Por Altamiro Borges
Após negociar alguns carguinhos no governo, no descarado balcão de negócios em que se transformou o Palácio do Planalto, o camaleônico Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, anunciou nesta quarta-feira (3) que vai antecipar a data de início da votação do impeachment da presidenta Dilma – de 29 para 25 de agosto. “Com certeza, temos como concluir isso antes do final do mês. Vou trabalhar para que isso aconteça", afirmou. Numa prova da sua paixão pelo trabalho, ele acrescentou que, “se for necessário, o Senado trabalhará no sábado e no domingo para acelerar a decisão”. A manobra do peemedebista revoltou vários senadores, que o acusaram de ter cedido às pressões do Judas Michel Temer para encurtar o direito de defesa da presidenta afastada.
Renan Calheiros, conhecido por seu pragmatismo, negou à pressão. “O presidente Temer não faria a mim esse apelo. Ele não falou da votação do processo”, garantiu, logo após sair de mais uma reunião com o usurpador. Mas nem a mídia chapa-branca abonou a declaração do velhaco oportunista. A própria Folha confirmou a pressão palaciana. “Após a articulação montada pelo governo interino para que o julgamento final do processo de impeachment não se estenda até setembro, o presidente do Senado afirmou que o processo de votação deve começar em 25 ou 26 de agosto. A data precede a que havia sido acordada com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski”, confirmaram os repórteres Gustavo Uribe, Mariana Haubert e Marina Dias.
Mas a pressão foi tão escancarada que repercutiu até no Senado. “É uma interferência indevida desse presidente interino e golpista. Ele não pode interferir assim no processo”, criticou Lindbergh Farias (PT-RJ). “Como esse presidente temporário quer chegar aqui e marcar a data? É uma atitude desrespeitosa para com o Senado”, protestou Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). O advogado de Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, também reagiu: "É um absurdo o governo fazer pressão para encurtar o processo de impeachment. O que a defesa quer é apenas exercer seu direito de defesa. Eles têm medo do quê? De que Cunha seja cassado antes e que apareça alguma coisa que está escondida? É incrível que um governo que é interino queira interferir no cronograma".
Apesar das críticas, Renan Calheiros impôs a antecipação, o que mostra que os golpistas temem que os protestos cada vez maiores na sociedade interfiram na votação do Senado. Muitos senadores, preocupados com suas bases eleitores, estão temerosos com a repercussão – nacional e internacional – das vaias e do grito de “Fora Temer” nas Olimpíadas. Há também o medo-pânico de que o ex-presidente da Câmara Federal, o correntista suíço Eduardo Cunha, resolva abrir o bico após ter sido descartado pelos golpistas. Nesta semana, segundo o Estadão, o vingativo lobista começou a montar um dossiê sobre os parlamentares que ajudou a eleger. Antes da sua renúncia, ele já havia ameaçado “derrubar” um segundo presidente, num referência direta ao Judas Michel Temer.
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Após negociar alguns carguinhos no governo, no descarado balcão de negócios em que se transformou o Palácio do Planalto, o camaleônico Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, anunciou nesta quarta-feira (3) que vai antecipar a data de início da votação do impeachment da presidenta Dilma – de 29 para 25 de agosto. “Com certeza, temos como concluir isso antes do final do mês. Vou trabalhar para que isso aconteça", afirmou. Numa prova da sua paixão pelo trabalho, ele acrescentou que, “se for necessário, o Senado trabalhará no sábado e no domingo para acelerar a decisão”. A manobra do peemedebista revoltou vários senadores, que o acusaram de ter cedido às pressões do Judas Michel Temer para encurtar o direito de defesa da presidenta afastada.
Renan Calheiros, conhecido por seu pragmatismo, negou à pressão. “O presidente Temer não faria a mim esse apelo. Ele não falou da votação do processo”, garantiu, logo após sair de mais uma reunião com o usurpador. Mas nem a mídia chapa-branca abonou a declaração do velhaco oportunista. A própria Folha confirmou a pressão palaciana. “Após a articulação montada pelo governo interino para que o julgamento final do processo de impeachment não se estenda até setembro, o presidente do Senado afirmou que o processo de votação deve começar em 25 ou 26 de agosto. A data precede a que havia sido acordada com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski”, confirmaram os repórteres Gustavo Uribe, Mariana Haubert e Marina Dias.
Mas a pressão foi tão escancarada que repercutiu até no Senado. “É uma interferência indevida desse presidente interino e golpista. Ele não pode interferir assim no processo”, criticou Lindbergh Farias (PT-RJ). “Como esse presidente temporário quer chegar aqui e marcar a data? É uma atitude desrespeitosa para com o Senado”, protestou Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). O advogado de Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, também reagiu: "É um absurdo o governo fazer pressão para encurtar o processo de impeachment. O que a defesa quer é apenas exercer seu direito de defesa. Eles têm medo do quê? De que Cunha seja cassado antes e que apareça alguma coisa que está escondida? É incrível que um governo que é interino queira interferir no cronograma".
Apesar das críticas, Renan Calheiros impôs a antecipação, o que mostra que os golpistas temem que os protestos cada vez maiores na sociedade interfiram na votação do Senado. Muitos senadores, preocupados com suas bases eleitores, estão temerosos com a repercussão – nacional e internacional – das vaias e do grito de “Fora Temer” nas Olimpíadas. Há também o medo-pânico de que o ex-presidente da Câmara Federal, o correntista suíço Eduardo Cunha, resolva abrir o bico após ter sido descartado pelos golpistas. Nesta semana, segundo o Estadão, o vingativo lobista começou a montar um dossiê sobre os parlamentares que ajudou a eleger. Antes da sua renúncia, ele já havia ameaçado “derrubar” um segundo presidente, num referência direta ao Judas Michel Temer.
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Corja golpista tem que ser combatido com ocupaçao das das ruas e pressao implacavel, pois se eles trinfarem, ja era!
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