domingo, 3 de janeiro de 2016

O polêmico artigo de Dilma na 'Folha'

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A primeira treta de 2016 já está no ar. No centro está um artigo que Dilma escreveu para a Folha a propósito do Ano Novo.

A questão é: Dilma apanhou tanto da Folha, e é assim que ela responde?

Para mim, trata-se de um modelo mental obsoleto. Dilma enxerga a mídia ao velho modo – jornais e revistas impressos, rádios e televisão.

A internet, nesta ótica, é uma coisa exótica e para poucos.

Dilma pode dar uma guinada à esquerda

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O cerco ao governo Dilma Rousseff, a Lula e ao PT está chegando a um ponto que pode provocar uma reviravolta inédita na política. E isso não é suposição. Quem conhece os petistas sabe que não existe hipótese de aceitarem o golpe. E o que se nota na oposição midiática é que ela não aceita esperar por 2018.

Apesar de o impeachment ter sido dificultado pelo STF, há um fato que não pode ser mudado: as medidas de ajuste fiscal vão fazer a vida do brasileiro piorar antes de melhorar. Sindicatos e movimentos sociais não vão ter como explicar às suas bases que é preciso ajustar as contas públicas, e que os mais pobres terão que dar sua contribuição.

Estadão "descobre" o elo Cunha-Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


O Brasil tem uma coisa original na imprensa.

É o “todo mundo sabe, mas só quando interessa vira notícia”.

O Estadão dominical “descobre” que uma emenda de Eduardo Cunha a uma Medida Provisória de 2012 que estabeleceu novas regras para a gestão dos portos no país favoreceu um doador de campanha do vice-presidente, Michel Temer.

O ressurgimento do fascismo no mundo

Por Umair Haque, no Observatório da Imprensa:

Pensamos que ele tinha desaparecido de vez. Foi um engano. Eis aqui por que.

Veja um pequeno exercício de reflexão. Se no natal passado eu lhe tivesse dito que o principal candidato a presidente do país mais poderoso do mundo tivesse dito, abertamente, que concordava com a venda de armas, com campos de concentração, com proibições extrajudiciais e com direitos de sangue, a menos que você fosse um sócio atuante da Internacional dos Teóricos da Conspiração, você provavelmente teria dado uma gargalhada na minha cara.

Na crise, o Brasil entra em oferta

Por Juliana Elias, na revista CartaCapital:

Com a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, em 7 de dezembro, da aquisição da divisão de beleza do grupo brasileiro Hypermarcas, a francesa Coty, dona de 47 marcas em 40 países, “deu mais um passo para se tornar uma companhia desafiadora e líder global em beleza”, conforme anunciou o presidente Bart Becht, no fechamento do negócio de 1 bilhão de dólares, ou 3,8 bilhões de reais.

Direita retoma espaço na América do Sul

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Se considerarmos os recentes processos eleitorais em vários países da América do Sul e em diferentes esferas governamentais, os resultados favoreceram a direita. Na eleição presidencial argentina venceu o candidato Mauricio Macri do Partido Proposta Republicana (PRO), de direita, e na eleição legislativa venezuelana a Mesa de Unidade Democrática (MUD), de oposição ao governo bolivariano, elegeu a maioria dos deputados da Assembleia Nacional.

O golpe do impeachment no Brasil

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

O ano de 2015 termina marcado pelas diversas tentativas da oposição de golpear a democracia brasileira e prejudicar o país, desejando o agravamento da crise política e do cenário econômico. O impeachment, o parecer do TCU, o pedido de recontagem de votos do PSDB ao TSE, todos são parte de uma estratégia da oposição que busca deslegitimar a vitória da Presidenta Dilma, obtida nas urnas, entre outras tentativas fracassadas daqueles que ainda não se conformaram com o resultado das eleições.

O salário mínimo e o fim da Era Levy

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Os jornalões falam em “rombo nas contas públicas”, “endividamento do Estado” e “tentativa de recuperação da sua base social”. Mas o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) afirma que a decisão do governo Dilma de apostar na Política de Valorização do Salário Mínimo como saída para a crise vai injetar R$ 57 bilhões na economia.

O raciocínio é relativamente simples: estima-se que 48,3 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo que, a partir de 1º de janeiro, passará a valer R$ 880, ao invés dos atuais R$ 788. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas poderão gastar mais, o que irá gerar um incremento de R$ 30,7 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo. Isso, é claro, além do que será gasto em bens e serviços.

2016 começa com mais uma chacina em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Quatro jovens morreram e um ficou ferido na primeira chacina do ano em São Paulo, no município de Guarulhos. Adriano Silva Araújo (28), Francisco Pereira Caetano (23), Hermes Inácio Moreira (19) e Leonardo José de Souza (23) foram executados em um bar na Vila Galvão.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, quando a perícia técnica chegou ao local, não havia nenhuma cápsula ou projétil em frente ao bar. A Polícia Civil investiga se os assassinatos seriam uma forma de vingança pela morte de um policial militar ocorrido na semana passada.

A privatização da política no Brasil

Por Luciano Rezende, no site da Fundação Maurício Grabois:

Provavelmente a prática política nunca foi tão agredida como na atualidade. O orgulho que deveríamos ter por sermos agentes políticos da transformação dá lugar ao sentimento de ojeriza a tudo que esteja associado a governos, partidos políticos ou movimentos sociais.

O ataque à política em geral e aos partidos de esquerda em particular faz parte de uma ação bem orquestrada pelo neoliberalismo. Da mesma forma quando querem abocanhar alguma empresa pública e tratam de enlamear o seu nome perante a opinião pública - tornando-a símbolo de corrupção e corporativismo para que os governos neoliberais tenham justificativas para entregá-las de mãos beijadas ao mercado -, fazem o mesmo com a política. Seu objetivo principal e fazer com que os governos sejam geridos por técnicos profissionalizados e indicados pelo mercado.

2016 pode acabar menos ruim do que 2015

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Acho perfeitamente possível imaginar um 2016 menos ruim do que 2015.

Duas decisões recentes - o decreto que elevou o salário mínimo em 11% e a abertura de facilidades para o acesso de Estados e municípios ao crédito externo - mostram isso.

Não se deve exagerar o impacto dessas decisões na vida real dos brasileiros. Até porque elas vêm acompanhadas de medidas em outra direção, como o veto presidencial ao reajuste do Bolsa Família para cobrir perdas inflacionárias, e a retomada no debate sobre mudanças na Previdência Social.