Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Leio no R7: "Justiça decreta sigilo em investigação de acidente que matou ministro Teori Zawascki".
Pergunto: sigilo por quê, se o que o País inteiro mais quer saber neste momento, desde o acidente em Paraty na semana passada, são as causas e todas as circunstâncias da queda do avião que matou o ministro relator da Lava Jato.
Não se fala de outro assunto e, enquanto não há informações oficiais sobre o acidente, multiplicam-se nas conversas e nas redes sociais as mais insanas teorias conspiratórias em busca de culpados.
Como escrevi aqui mesmo na quinta-feira, logo depois de ouvir a notícia, isso é reflexo do clima de desconfiança generalizada em que vivemos e do descrédito nas instituições.
Para acabar com toda essa boataria, e voltarmos a pensar seriamente em como sair desse atoleiro em que nos metemos, é simples: basta quebrar o sigilo e homologar logo as delações da Odebrecht, como Teori Zawascki pretendia fazer em fevereiro. A quem interessa o sigilo?
Em lugar disso, fica todo mundo discutindo, só para distrair a platéia, quem Michel Temer deve nomear para a vaga de Teori no STF.
Já houve um tempo em que éramos um país de técnicos de futebol, agora viramos um país de juristas.
Foi-se o tempo em que todos os brasileiros tinham na ponta da língua a escalação dos 11 jogadores da seleção brasileira, as "feras do Saldanha".
Pois agora todo mundo sabe quem são os 11 ministros do STF, que se tornaram os grandes protagonistas da cena política nacional.
Eleição para presidente da Câmara?
Quem vai decidir se Rodrigo Maia pode ser reeleito ou não é o STF.
Eleição para presidente da República?
Quem vai decidir quais presidenciáveis sobreviverão até 2018 é o STF.
Logo, logo, só falta o STF decidir também quem fica com as ruínas do Maracanã, quem vai subir ou cair no Brasileirão e até, talvez, quem pode ou não ganhar o Big Brother.
De sigilo em sigilo, acaba tudo no tapetão vermelho do glorioso STF, onde até hoje não foi levado a julgamento nenhum dos réus da Operação Lava Jato, que vai completar três anos em março.
Leio no R7: "Justiça decreta sigilo em investigação de acidente que matou ministro Teori Zawascki".
Pergunto: sigilo por quê, se o que o País inteiro mais quer saber neste momento, desde o acidente em Paraty na semana passada, são as causas e todas as circunstâncias da queda do avião que matou o ministro relator da Lava Jato.
Não se fala de outro assunto e, enquanto não há informações oficiais sobre o acidente, multiplicam-se nas conversas e nas redes sociais as mais insanas teorias conspiratórias em busca de culpados.
Como escrevi aqui mesmo na quinta-feira, logo depois de ouvir a notícia, isso é reflexo do clima de desconfiança generalizada em que vivemos e do descrédito nas instituições.
Para acabar com toda essa boataria, e voltarmos a pensar seriamente em como sair desse atoleiro em que nos metemos, é simples: basta quebrar o sigilo e homologar logo as delações da Odebrecht, como Teori Zawascki pretendia fazer em fevereiro. A quem interessa o sigilo?
Em lugar disso, fica todo mundo discutindo, só para distrair a platéia, quem Michel Temer deve nomear para a vaga de Teori no STF.
Já houve um tempo em que éramos um país de técnicos de futebol, agora viramos um país de juristas.
Foi-se o tempo em que todos os brasileiros tinham na ponta da língua a escalação dos 11 jogadores da seleção brasileira, as "feras do Saldanha".
Pois agora todo mundo sabe quem são os 11 ministros do STF, que se tornaram os grandes protagonistas da cena política nacional.
Eleição para presidente da Câmara?
Quem vai decidir se Rodrigo Maia pode ser reeleito ou não é o STF.
Eleição para presidente da República?
Quem vai decidir quais presidenciáveis sobreviverão até 2018 é o STF.
Logo, logo, só falta o STF decidir também quem fica com as ruínas do Maracanã, quem vai subir ou cair no Brasileirão e até, talvez, quem pode ou não ganhar o Big Brother.
De sigilo em sigilo, acaba tudo no tapetão vermelho do glorioso STF, onde até hoje não foi levado a julgamento nenhum dos réus da Operação Lava Jato, que vai completar três anos em março.
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