sexta-feira, 25 de março de 2016

Mortes nas enchentes e cinismo de Alckmin

Por Altamiro Borges

A mídia tucana já esqueceu os mortos nas enchentes na região metropolitana de São Paulo e o "picolé de chuchu", governador Geraldo Alckmin, segue impávido fazendo discursos pela "ética na política" e pelo impeachment de Dilma. Logo após a tragédia, que resultou em várias mortes e na devastação de inúmeras cidades, a Folha fez um levantamento que comprovou que o governo paulista teve "gasto zero" em ações para proteger moradores em áreas de risco. De imediato, o Palácio dos Bandeirantes questionou a reportagem e o jornalão simplesmente arquivou a denúncia. O restante da mídia chapa-branca, cevada por anúncios milionários, também silenciou sobre o caso escabroso.

Justiça libera executivos da Samarco

Por Altamiro Borges

Na última terça-feira (22), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o pedido de prisão de sete executivos da Samarco - empresa responsável pelo crime em Mariana (MG) que resultou na morte de 19 pessoas e no maior desastre ambiental da história do país. O órgão atendeu a pedido do Ministério Público Federal, sempre tão célere quando se trata de ações midiáticas de caráter partidarizado. Com esta decisão absurda, os donos da mineradora - a privatizada Vale e a multinacional BHP Billiton - seguem totalmente impunes. O noticiário do desastre, que já havia escasseado na mídia corrompida pelos milionários anúncios da empresa, agora tende a desaparecer completamente.   

Lava Jato: a narrativa sai dos trilhos

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Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Operação Lava Jato desenrolou-se, nos últimos dois anos, seguindo uma narrativa com início, meio e fim. Uma história que devia terminar com Lula preso e responsabilizado pela montagem de um mega-esquema de corrupção para financiar a manutenção do PT no poder. Caracterizado como podre e corrupto, o partido, no final da história, também poderia ter seu registro cassado e desaparecer de cena. De Dilma, cuidaria o Congresso com o impeachment. Alguns fatos recentes, entretanto, estão ameaçando o o curso da narrativa. Por isso a lista da Odebrecht agora foi posta pelo Juiz Moro sob sigilo, depois de ele ter autorizado a divulgação do grampo Dilma-Lula. Por isso o Ministério Público praticamente dispensou a “colaboração definitiva” da empreiteira.

Moro e as farsas para incendiar o país

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/

Por Jeferson Miola

A divulgação, na terça-feira 22 de março, das planilhas com mais de 200 políticos financiados pela Odebrecht, foi uma nova farsa do juiz Sérgio Moro para esconder o fracasso de um plano golpista que teve de ser abortado.

Aos fatos:

1- Estas planilhas estavam em poder do juiz Moro há um mês. Elas foram obtidas no dia 22 de fevereiro, por ocasião da 23ª fase da Lava-Jato, denominada “Acarajé”;

O cerco golpista se desmoraliza

Por Jandira Feghali

As capitais brasileiras pulsaram democracia no último dia 18. Emoção, alegria e, principalmente, respeito ao Estado democrático de Direito, tomaram as ruas de nossas cidades. Foi em paz que milhares de brasileiros mostraram que não aceitarão rupturas institucionais ou se intimidarão frente a onda fascista que pretende derrubar um governo legitimamente eleito pela maioria. A cada dia, cresce no seio do país o sentimento de luta contra o golpe alimentado pela intolerância, a grande mídia e aqueles que pretendem chegar ao poder a qualquer custo.

O ódio chega ao bispo Dom Odilo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, foi atacado na manhã desta quinta (24), na Catedral da Sé, por uma mulher que aos berros o xingava de comunista e que dizia não aceitar que gente como ele destruísse a a igreja dela.

Exatamente o mesmo discurso daqueles que agrediram a Isadora no Masp porque ela pedalava numa bicicleta vermelha. A terra é deles, o dinheiro é deles, o país é deles, a Igreja é deles, porque eles são os cidadãos de bem.

Odebrecht explica superpoderes de Cunha

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Uma das várias planilhas apreendidas em um escritório no Rio de Janeiro do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior na 23ª fase da Operação Lava Jato demonstra de forma cristalina o que todo o meio político de Brasília sabia, mas faltavam provas materiais: o poder do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre bancadas de parlamentares emanou do dinheiro.

Trata-se de uma planilha de controle sobre doações oficiais nas eleições de 2010. Até aí nada de mais – a aberração do financiamento empresarial de campanha deixou de ser legal só no ano passado.

Por que os patrões querem o golpe?

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Como num cassino macabro, os grandes grupos financeiros estão especulando e apostando abertamente no fim da democracia brasileira. Como se noticiou no UOL, no jargão do mercado, a partir das manifestações pró-impeachment do dia 13 de março e da avaliação de um iminente desmoronamento da coalizão governista no Congresso Nacional, o “cenário-base” que prevê a derrubada do governo Dilma estaria na ordem de possibilidade de 65 % a 75 % entre os analistas de grandes instituições de consultoria financeira. O dólar flutua para baixo e as bolsas para cima, ao sabor das especulações.

Manifesto dos jornalistas pela democracia


Nós, jornalistas brasileiros abaixo-assinados, vimos nos manifestar à Nação em defesa da democracia e do Estado de Direito. Não é a primeira vez, na história republicana do Brasil, que os jornalistas são obrigados a se pronunciar pela salvaguarda das conquistas sociais, das políticas públicas e das garantias democráticas obtidas nas lutas travadas, desde os primórdios da nossa nacionalidade, pelos verdadeiros democratas e pela ampla maioria trabalhadora de nosso povo.


Agressão a Dom Odilo é um alerta

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Por mais que o caso tenha sido minimizado e abafado, a agressão de uma fanática a D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, por uma transtornada mental, é gravíssimo.

Os presentes ao ato asseguram, registra o Nassif, que a moça gritava que o arcebispo e a CNBB não iriam servir, com a Igreja, aos “comunistas”.

Direita nativa ocupa a Avenida Paulista

Foto: Mariana Estarque / DW
Por Mariana Estarque, na revista CartaCapital:

Eles não estão em Wall Street, mas em um dos principais centros financeiros de São Paulo. Não lutam contra as desigualdades sociais e econômicas – aqui o que vale é a meritocracia. Protestam, sim, contra o governo. Ao contrário dos movimentos Occupy de esquerda, os manifestantes acampados na Paulista são de direita e, segundo organizadores, não vão arredar pé da avenida até que a presidente faça o mesmo do Planalto.

O modelo de golpe é o paraguaio

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

A discussão se há ou não um golpe em curso no Brasil deixou de ser uma controvérsia acadêmica. Invadiu ruas e praças. Está nas mesas de botequim.

Muitos fazem analogia com 1964, quando os militares derrubaram o presidente João Goulart e estabeleceram uma ditadura que durou 20 anos. Há paralelos, é verdade: o engajamento de entidades empresariais, a atuação partidária da maioria da imprensa e o uso abusivo do mote da corrupção – empunhado inclusive por corruptos notórios– para insuflar manifestações de rua.

A verdade sobre o patrimônio de Lula

Do site do Instituto Lula:

Resposta às acusações sem fundamento contra o ex-presidente Lula .

A verdade:

Lula entrou e saiu do governo com o mesmo patrimônio imobiliário que tinha antes de ser presidente da República:

- O apartamento onde ele mora em São Bernardo, na avenida Prestes Maia, o mesmo que ele morava antes de ser presidente, e conhecido por toda a imprensa

Contra o golpe, em defesa da Constituição

Editorial do site Vermelho:

O juiz ou procurador da República que quiser fazer passeata deve antes pedir demissão; a toga não pode ser usada para fazer política – palavras como estas foram ditas pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante o Encontro com Juristas pela Legalidade e em Defesa da Democracia, que aconteceu nesta terça-feira (22) no Palácio do Planalto.

Apesar de relativamente jovem (ele completa 48 anos em abril), Flávio Dino acumulou experiência e autoridade para falar nesse tom. Tem um currículo respeitável. Foi juiz federal entre 1994 (aprovado, em primeiro lugar, no mesmo concurso em que Sérgio Moro concorreu) e 2006, quando se afastou para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, pelo PCdoB.

"A democracia é uma fina camada de gelo"

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

A recente agressão ao estudante indígena na frente da Casa de Estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o ataque a clientes e funcionários do bar Odeon por, supostamente, ser um “bar de petistas” e pessoas sendo hostilizadas nas ruas em função da cor da roupa que estão vestindo devem acender o sinal vermelho de alerta para todo o país para o clima de ódio que está ganhando espaço na sociedade brasileira. A advertência foi feita pelo professor Marcelo Kunrath, do Departamento de Sociologia da UFRGS, durante a aula pública realizada na tarde desta quarta-feira, em frente ao prédio da Faculdade de Educação (Faced). Iniciativa de um grupo de professores do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS, o encontro reuniu centenas de estudantes, professores e funcionários da universidade que debateram o atual momento político vivido no país e as ameaças que pairam sobre a democracia brasileira.

Milhares protestam na sede da Globo

Marcha organizada pela Frente Povo sem Medo seguiu por ruas de bairros
nobres de SP Foto: José Eduardo Bernardes
Por José Eduardo Bernardes, no jornal Brasil de Fato:

Mais de 30 mil pessoas saíram do Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, em direção à sede da Rede Globo, no bairro do Brooklin, na noite desta quinta-feira (24), em uma marcha para defender a democracia e denunciar o apoio midiático da emissora à desestabilização política do país.

Participaram do ato movimentos sociais, políticos do PT, PSOL, PCdoB, além de artistas e cineastas, que leram um manifesto contrário ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A estimativa de público é da organização da atividade.

"A grande imprensa foi para o lixo"

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

Rafael Marquese, historiador da Universidade de São Paulo (USP), não dá mais entrevistas para a mídia tradicional, mas falou com a Fórum. Depois ganhar fama nas redes sociais porse recusar falar com a Folha de S. Paulo para uma matéria da editoria de turismo, Marquese contou os motivos que o levaram a tomar a decisão.

As engrenagens do telejornalismo da Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog Viomundo:

Muita gente tem a sensação de que, sim, a Globo mostra tudo, doa a quem doer. Mas, na prática, não é bem assim. A engenharia de produção de noticiário da emissora permite um controle quase que absoluto do conteúdo jornalístico.

Com base na minha experiência de mais de uma década, tendo passado por todos seus telejornais e conhecendo cada etapa do processo, quero dar aqui uma contribuição, principalmente para os jovens que se veem perdidos, sem saber mais onde encontrar notícias confiáveis e muito interessados em entender como se dão a omissão, a distorção e a manipulação.

O fascismo vencerá no Brasil?

Por Lauro Mattei, no site Brasil Debate:

O clima político conturbado vivido pelo país nos últimos meses, particularmente no mês de março de 2016, fez com que na sexta-feira, 18 de março, centenas de milhares de pessoas fossem às ruas se manifestar em defesa de um governo legítimo – porque eleito democraticamente – e em defesa do regime democrático, que na atual conjuntura política se encontra seriamente ameaçado.

Neste cenário, talvez não se tenha dado maior atenção a um chamamento das “células eletrônicas golpistas” (1) que será analisado neste documento, dado a sua gravidade para a convivência pacífica em um regime democrático. O teor do referido documento será transcrito ao final deste artigo.

O que apavora os jornalistas da Globo?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que leva jornalistas graduados da Globo a se engajarem tão ferozmente na tentativa de golpe comandada por sua empresa?

É uma pergunta fascinante, e de resposta complexa.

Existem as razões miseráveis de sempre, mas há mais que isso. Bajulação, vassalagem e coisas do gênero contam apenas parte da história.

Há um fator provavelmente mais importante que tudo isso: medo. Pavor.