domingo, 3 de abril de 2016
Moro vai desenterrar o caso Paolicchi?
Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:
O juiz Sérgio Moro, o chefe da “Operação Lava Jato”, anuncia que o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, que era do Partido dos Trabalhadores (PT), pode ter ligações com possíveis casos de “corrupção” (sempre na condicional). Já que ele tocou em assunto tão complexo, poderia ressuscitar outro cadáver, este do seu círculo político, o do secretário da Fazenda da prefeitura de Maringá, Paraná, Luiz Antônio Paolicchi, durante a gestão do ex-prefeito tucano Jairo Gianoto, que comandou o desvio de R$ 500 milhões, na época.
O juiz Sérgio Moro, o chefe da “Operação Lava Jato”, anuncia que o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, que era do Partido dos Trabalhadores (PT), pode ter ligações com possíveis casos de “corrupção” (sempre na condicional). Já que ele tocou em assunto tão complexo, poderia ressuscitar outro cadáver, este do seu círculo político, o do secretário da Fazenda da prefeitura de Maringá, Paraná, Luiz Antônio Paolicchi, durante a gestão do ex-prefeito tucano Jairo Gianoto, que comandou o desvio de R$ 500 milhões, na época.
Autoritarismo, golpe e recalque
Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:
No último dia 22, um grupo foi até a casa do ministro Teori Zavascki intimidá-lo por conta de sua decisão de enviar a investigação contra Lula para o Supremo Tribunal Federal. Decisão esta que foi confirmada, na última quinta-feira, pelo plenário da corte.
O endereço do ministro foi divulgado nas redes sociais pelo movimento “Vem pra Rua”. O “músico” Lobão foi além e divulgou o endereço do filho do ministro, estimulando um cerco à sua casa.
No último dia 22, um grupo foi até a casa do ministro Teori Zavascki intimidá-lo por conta de sua decisão de enviar a investigação contra Lula para o Supremo Tribunal Federal. Decisão esta que foi confirmada, na última quinta-feira, pelo plenário da corte.
O endereço do ministro foi divulgado nas redes sociais pelo movimento “Vem pra Rua”. O “músico” Lobão foi além e divulgou o endereço do filho do ministro, estimulando um cerco à sua casa.
"Domínio do fato" para Joaquim Barbosa?
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Messi, Macri, Mubarak, Eduardo Cunha, Joaquim Barbosa. Os #panamaleaks estão bombando. A empresa Mossack & Fonseca avisou seus clientes, ontem, que tinha sido vítima de uma invasão de seu banco de dados.
Na verdade, há mais de um ano o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, ICIJ, numa parceria que envolve 100 empresas jornalísticas de todo o mundo, está debruçado sobre os registros de mais de 214 mil empresas offshore criadas pela Mossack. Algumas podem ter servido a propósitos legais. Mas, na maioria das vezes, trata-se de esconder dinheiro sujo, sonegar imposto ou esconder patrimônio.
Messi, Macri, Mubarak, Eduardo Cunha, Joaquim Barbosa. Os #panamaleaks estão bombando. A empresa Mossack & Fonseca avisou seus clientes, ontem, que tinha sido vítima de uma invasão de seu banco de dados.
Na verdade, há mais de um ano o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, ICIJ, numa parceria que envolve 100 empresas jornalísticas de todo o mundo, está debruçado sobre os registros de mais de 214 mil empresas offshore criadas pela Mossack. Algumas podem ter servido a propósitos legais. Mas, na maioria das vezes, trata-se de esconder dinheiro sujo, sonegar imposto ou esconder patrimônio.
Celso Daniel é salto no escuro de Moro
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Quatorze anos depois, por iniciativa do juiz Sérgio Moro, o caso que envolve o sequestro e a execução do prefeito Celso Daniel, de Santo André, retorna à pauta da mídia.
A tentativa de vincular crime ocorrido em 2002 às denúncias investigadas pela Lava Jato é um grande salto no escuro, sem nenhuma relação com fatos e provas que envolvem a morte do prefeito.
Só para esclarecer qual é a discussão. Não conheço quem seja capaz de negar a existência de um esquema de corrupção, troca de favores e pagamentos de propina em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, num universo comum ao de grande parte das prefeituras e governos brasileiros. A questão sempre foi ligar o assassinato do prefeito à corrupção. Isso nunca foi demonstrado.
Quatorze anos depois, por iniciativa do juiz Sérgio Moro, o caso que envolve o sequestro e a execução do prefeito Celso Daniel, de Santo André, retorna à pauta da mídia.
A tentativa de vincular crime ocorrido em 2002 às denúncias investigadas pela Lava Jato é um grande salto no escuro, sem nenhuma relação com fatos e provas que envolvem a morte do prefeito.
Só para esclarecer qual é a discussão. Não conheço quem seja capaz de negar a existência de um esquema de corrupção, troca de favores e pagamentos de propina em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, num universo comum ao de grande parte das prefeituras e governos brasileiros. A questão sempre foi ligar o assassinato do prefeito à corrupção. Isso nunca foi demonstrado.
A autora do ataque misógino da IstoÉ
Por Renato Rovai, em seu blog:
A IstoÉ repete sua aula de antijornalismo e publica mais um texto vergonhoso e sem fontes. Dessa vez misógino e machista contra a presidenta Dilma Rousseff.
A autora da matéria é de novo Débora Bergamasco que publicou a tal delação do senador Delcídio do Amaral (s/part-MS) só com as partes que interessavam ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
A tentativa de criminalizar Boulos e o MTST
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Da mesma forma que é democrática a livre manifestação popular em defesa do impeachment de Dilma Rousseff, também é democrática a livre manifestação popular que considera um golpe de Estado a forma como é conduzido o processo de cassação.
Grupos e partidos contrários ao governo, que discordaram do resultado das eleições de 2014, foram às ruas contesta-las e demonstrar sua insatisfação, o que foi fundamental para colocar Dilma e o PT a um passo do cadafalso (bem, na verdade, eles mesmo caminharam para a forca por conta dos seus próprios erros). Posso discordar dos métodos e narrativas desses grupos e partidos mas, até aí, faz parte do jogo.
Grupos e partidos contrários ao governo, que discordaram do resultado das eleições de 2014, foram às ruas contesta-las e demonstrar sua insatisfação, o que foi fundamental para colocar Dilma e o PT a um passo do cadafalso (bem, na verdade, eles mesmo caminharam para a forca por conta dos seus próprios erros). Posso discordar dos métodos e narrativas desses grupos e partidos mas, até aí, faz parte do jogo.
O deslumbramento fotográfico de Moro
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Circula com intensidade neste sábado nas redes sociais uma foto postada pela senhora Moro numa página que ela criou para o marido no Facebook.
Moro a fotografa com uma máscara de Moro.
É um sintoma notável de deslumbramento, de autoembevecimento. Moro não apenas tem uma máscara dele mesmo como manda a mulher usá-la, e registra isso numa foto.
Circula com intensidade neste sábado nas redes sociais uma foto postada pela senhora Moro numa página que ela criou para o marido no Facebook.
Moro a fotografa com uma máscara de Moro.
É um sintoma notável de deslumbramento, de autoembevecimento. Moro não apenas tem uma máscara dele mesmo como manda a mulher usá-la, e registra isso numa foto.
PSDB e DEM pedem prisão do líder MTST
Da revista Fórum:
Favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o PSDB e o DEM agora querem calar o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos. Eles entraram com representações contra o militante em que o acusam de “incitação à violência”. Ele tem sido uma importante voz contra o golpe que pretendem dar contra a democracia e o mandato presidencial.
Favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o PSDB e o DEM agora querem calar o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos. Eles entraram com representações contra o militante em que o acusam de “incitação à violência”. Ele tem sido uma importante voz contra o golpe que pretendem dar contra a democracia e o mandato presidencial.
Sugestões para as novas fases da Lava-Jato
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Depois de ser desautorizado pelo STF, com a derrota acachapante de 8 x 2, perdendo definitivamente a cereja de seu bolo, que era o controle do processo contra Lula, Moro e os procuradores do Paraná resolveram se vingar ressuscitando o caso Celso Daniel, ocorrido há 14 anos. De quebra, ofereceram mais munição golpista para a mídia.
Para quem não lembra, tanto o inquérito preparado pela Polícia Civil tucana de São Paulo como o Tribunal de Justiça paulista que julgou o assassinato do então prefeito de Santo André descartaram quaisquer conotações políticas no crime.
Depois de ser desautorizado pelo STF, com a derrota acachapante de 8 x 2, perdendo definitivamente a cereja de seu bolo, que era o controle do processo contra Lula, Moro e os procuradores do Paraná resolveram se vingar ressuscitando o caso Celso Daniel, ocorrido há 14 anos. De quebra, ofereceram mais munição golpista para a mídia.
Para quem não lembra, tanto o inquérito preparado pela Polícia Civil tucana de São Paulo como o Tribunal de Justiça paulista que julgou o assassinato do então prefeito de Santo André descartaram quaisquer conotações políticas no crime.
'Folha' admite que o golpe é inviável
Por Jeferson Miola
Em editorial publicado na versão online deste sábado, 2 de março, a Folha de São Paulo admite que o golpe é inviável. Como disse o Chico Buarque na manifestação na Cinelândia no dia 31, eles não conseguirão como conseguiram em 1954 e 1964; “de novo não”.
O Grupo Folha “... passa a se incluir entre os que preferem a renúncia à deposição constitucional”. A Folha entende que “embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável [sic].
Em editorial publicado na versão online deste sábado, 2 de março, a Folha de São Paulo admite que o golpe é inviável. Como disse o Chico Buarque na manifestação na Cinelândia no dia 31, eles não conseguirão como conseguiram em 1954 e 1964; “de novo não”.
O Grupo Folha “... passa a se incluir entre os que preferem a renúncia à deposição constitucional”. A Folha entende que “embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável [sic].
Golpistas de 64 se parecem com os de hoje?
Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:
As conjunturas são muito parecidas. Durante o governo de João Goulart (1961/1964) a direita, apoiada pelo imperialismo do s EUA e com farto financiamento em dólares, conspirou contra o governo constitucional e a legalidade, e depôs o presidente, dando início à ditadura de 1964. A grande diferença é que, então, o movimento operário e social não tinha a mesma força que tem hoje.
O golpe militar de 1964 não foi, certamente, um "raio em céu azul". A conspiração para a derrubada do presidente João Goulart articulou o grande capital, agentes do imperialismo e chefes militares desde da posse do presidente após a renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961.
As conjunturas são muito parecidas. Durante o governo de João Goulart (1961/1964) a direita, apoiada pelo imperialismo do s EUA e com farto financiamento em dólares, conspirou contra o governo constitucional e a legalidade, e depôs o presidente, dando início à ditadura de 1964. A grande diferença é que, então, o movimento operário e social não tinha a mesma força que tem hoje.
O golpe militar de 1964 não foi, certamente, um "raio em céu azul". A conspiração para a derrubada do presidente João Goulart articulou o grande capital, agentes do imperialismo e chefes militares desde da posse do presidente após a renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961.
Peemedebistas contestam 'golpe do Michel'
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O pedido de expulsão da ministra da Agricultura Katia Abreu, apresentado nesta sexta-feira pelo diretório baiano do PMDB, liderado por Geddel Vieira Lima, deflagrou as reações da ala governista contra o que estão chamando de “golpe do Michel” – a aprovação do rompimento com o governo por aclamação numa reunião relâmpago, sem discussão e votação. Eles devem contestar internamente e até mesmo na Justiça Eleitoral a legalidade do ato, com base na decisão da convenção do dia 14, que deu 30 dias para o Diretório Nacional decidir sobre a relação com o governo Dilma. “Não houve delegação para rompimento”, diz um dos articuladores da reação.
O pedido de expulsão da ministra da Agricultura Katia Abreu, apresentado nesta sexta-feira pelo diretório baiano do PMDB, liderado por Geddel Vieira Lima, deflagrou as reações da ala governista contra o que estão chamando de “golpe do Michel” – a aprovação do rompimento com o governo por aclamação numa reunião relâmpago, sem discussão e votação. Eles devem contestar internamente e até mesmo na Justiça Eleitoral a legalidade do ato, com base na decisão da convenção do dia 14, que deu 30 dias para o Diretório Nacional decidir sobre a relação com o governo Dilma. “Não houve delegação para rompimento”, diz um dos articuladores da reação.