Após várias encenações teatrais e demoníacas, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidenta Dilma, parece que já foi despachada pelos golpistas que assaltaram o Palácio do Planalto. Ela sequer foi lembrada para ocupar um cargozinho no governo do Judas Michel Temer, que esbarra em tantas dificuldades para nomear uma mulher para o seu “ministério de notáveis” – composto por homens, brancos e ricaços. E nem dá para alegar falta de experiência em cargos públicos. Afinal, a fugaz líder da extrema-direita brasileira, que sempre tentou se travestir de “apartidária”, já ocupou várias funções em governos tucanos, segundo reportagem do Jornal do Brasil:
“Janaína Paschoal trabalhou como assessora especial do Ministério da Justiça no governo FHC e como assessora técnica de gabinete na gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. No arquivo do Diário Oficial da União (DOU), de 24 de julho de 2002, há a informação da sua exoneração do cargo de Assessora Especial do Ministro de Estado da Justiça, pelo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Já no governo de Geraldo Alckmin, ela presidiu uma das comissões especiais destinadas a apresentar propostas de alteração do plano de carreira e critérios de promoção nas polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, de acordo com informação disponível no site da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo”.
Esquecida pelos ingratos usurpadores do poder, a advogada Janaína Paschoal será lembrada por muito tempo pelos que prezam a democracia e o Estado de Direito. Na semana passada, os estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) fizeram questão de carimbar na sua testa o rótulo de “golpista”. Segundo matéria publicada na Folha tucana na sexta-feira (13), “os alunos fizeram uma intervenção contra a professora Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, cuja abertura resultou no afastamento da petista. Um grupo de 15 pessoas pendurou um cartaz com os dizeres ‘golpista’ na sala onde a professora ministra uma disciplina optativa de direito penal, no início da tarde”.
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Aposto que ela vai ocupar a pasta da "Cultura da Pomba Gira".
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