Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A Folha publica hoje matéria sobre a intenção do Itamaraty de abandonar 34 organismos internacionais para “fazer economia”.
A matéria está correta, embora o título esteja errado: Governo brasileiro avalia se abandona grupos ligados ao Mercosul. Há órgãos do Mercosul, mas há vários outros ligados à própria ONU e a redes de proteção ambiental independentes.
São, no total, 34 organizações:
A Folha publica hoje matéria sobre a intenção do Itamaraty de abandonar 34 organismos internacionais para “fazer economia”.
A matéria está correta, embora o título esteja errado: Governo brasileiro avalia se abandona grupos ligados ao Mercosul. Há órgãos do Mercosul, mas há vários outros ligados à própria ONU e a redes de proteção ambiental independentes.
São, no total, 34 organizações:
União Geodésica e Geofísica Internacional, Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, Instituto Social do Mercosul, Fundo Mercosul Cultural, Fundo de Promoção do Turismo do Mercosul, Fundo de Cooperação das Cooperativas do Mercosul, Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos do Mercosul, Acordo de Conservação de Albatrozes e Petréis, Comissão Intergovernamental dos Países da Bacia do Prata, Sistema Econômico Latino Americano, Centro Latino Americano de Administração para o Desenvolvimento, Conferência de Autoridades Audiovisuais e Cinematográficas Ibero Americanas, Fundo de Cooperação Técnica a AIEA, Centro Sul, Comissão Internacional da Pimenta do Reino, Grupo Internacional de Estudos do Cobre, Grupo Internacional de Estudos do Níquel, Grupo Internacional de Estudos do Chumbo e Zinco, Secretaria Geral Ibero Americana, Organização dos Estados Ibero Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, Organização Ibero Americana de Juventude, Comissão Internacional para a Conservação do Atum e Afins do Atlântico, Instituto Interamericano para Pesquisa em Mudanças Globais, Comissão Sericícola Internacional, Centro Interamericano de Administrações Tributárias, Organização Internacional da Vinha e do Vinho, Comissão Internacional da Baleia, Organização Internacional do Cacau, Instituto Ítalo Latino Americano, Instituto Internacional pela Unificação do Direito Internacional Privado, Centro Internacional de Estudos para Conservação e Restauração de Bens Culturais, Rede Internacional de Centros de Astrofísica Relativística, Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais e… Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.
Conseguiu ler tudo?
Agora veja apenas alguns exemplos da “imensa economia” que faríamos ao nos ausentarmos de alguns destes organismos: O acordo de proteção aos albatrozes e petréis custou ao Brasil, em 2014, fabulosos R$ 11.272. Isso mesmo, R$ 940 mensais. Já a Comissão Sericícola Internacional – onde se discutem os interesses dos produtores de seda – e os 29 municípios do Vale da Seda, no Paraná, são conhecidos pelo fio de altíssima qualidade, custou-nos, em 2012, R$ 53 mil. Já a pimenta não ardeu muito no bolso brasileiro: foram apenas R$ 10.193,73 de contribuição a associação dos maiores produtores da especiaria: somos o terceiro, atrás apenas do Vietnã e da Índia.
Sabem onde a gente deve os R$ 5 bilhões de que fala a matéria? De onde a gente não pode sair: só com a ONU, R$1 bilhão. Outro bilhão com o Mercosul, em contribuições atrasadas. No BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), R$ 160 milhões. R$ 70 milhões à Unesco. E, é claro, sair não paga o que se deve.
José Serra e o bando de burocratas que o acompanha são como aqueles folclóricos donos de botequim com o lápis atrás da orelha, sempre prontos a fazer qualquer “economia de palitos”. Não enxergam a importância de o país estar presente nos fóruns mundiais onde se discutem questão de meio-ambiente, ciência, produtos que não são importantes e cultura.
Na cabeça desta gente, o Brasil é um “paiseco”, que faz “tudo o que o mestre mandar”. E se ele, por acaso, não mandar, dá-se um pulinho na embaixada para perguntar o que é para fazer.
Conseguiu ler tudo?
Agora veja apenas alguns exemplos da “imensa economia” que faríamos ao nos ausentarmos de alguns destes organismos: O acordo de proteção aos albatrozes e petréis custou ao Brasil, em 2014, fabulosos R$ 11.272. Isso mesmo, R$ 940 mensais. Já a Comissão Sericícola Internacional – onde se discutem os interesses dos produtores de seda – e os 29 municípios do Vale da Seda, no Paraná, são conhecidos pelo fio de altíssima qualidade, custou-nos, em 2012, R$ 53 mil. Já a pimenta não ardeu muito no bolso brasileiro: foram apenas R$ 10.193,73 de contribuição a associação dos maiores produtores da especiaria: somos o terceiro, atrás apenas do Vietnã e da Índia.
Sabem onde a gente deve os R$ 5 bilhões de que fala a matéria? De onde a gente não pode sair: só com a ONU, R$1 bilhão. Outro bilhão com o Mercosul, em contribuições atrasadas. No BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), R$ 160 milhões. R$ 70 milhões à Unesco. E, é claro, sair não paga o que se deve.
José Serra e o bando de burocratas que o acompanha são como aqueles folclóricos donos de botequim com o lápis atrás da orelha, sempre prontos a fazer qualquer “economia de palitos”. Não enxergam a importância de o país estar presente nos fóruns mundiais onde se discutem questão de meio-ambiente, ciência, produtos que não são importantes e cultura.
Na cabeça desta gente, o Brasil é um “paiseco”, que faz “tudo o que o mestre mandar”. E se ele, por acaso, não mandar, dá-se um pulinho na embaixada para perguntar o que é para fazer.
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