Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Diz a história que, certa feita, chegou ao Reino um homem idoso que se dizia tão bom professor que era até capaz de ensinar um burro a falar.
O caso chegou aos ouvidos do Rei, que mandou trazer o homem à sua presença e indagou se era verdade aquilo que dele diziam, ao que o homem confirmou tudo.
O Rei, então, disse que o fizesse, para provar e o suposto professor argumentou que isso era um processo complicado, que exigia certas condições: alojamento para ele e para o burro no palácio real, uma bolsa-burro de cem moedas de ouro por mês a lhe ser paga e, sobretudo, um prazo de dez anos. Afinal, o burro era burro e, portanto, ensinar-lhe era demorado.
O rei concordou, mas disse que, se ao final dos 10 anos, a promessa não fosse cumprida, o sabido professor seria decapitado em praça pública, por mentiroso.
Assim, tudo passou a correr dentro da normalidade e, todos os dias, o homem sentava-se num banquinho e repetia, aos ouvidos do burro, a mesma frase, por uma hora: “eu sou um burro, mas sei falar”, quem sabe na esperança de que os burros fossem como os papagaios ou os adeptos de Sérgio Moro e mecanicamente repetisse o que ouvia. Nas outras 23 horas do dia, claro, aproveitava a fartura das moedas de ouro.
Passadas semanas, um cavalariço, rapaz que a tudo assistia diariamente, tomou coragem, aproximou-se e falou ao repetidor: “ora, meu velho, sabes bem que o burro não vai falar e você será decapitado nas escadarias do palácio”.
Serenamente, o velho respondeu-lhe: “És jovem, meu rapaz, e não prestaste atenção a um detalhe, o de quando é que serei decapitado”.
Em dez anos, respondeu o cavalariço. E o professor do burro, então, falou:
- Pois em dez anos, garoto, eu terei morrido ou o burro terá morrido ou ainda o rei terá morrido e nenhuma diferença fará.
Moral da história? Gilmar Mendes não é burro, é só o dono dos prazos.
Diz a história que, certa feita, chegou ao Reino um homem idoso que se dizia tão bom professor que era até capaz de ensinar um burro a falar.
O caso chegou aos ouvidos do Rei, que mandou trazer o homem à sua presença e indagou se era verdade aquilo que dele diziam, ao que o homem confirmou tudo.
O Rei, então, disse que o fizesse, para provar e o suposto professor argumentou que isso era um processo complicado, que exigia certas condições: alojamento para ele e para o burro no palácio real, uma bolsa-burro de cem moedas de ouro por mês a lhe ser paga e, sobretudo, um prazo de dez anos. Afinal, o burro era burro e, portanto, ensinar-lhe era demorado.
O rei concordou, mas disse que, se ao final dos 10 anos, a promessa não fosse cumprida, o sabido professor seria decapitado em praça pública, por mentiroso.
Assim, tudo passou a correr dentro da normalidade e, todos os dias, o homem sentava-se num banquinho e repetia, aos ouvidos do burro, a mesma frase, por uma hora: “eu sou um burro, mas sei falar”, quem sabe na esperança de que os burros fossem como os papagaios ou os adeptos de Sérgio Moro e mecanicamente repetisse o que ouvia. Nas outras 23 horas do dia, claro, aproveitava a fartura das moedas de ouro.
Passadas semanas, um cavalariço, rapaz que a tudo assistia diariamente, tomou coragem, aproximou-se e falou ao repetidor: “ora, meu velho, sabes bem que o burro não vai falar e você será decapitado nas escadarias do palácio”.
Serenamente, o velho respondeu-lhe: “És jovem, meu rapaz, e não prestaste atenção a um detalhe, o de quando é que serei decapitado”.
Em dez anos, respondeu o cavalariço. E o professor do burro, então, falou:
- Pois em dez anos, garoto, eu terei morrido ou o burro terá morrido ou ainda o rei terá morrido e nenhuma diferença fará.
Moral da história? Gilmar Mendes não é burro, é só o dono dos prazos.
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