Por Celso Vicenzi, em seu blog:
Iludem-se aqueles que acreditam – aí incluídos todos que lideraram o golpe contra Dilma Roussef – que terão alcançado êxito ao suspender as atividades do Instituto Lula, ao cassar o registro do PT – como pretendem – e prender ou inviabilizar juridicamente a candidatura de Lula em 2018 ou, sabe-se lá, em que ano, pois não há garantias que teremos “eleições livres” no próximo ano.
Uma ideia justa e solidária não acaba com a morte, a prisão ou cassação de quem a defende. A história mundial está repleta de exemplos. Não adiantou prender Nelson Mandela por 27 anos ou assassinar Martin Luther King. Mahatma Gandhi derrotou o maior império do planeta vestido com um pano rústico branco e uma ideia poderosa de justiça e libertação, que foi acolhida por milhões de indianos.
A ideia de justiça social perdura e se multiplica sem que seus inimigos, por mais poderosos, consigam exterminá-la. É a mais duradoura da história da humanidade, apesar de tudo que já tenha sido feito para justificar a desigualdade social, étnica e de gênero, e destruir o sonho de um mundo justo e igualitário no imaginário popular. Mais fácil a ganância capitalista destruir o planeta do que sepultar a ideia de um futuro em que todos dividam o pão e a alegria de uma convivência fraterna entre os povos.
É só uma questão de tempo e lugar. “Nada é mais poderoso do que uma ideia que chegou no tempo certo”, escreveu, certa vez, Vitor Hugo. Mesmo os exércitos mais fortes e bem armados do planeta sucumbiram diante de ideias que se espalharam e se tornaram dominantes na mente e no coração de milhões de pessoas. Quando esse momento acontece, nada é possível fazer para deter o movimento da história.
O fim do PT, por uma possível cassação ditatorial – como já ocorreu com partidos comunistas no Brasil -, por mais que venha a ser (tra)vestida com a toga de um juiz ou de um tribunal, não deixará de ser um crime contra a democracia. E uma tentativa inútil de inviabilizar uma aspiração que não é exclusiva de um único partido ou liderança política: um país para todos, não para poucos grupos privilegiados.
No caso do PT, o sonho nasceu principalmente da união de sindicalistas, de setores da Igreja Católica ligada à Teologia da Libertação e de intelectuais, sobretudo nas universidades, para ser instrumento de luta por mais justiça e menos desigualdade social no país. Seus líderes podem ter tomado caminhos diversos e equivocados, mas a ideia que o constituiu não vai desaparecer por sentença de nenhum magistrado. Enquanto houver pessoas capazes de se indignar e combater o egoísmo, o racismo, o ódio, a desigualdade e a violência que os mais ricos disseminam pelo país com o apoio ou a omissão de analfabetos políticos, haverá esperança.
O máximo que conseguirão setores dominantes do empresariado, judiciário, ministério público, polícia federal, mídia e parlamentares corruptos, além de vantagens fugazes, será o de serem lembrados como golpistas e traidores da pátria, enquanto aqueles que foram e são perseguidos por defenderem justiça social e soberania nacional, ocuparão lugar de destaque nos livros e, principalmente, na memória do povo brasileiro.
A luta de um povo não se extingue por sentença de um tribunal.
Uma ideia justa e solidária não acaba com a morte, a prisão ou cassação de quem a defende. A história mundial está repleta de exemplos. Não adiantou prender Nelson Mandela por 27 anos ou assassinar Martin Luther King. Mahatma Gandhi derrotou o maior império do planeta vestido com um pano rústico branco e uma ideia poderosa de justiça e libertação, que foi acolhida por milhões de indianos.
A ideia de justiça social perdura e se multiplica sem que seus inimigos, por mais poderosos, consigam exterminá-la. É a mais duradoura da história da humanidade, apesar de tudo que já tenha sido feito para justificar a desigualdade social, étnica e de gênero, e destruir o sonho de um mundo justo e igualitário no imaginário popular. Mais fácil a ganância capitalista destruir o planeta do que sepultar a ideia de um futuro em que todos dividam o pão e a alegria de uma convivência fraterna entre os povos.
É só uma questão de tempo e lugar. “Nada é mais poderoso do que uma ideia que chegou no tempo certo”, escreveu, certa vez, Vitor Hugo. Mesmo os exércitos mais fortes e bem armados do planeta sucumbiram diante de ideias que se espalharam e se tornaram dominantes na mente e no coração de milhões de pessoas. Quando esse momento acontece, nada é possível fazer para deter o movimento da história.
O fim do PT, por uma possível cassação ditatorial – como já ocorreu com partidos comunistas no Brasil -, por mais que venha a ser (tra)vestida com a toga de um juiz ou de um tribunal, não deixará de ser um crime contra a democracia. E uma tentativa inútil de inviabilizar uma aspiração que não é exclusiva de um único partido ou liderança política: um país para todos, não para poucos grupos privilegiados.
No caso do PT, o sonho nasceu principalmente da união de sindicalistas, de setores da Igreja Católica ligada à Teologia da Libertação e de intelectuais, sobretudo nas universidades, para ser instrumento de luta por mais justiça e menos desigualdade social no país. Seus líderes podem ter tomado caminhos diversos e equivocados, mas a ideia que o constituiu não vai desaparecer por sentença de nenhum magistrado. Enquanto houver pessoas capazes de se indignar e combater o egoísmo, o racismo, o ódio, a desigualdade e a violência que os mais ricos disseminam pelo país com o apoio ou a omissão de analfabetos políticos, haverá esperança.
O máximo que conseguirão setores dominantes do empresariado, judiciário, ministério público, polícia federal, mídia e parlamentares corruptos, além de vantagens fugazes, será o de serem lembrados como golpistas e traidores da pátria, enquanto aqueles que foram e são perseguidos por defenderem justiça social e soberania nacional, ocuparão lugar de destaque nos livros e, principalmente, na memória do povo brasileiro.
A luta de um povo não se extingue por sentença de um tribunal.
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