Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Se depender do representante comercial Otacílio Bueno de Souza Júnior, de 58 anos, que morram quantos tiverem que morrer para que ele possa acelerar a 90 km por hora nas pistas expressas de São Paulo. Ele votou em João Dória Jr. para prefeito por isso, porque o candidato tucano prometeu aumentar a velocidade que o prefeito Fernando Haddad reduziu.
Porém, Otacílio está muito zangado. Entrevistado pela Folha de São Paulo sobre o assunto, ele revela que, “ainda em casa”, ouviu no rádio que o prefeito eleito, João Doria (PSDB), cogita manter em 50 km/h a velocidade em trechos da pista local das marginais Pinheiros e Tietê. “Fiquei muito bravo. E me senti traído”, disse ele
A postura desse cidadão é chocante. Além de desprezo pela vida humana, demonstra um nível altíssimo de ignorância sobre o assunto que o exaspera. Na verdade, parece faltar um pouco de raciocínio a esse indivíduo. É o que se infere de sua declaração seguinte à Folha:
“Passo quase todos os dias pelas marginais. Bicicleta ou transeunte que estiver ali é por sua conta e risco. Marginal é lugar de carro.”
É de chorar. Quer dizer que alta velocidade só atinge quem está caminhando ou andando de bicicleta?
Veículos não podem se chocar por conta de alta velocidade?
Não podem derrapar ou não conseguir fazer uma manobra qualquer?
Mas o pior mesmo é a insensibilidade. Alguns diriam que, com um povo como esse, não espanta a escolha de um prefeito como Dória, figura histriônica, estereótipo de subcelebridade que não conhece a cidade que irá administrar.
A Folha entrevistou vários paulistanos que votaram em Dória simplesmente pensando nas multas e no limite de velocidade. Não estão preocupadas com a quantidade de vidas que foi poupada com a redução da velocidade e que será perdida se essa velocidade subir.
O número de mortos em acidentes nas vias expressas de São Paulo caiu 42% entre 2014 e 2015. Cerca de 300 pessoas deixaram de morrer.
Juntas, as marginais (vias expressas de São Paulo) apresentaram 608 acidentes no primeiro semestre de 2015; nos primeiros seis meses de 2016 foram 380, segundo a CET. Segundo a companhia, o número de atropelamentos caiu também, passando de 27 para 9 no mesmo período.
Como se vê, não são apenas transeuntes ou ciclistas que sofrem com os acidentes. Otacílio, que pouco se importa com acidentes se puder acelerar a 90 por hora, pode vir a ser uma das vítimas do aumento da velocidade prometido por Dória na campanha eleitoral.
Os números fechados pela CET apontam uma queda de 34% nas mortes de ciclistas, 24,5% na de pedestres, 16,9% na de motoristas/passageiros e 15,9% na de motociclistas.
Contudo, as vidas que foram salvas não sensibilizam a parcela motorizada do eleitorado paulistano.
A técnica de unhas Janete Vieira, 57, é outra eleitora de Doria que se diz “chateada” e “com raiva” após a sinalização de recuo do futuro prefeito da capital paulista:
“Não tem condições de a gente andar a 50 km/h na marginal! Até os ônibus parecem mais rápidos. É muito ruim ele descumprir sua palavra tão rápido.”
A engenheira Elaine Martins, 41, pega a marginal Tietê, com o filho no banco de trás, todas as noites e diz que se incomoda de dirigir a apenas 50 km/h na pista local por achar essa velocidade “muito reduzida” e a deixa “muito insegura” quando passa por baixo dos viadutos.
Nãos se entende bem o que ela quer dizer com isso, mas certamente dirigir a 90 quilômetros por hora em vez de 70 não irá impedir que alguém atire alguma coisa no seu carro quando passar sob um viaduto, se é que a preocupação dela é essa…
A engenheira diz que a promessa de Doria de aumentar os limites de velocidade das marginais era “a única proposta com que concordava”. “Estou decepcionada”, disse.
Notem que estamos falando sobre pessoas escolarizadas e supostamente informadas, mas que são capazes de pensar bobagens como a de que velocidade alta só atinge pedestres e ciclistas ou a de que pisando no acelerador escapará de armadilhas de bandidos.
Porém, o que leva Dória a estar para cometer esse estelionato eleitoral é que se ele aumentar a velocidade das vias expressas ou de qualquer outra via poderá ter que responder pelo inevitável aumento de mortos e feridos no trânsito.
Os idiotas que acreditaram no que ele prometeu na campanha eleitoral vão continuar bravinhos por não poderem acelerar seus carrões nas vias públicas, mas o que importa é que vidas serão salvas porque Dória pode ser mentiroso, mas não é trouxa de se tornar responsável por uma chacina no trânsito da cidade.
Se depender do representante comercial Otacílio Bueno de Souza Júnior, de 58 anos, que morram quantos tiverem que morrer para que ele possa acelerar a 90 km por hora nas pistas expressas de São Paulo. Ele votou em João Dória Jr. para prefeito por isso, porque o candidato tucano prometeu aumentar a velocidade que o prefeito Fernando Haddad reduziu.
Porém, Otacílio está muito zangado. Entrevistado pela Folha de São Paulo sobre o assunto, ele revela que, “ainda em casa”, ouviu no rádio que o prefeito eleito, João Doria (PSDB), cogita manter em 50 km/h a velocidade em trechos da pista local das marginais Pinheiros e Tietê. “Fiquei muito bravo. E me senti traído”, disse ele
A postura desse cidadão é chocante. Além de desprezo pela vida humana, demonstra um nível altíssimo de ignorância sobre o assunto que o exaspera. Na verdade, parece faltar um pouco de raciocínio a esse indivíduo. É o que se infere de sua declaração seguinte à Folha:
“Passo quase todos os dias pelas marginais. Bicicleta ou transeunte que estiver ali é por sua conta e risco. Marginal é lugar de carro.”
É de chorar. Quer dizer que alta velocidade só atinge quem está caminhando ou andando de bicicleta?
Veículos não podem se chocar por conta de alta velocidade?
Não podem derrapar ou não conseguir fazer uma manobra qualquer?
Mas o pior mesmo é a insensibilidade. Alguns diriam que, com um povo como esse, não espanta a escolha de um prefeito como Dória, figura histriônica, estereótipo de subcelebridade que não conhece a cidade que irá administrar.
A Folha entrevistou vários paulistanos que votaram em Dória simplesmente pensando nas multas e no limite de velocidade. Não estão preocupadas com a quantidade de vidas que foi poupada com a redução da velocidade e que será perdida se essa velocidade subir.
O número de mortos em acidentes nas vias expressas de São Paulo caiu 42% entre 2014 e 2015. Cerca de 300 pessoas deixaram de morrer.
Juntas, as marginais (vias expressas de São Paulo) apresentaram 608 acidentes no primeiro semestre de 2015; nos primeiros seis meses de 2016 foram 380, segundo a CET. Segundo a companhia, o número de atropelamentos caiu também, passando de 27 para 9 no mesmo período.
Como se vê, não são apenas transeuntes ou ciclistas que sofrem com os acidentes. Otacílio, que pouco se importa com acidentes se puder acelerar a 90 por hora, pode vir a ser uma das vítimas do aumento da velocidade prometido por Dória na campanha eleitoral.
Os números fechados pela CET apontam uma queda de 34% nas mortes de ciclistas, 24,5% na de pedestres, 16,9% na de motoristas/passageiros e 15,9% na de motociclistas.
Contudo, as vidas que foram salvas não sensibilizam a parcela motorizada do eleitorado paulistano.
A técnica de unhas Janete Vieira, 57, é outra eleitora de Doria que se diz “chateada” e “com raiva” após a sinalização de recuo do futuro prefeito da capital paulista:
“Não tem condições de a gente andar a 50 km/h na marginal! Até os ônibus parecem mais rápidos. É muito ruim ele descumprir sua palavra tão rápido.”
A engenheira Elaine Martins, 41, pega a marginal Tietê, com o filho no banco de trás, todas as noites e diz que se incomoda de dirigir a apenas 50 km/h na pista local por achar essa velocidade “muito reduzida” e a deixa “muito insegura” quando passa por baixo dos viadutos.
Nãos se entende bem o que ela quer dizer com isso, mas certamente dirigir a 90 quilômetros por hora em vez de 70 não irá impedir que alguém atire alguma coisa no seu carro quando passar sob um viaduto, se é que a preocupação dela é essa…
A engenheira diz que a promessa de Doria de aumentar os limites de velocidade das marginais era “a única proposta com que concordava”. “Estou decepcionada”, disse.
Notem que estamos falando sobre pessoas escolarizadas e supostamente informadas, mas que são capazes de pensar bobagens como a de que velocidade alta só atinge pedestres e ciclistas ou a de que pisando no acelerador escapará de armadilhas de bandidos.
Porém, o que leva Dória a estar para cometer esse estelionato eleitoral é que se ele aumentar a velocidade das vias expressas ou de qualquer outra via poderá ter que responder pelo inevitável aumento de mortos e feridos no trânsito.
Os idiotas que acreditaram no que ele prometeu na campanha eleitoral vão continuar bravinhos por não poderem acelerar seus carrões nas vias públicas, mas o que importa é que vidas serão salvas porque Dória pode ser mentiroso, mas não é trouxa de se tornar responsável por uma chacina no trânsito da cidade.
TEM QUE LIBERAR A VELOCIDADE. ESSES POVINHO PAULISTANO MERECE UM DÓRIA E UM TEMER..... SÃO OS MAIORES RESPONSÁVEIS POR TUDO DE RUIM QUE ESTÁ ACONTECENDO NO PAÍS. ESPERO QUE SOFRAM BASTANTE ACIDENTES E FIQUEM ESPERANDO ATENDIMENTO MÉDICO. QUE O SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE NÃO INTERVENHA.CADA UM QUE SE VIRE!
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