Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:
Extrema coincidência, o menino teve uma parada cardiorrespiratória menos de um minuto depois de ser perseguido por um gerente e um segurança do Habib’s –a cena foi flagrada por uma câmera de segurança localizada na escola de idiomas Wizard, vizinha do restaurante. Duas testemunhas disseram à polícia que o menino foi agredido com um soco desferido pelos funcionários.
O advogado da família de João Victor, Francisco Carlos da Silva, reagiu indignado à divulgação do laudo:
"É o poder econômico do Habib's massacrando uma criança pobre e sua família"
Media 1,5 metro!
A família não acredita no laudo do médico Danilo Vendrame Vivas e vai pedir a exumação do corpo do menino João Victor. Não vamos nos esquecer das centenas de laudos falsos produzidos pelo Instituto Médico Legal de São Paulo na época da Ditadura!
Não vamos nos esquecer de Vladimir Herzog, que foi assassinado em 1975 por torturadores, mas apareceu num laudo assinado pelo legista Harry Shibata como tendo se suicidado!
Por meio de nota, o Habib’s informou neste mês que afastou os funcionários envolvidos no caso até o fim das conclusões da polícia para tomar outras medidas. A lanchonete ainda informou, por meio de sua assessoria, que repudia todo e qualquer ato de violência.
No dia internacional da mulher, nossa maior homenagem a uma mulher que sofre, a mãe de João Victor, 13 anos, Fernanda Cássia de Souza, é exigir Justiça para JOÃO VICTOR!
Laudo necroscópico do Instituto de Criminalística (IC), ligado à Polícia Civil de São Paulo, afirma que o menino João Victor Souza de Carvalho, de 13 anos, morreu no dia 26 de fevereiro, no Habib's da Avenida Itaberaba, Vila Nova Cachoeirinha, zona norte da cidade, depois de usar lança-perfume e cocaína.
Família exige Justiça!
Extrema coincidência, o menino teve uma parada cardiorrespiratória menos de um minuto depois de ser perseguido por um gerente e um segurança do Habib’s –a cena foi flagrada por uma câmera de segurança localizada na escola de idiomas Wizard, vizinha do restaurante. Duas testemunhas disseram à polícia que o menino foi agredido com um soco desferido pelos funcionários.
O advogado da família de João Victor, Francisco Carlos da Silva, reagiu indignado à divulgação do laudo:
"É o poder econômico do Habib's massacrando uma criança pobre e sua família"
Segundo ele, a família nunca negou que o menino fosse usuário de drogas. “Ele estava em tratamento no CAPs da Freguesia do Ó ”, disse. Era óbvio que ele teria resquícios de substâncias tóxicas em seu organismo (como o tricloroetileno e clorofórmio, que compõem o lança-perfume, além de traços cocaína). “O que a polícia terá de provar é que foi isso o que causou a morte do menino, e não o soco que ele recebeu dos funcionários do Habib’s.”
No vídeo capturado pela câmera de segurança da escola Wizard, o menino aparece correndo pela rua defronte ao restaurante. Atrás dele, perseguem-no dois homens. Menos de um minuto depois, os dois homens aparecem carregando –como se um saco de lixo fosse– o corpo do menininho, que ainda estrebucha em movimentos involuntários de braços.
Segundo uma catadora de latinhas e um motorista de ônibus, essas duas pessoas estavam com uniforme do Habib’s, e seriam o gerente e o supervisor da lanchonete.
Ao SPTV, sob a condição de se manter anônimo, o motorista do ônibus afirmou: “Eu tava [sic] parado no semáforo, aí daqui a pouco eu vi um menino passando com pedaço de pau na mão, correu na rua, veio o rapaz do Habib’s atrás dele, e veio um outro atrás dele também. Mas só vi ele dando porrada no moleque, mas semáforo abriu e não deu pra eu ver mais nada, né?”.
O SPTV ainda questionou o motorista sobre como ele tem certeza de que eram funcionários do Habib’s. O motorista então disse: “Porque tavam [sic] com camisa branca e com símbolo do Habib’s e calça preta.”
Mesma versão foi dada à polícia pela catadora Silvia Helena Croti. Segundo ela, por volta das 19h de domingo (26/02), o menino João Victor era perseguido na rua por dois funcionários do Habib’s, aos quais conhece porque comumente vende balas na porta do estabelecimento. Um deles, branco e magro, é o gerente da loja. O outro, gordo, estatura mediana e moreno, é o segurança. Segundo Silvia, o segurança conseguiu imobilizar o menino pelo pescoço e desferiu “um violento soco contra a sua cabeça”. Logo depois disso, João Victor começou a espumar pela boca.
Segundo o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo), o laudo do Instituto de Criminalística (IC) [o laudo] é apenas uma das provas, “que precisa ser analisado em conjunto com outras provas, como os depoimentos de testemunhas, sendo que pelo menos duas delas até o momento relataram na Delegacia de Polícia a ocorrência de agressões contra o adolescente. Ainda é necessário se apurar de que forma essas supostas agressões e perseguição de funcionários do Habib’s podem ter contribuído para a morte do menino.”
No dia 28 e fevereiro, terça-feira passada, foi produzido o atestado de óbito de João Victor, no qual o médico Danilo Vendrame Vivas diz que o menino era assim:
Atenção!
O monstro a quem o Habib's acusa de "perturbar os clientes" tinha 40 kg.
No vídeo capturado pela câmera de segurança da escola Wizard, o menino aparece correndo pela rua defronte ao restaurante. Atrás dele, perseguem-no dois homens. Menos de um minuto depois, os dois homens aparecem carregando –como se um saco de lixo fosse– o corpo do menininho, que ainda estrebucha em movimentos involuntários de braços.
Segundo uma catadora de latinhas e um motorista de ônibus, essas duas pessoas estavam com uniforme do Habib’s, e seriam o gerente e o supervisor da lanchonete.
Ao SPTV, sob a condição de se manter anônimo, o motorista do ônibus afirmou: “Eu tava [sic] parado no semáforo, aí daqui a pouco eu vi um menino passando com pedaço de pau na mão, correu na rua, veio o rapaz do Habib’s atrás dele, e veio um outro atrás dele também. Mas só vi ele dando porrada no moleque, mas semáforo abriu e não deu pra eu ver mais nada, né?”.
O SPTV ainda questionou o motorista sobre como ele tem certeza de que eram funcionários do Habib’s. O motorista então disse: “Porque tavam [sic] com camisa branca e com símbolo do Habib’s e calça preta.”
Mesma versão foi dada à polícia pela catadora Silvia Helena Croti. Segundo ela, por volta das 19h de domingo (26/02), o menino João Victor era perseguido na rua por dois funcionários do Habib’s, aos quais conhece porque comumente vende balas na porta do estabelecimento. Um deles, branco e magro, é o gerente da loja. O outro, gordo, estatura mediana e moreno, é o segurança. Segundo Silvia, o segurança conseguiu imobilizar o menino pelo pescoço e desferiu “um violento soco contra a sua cabeça”. Logo depois disso, João Victor começou a espumar pela boca.
Segundo o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo), o laudo do Instituto de Criminalística (IC) [o laudo] é apenas uma das provas, “que precisa ser analisado em conjunto com outras provas, como os depoimentos de testemunhas, sendo que pelo menos duas delas até o momento relataram na Delegacia de Polícia a ocorrência de agressões contra o adolescente. Ainda é necessário se apurar de que forma essas supostas agressões e perseguição de funcionários do Habib’s podem ter contribuído para a morte do menino.”
No dia 28 e fevereiro, terça-feira passada, foi produzido o atestado de óbito de João Victor, no qual o médico Danilo Vendrame Vivas diz que o menino era assim:
Atenção!
O monstro a quem o Habib's acusa de "perturbar os clientes" tinha 40 kg.
Era franzino!
Media 1,5 metro!
Tinha os dentes podres!
Barba e bigodes ainda eram ausentes!
A família não acredita no laudo do médico Danilo Vendrame Vivas e vai pedir a exumação do corpo do menino João Victor. Não vamos nos esquecer das centenas de laudos falsos produzidos pelo Instituto Médico Legal de São Paulo na época da Ditadura!
Não vamos nos esquecer de Vladimir Herzog, que foi assassinado em 1975 por torturadores, mas apareceu num laudo assinado pelo legista Harry Shibata como tendo se suicidado!
Por meio de nota, o Habib’s informou neste mês que afastou os funcionários envolvidos no caso até o fim das conclusões da polícia para tomar outras medidas. A lanchonete ainda informou, por meio de sua assessoria, que repudia todo e qualquer ato de violência.
No dia internacional da mulher, nossa maior homenagem a uma mulher que sofre, a mãe de João Victor, 13 anos, Fernanda Cássia de Souza, é exigir Justiça para JOÃO VICTOR!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: