Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Finalmente começará na terça-feira o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Abusando do cinismo, o PSDB, que apresentou a ação antes de ter se aliado ao PMDB para derrubar Dilma, defendeu a não-responsabilização de Temer. Já o procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, acolhendo o parecer do relator Herman Benjamin, deve pedir a cassação do mandato de Temer e a inelegibilidade de Dilma.
Isso significa que, se acolher tal proposição, o TSE punirá duplamente Dilma, que já foi cassada pelo Congresso, mas deixará Temer elegível, tornando viável a extraordinária hipótese levantada pelo ministro Gilmar Mendes: a de que, sendo cassado, Temer venha a ser eleito presidente pelo Congresso em eleição indireta. Aí teríamos a suprema esculhambação política, algo que espantará o mundo. Mais que república bananeira, teríamos o Brasil transformado num bananão, apelido que por muito menos lhe deu Paulo Francis na infância da Nova República, hoje moribunda.
Por que o procurador sugere a preservação da elegibilidade de Temer não se sabe ainda. Talvez tenha buscado aplicar uma pena mais leve ao vice na chapa vencedora em 2014, e pena mais dura à titular, tornando apenas Dilma inelegível. Mas deve ele saber que a hipótese da eleição indireta de Temer pelo Congresso já foi ventilada, por mais insólito que isso pareça. Como explicar ao povo e ao mundo que um presidente cassado pela justiça eleitoral possa ser eleito pelo Parlamento?
Finalmente começará na terça-feira o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Abusando do cinismo, o PSDB, que apresentou a ação antes de ter se aliado ao PMDB para derrubar Dilma, defendeu a não-responsabilização de Temer. Já o procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, acolhendo o parecer do relator Herman Benjamin, deve pedir a cassação do mandato de Temer e a inelegibilidade de Dilma.
Isso significa que, se acolher tal proposição, o TSE punirá duplamente Dilma, que já foi cassada pelo Congresso, mas deixará Temer elegível, tornando viável a extraordinária hipótese levantada pelo ministro Gilmar Mendes: a de que, sendo cassado, Temer venha a ser eleito presidente pelo Congresso em eleição indireta. Aí teríamos a suprema esculhambação política, algo que espantará o mundo. Mais que república bananeira, teríamos o Brasil transformado num bananão, apelido que por muito menos lhe deu Paulo Francis na infância da Nova República, hoje moribunda.
Por que o procurador sugere a preservação da elegibilidade de Temer não se sabe ainda. Talvez tenha buscado aplicar uma pena mais leve ao vice na chapa vencedora em 2014, e pena mais dura à titular, tornando apenas Dilma inelegível. Mas deve ele saber que a hipótese da eleição indireta de Temer pelo Congresso já foi ventilada, por mais insólito que isso pareça. Como explicar ao povo e ao mundo que um presidente cassado pela justiça eleitoral possa ser eleito pelo Parlamento?
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