Por Altamiro Borges
Se depender da mídia chapa-branca e da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o governador Geraldo Alckmin, o “Santo” das listas de propina da Odebrecht e ex-fiel da seita Opus Dei, já tem um lugar reservado ao lado de Deus. Nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as fraudes na merenda escolar foi concluída sem incriminar nenhum grão-tucano do governo paulista. O relatório final propôs punir apenas alguns integrantes da cooperativa agrícola, dois servidores públicos e um ex-chefe do gabinete da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes. O presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), filhote do governador, saiu totalmente ileso da “CPI”.
O relatório redigido pelo deputado Estevam Galvão (DEM), que integra a base de apoio do “Santo”, concluiu na maior caradura: “Cumpre salientar que não se reuniram quaisquer indícios de participação do deputado Fernando Capez e de outros agentes políticos nos fatos aqui apurados". O texto propôs encaminhar ao Ministério Público as acusações de “supostos crimes” cometidos por dez membros da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e por um lobista da entidade, Marcel Ferreira. Também são apontados indícios contra dois ex-assessores de Fernando Capez e contra o ex-chefe de gabinete da Casa Civil, Luiz Roberto dos Santos, o Moita.
Ainda segundo Estevam Galvão, o nome do presidente da Alesp foi usado “indevidamente para o cometimento dos atos ilícitos”. O demo garante que seu relatório é imparcial. “Achei o trabalho da comissão muito bom. Tenho convicção de que não houve prejuízo ao Estado. Se houve, foi para o agricultor familiar”. Outro deputado que ficou bastante satisfeito com o resultado da “apuração” é o presidente da CPI, o tucano Marcos Zerbini. Para ele, “o Estado foi vítima” de uma organização criminosa. Coitado dos tucanos! Já a minoritária oposição na Alesp protestou e apresentou um “relatório paralelo”, que não terá qualquer efeito prático e não ganhará os holofotes da mídia chapa-branca.
Para o deputado Alencar Santana (PT), o único voto contrário na CPI, o relatório final aprovado nesta terça-feira é uma farsa. Em entrevista ao jornalista Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual, ele observou: “Há perguntas não respondidas. Para onde foi o dinheiro? Delatores citaram os deputados Fernando Capez e Duarte Nogueira, ambos do PSDB, como destinatários. Isso não foi esclarecido”. Ele lembra que a CPI não teve acesso aos documentos da Operação Alba Branca que estão de posse da Justiça Federal em Ribeirão Preto. E não realizou as acareações entre ex-assessores de Capez com o lobista da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf).
Tudo foi feito para inocentar os tucanos de alta plumagem. Afinal, Geraldo Alckmin é um “Santo”!
Se depender da mídia chapa-branca e da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o governador Geraldo Alckmin, o “Santo” das listas de propina da Odebrecht e ex-fiel da seita Opus Dei, já tem um lugar reservado ao lado de Deus. Nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as fraudes na merenda escolar foi concluída sem incriminar nenhum grão-tucano do governo paulista. O relatório final propôs punir apenas alguns integrantes da cooperativa agrícola, dois servidores públicos e um ex-chefe do gabinete da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes. O presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), filhote do governador, saiu totalmente ileso da “CPI”.
O relatório redigido pelo deputado Estevam Galvão (DEM), que integra a base de apoio do “Santo”, concluiu na maior caradura: “Cumpre salientar que não se reuniram quaisquer indícios de participação do deputado Fernando Capez e de outros agentes políticos nos fatos aqui apurados". O texto propôs encaminhar ao Ministério Público as acusações de “supostos crimes” cometidos por dez membros da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e por um lobista da entidade, Marcel Ferreira. Também são apontados indícios contra dois ex-assessores de Fernando Capez e contra o ex-chefe de gabinete da Casa Civil, Luiz Roberto dos Santos, o Moita.
Ainda segundo Estevam Galvão, o nome do presidente da Alesp foi usado “indevidamente para o cometimento dos atos ilícitos”. O demo garante que seu relatório é imparcial. “Achei o trabalho da comissão muito bom. Tenho convicção de que não houve prejuízo ao Estado. Se houve, foi para o agricultor familiar”. Outro deputado que ficou bastante satisfeito com o resultado da “apuração” é o presidente da CPI, o tucano Marcos Zerbini. Para ele, “o Estado foi vítima” de uma organização criminosa. Coitado dos tucanos! Já a minoritária oposição na Alesp protestou e apresentou um “relatório paralelo”, que não terá qualquer efeito prático e não ganhará os holofotes da mídia chapa-branca.
Para o deputado Alencar Santana (PT), o único voto contrário na CPI, o relatório final aprovado nesta terça-feira é uma farsa. Em entrevista ao jornalista Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual, ele observou: “Há perguntas não respondidas. Para onde foi o dinheiro? Delatores citaram os deputados Fernando Capez e Duarte Nogueira, ambos do PSDB, como destinatários. Isso não foi esclarecido”. Ele lembra que a CPI não teve acesso aos documentos da Operação Alba Branca que estão de posse da Justiça Federal em Ribeirão Preto. E não realizou as acareações entre ex-assessores de Capez com o lobista da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf).
Tudo foi feito para inocentar os tucanos de alta plumagem. Afinal, Geraldo Alckmin é um “Santo”!
complicado essa sp
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