaleante tucano. A imagem bombou na internet. Talvez temendo nova chacota, na deprimente votação do impeachment de Dilma no domingo (17), o "menino" da famiglia Marinho preferiu se preservar. Em sua página no Facebook, ele justificou a sua omissão: "Tenho opinião. Mas não vou compartilhá-la hoje aqui, porque não é o dia". Mesmo assim, ele não conteve o seu veneno: "Que este domingo nos leve para águas mais calmas, tranquilas e prósperas sejam elas quais forem. Porque, do jeito que está, está uma merda".
O astro da TV Globo só não reconheceu que ajudou ativamente a obrar estas "merdas". Nas marchas golpistas, ele fez coro com os grupelhos fascistas que rosnavam pelo impeachment de Dilma e pela volta dos militares ao poder. Luciano Huck, com sua influência midiática, também nunca denunciou o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da máfia golpista na Câmara Federal. Ele sempre poupou os tucanos metidos em corrupção - até os escândalos de Aécio Neves viraram pó no seu proselitismo direitista. Agora, haja "merda". Talvez isto explique o seu silêncio cúmplice no domingo da vergonha - o que não significa que ele não tenha ligado ao amigo cambaleante para festejar o golpe.
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