Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Se tivesse que resumir o que creio que decorreu do 10 de maio de 2017 – data a ser imortalizada –, diria que foi o dia da inflexão política brasileira após um processo acelerado de degradação institucional do país.
A iniciativa de trazer o ex-presidente Lula a Curitiba e dar a essa iniciativa uma publicidade imensa, foi (exclusivamente) do juiz Sergio Moro. Ele poderia ter feito outras opções. Por exemplo, poderia ter mantido sigilo sobre a oitiva ou fazê-la por teleconferência.
Por que? Em benefício do Erário, entre outros fatores.
Escrevo de Curitiba, já na madrugada de quinta-feira 11 de maio. Na noite anterior, jantei com advogados e juristas curitibanos que avaliaram que a operação em torno do depoimento do ex-presidente pode facilmente ter custado acima de milhão de reais (!)
Quantas casas populares ou escolas poderiam ter sido feitas com esse dinheiro?
Por que se optou por trazer Lula a Curitiba e dar grande publicidade ao fato só para, depois, o juiz Moro gravar vídeo manifestando preocupação com o resultado do que ele mesmo armou?
É simples: Moro esperava dar o golpe de misericórdia em Lula em sua oitiva em Curitiba. O ex-presidente chegaria atemorizado, seria humilhado por uma horda de camisas-amarelas furiosos e, se desse, sairia preso da audiência.
O vídeo [aqui] mostra que não foi bem isso o que ocorreu.
Mas o que você acaba de assistir é só parte da história. Nos primeiros dias após a convocação de Lula por Moro, a direita jurídico-midiática pareceu fazer pouco caso da iniciativa do PT de levar militantes a Curitiba para proteger Lula das milícias moristas que certamente estariam esperando o ex-presidente à porta do prédio da Justiça Federal naquela cidade.
Conforme o tempo foi passando, e a mobilização aumentando, Moro começou a se dar conta de que seu plano não iria sair como pensava. As milícias fascistas não fariam frente à maré vermelha que engolfaria Curitiba, do ponto de vista numérico, e, mesmo se fizessem, produzir-se-ia um confronto de proporções e resultados imprevisíveis.
E Moro, que optou pela oitiva destrambelhada de Lula, seria o responsável.
O resultado desse plano infalível da republiqueta fascista de Curitiba – que faliu miseravelmente porque a esperteza, quando é muita, engole o dono – você confere no vídeo [aqui].
Se tivesse que resumir o que creio que decorreu do 10 de maio de 2017 – data a ser imortalizada –, diria que foi o dia da inflexão política brasileira após um processo acelerado de degradação institucional do país.
A iniciativa de trazer o ex-presidente Lula a Curitiba e dar a essa iniciativa uma publicidade imensa, foi (exclusivamente) do juiz Sergio Moro. Ele poderia ter feito outras opções. Por exemplo, poderia ter mantido sigilo sobre a oitiva ou fazê-la por teleconferência.
Por que? Em benefício do Erário, entre outros fatores.
Escrevo de Curitiba, já na madrugada de quinta-feira 11 de maio. Na noite anterior, jantei com advogados e juristas curitibanos que avaliaram que a operação em torno do depoimento do ex-presidente pode facilmente ter custado acima de milhão de reais (!)
Quantas casas populares ou escolas poderiam ter sido feitas com esse dinheiro?
Por que se optou por trazer Lula a Curitiba e dar grande publicidade ao fato só para, depois, o juiz Moro gravar vídeo manifestando preocupação com o resultado do que ele mesmo armou?
É simples: Moro esperava dar o golpe de misericórdia em Lula em sua oitiva em Curitiba. O ex-presidente chegaria atemorizado, seria humilhado por uma horda de camisas-amarelas furiosos e, se desse, sairia preso da audiência.
O vídeo [aqui] mostra que não foi bem isso o que ocorreu.
Mas o que você acaba de assistir é só parte da história. Nos primeiros dias após a convocação de Lula por Moro, a direita jurídico-midiática pareceu fazer pouco caso da iniciativa do PT de levar militantes a Curitiba para proteger Lula das milícias moristas que certamente estariam esperando o ex-presidente à porta do prédio da Justiça Federal naquela cidade.
Conforme o tempo foi passando, e a mobilização aumentando, Moro começou a se dar conta de que seu plano não iria sair como pensava. As milícias fascistas não fariam frente à maré vermelha que engolfaria Curitiba, do ponto de vista numérico, e, mesmo se fizessem, produzir-se-ia um confronto de proporções e resultados imprevisíveis.
E Moro, que optou pela oitiva destrambelhada de Lula, seria o responsável.
O resultado desse plano infalível da republiqueta fascista de Curitiba – que faliu miseravelmente porque a esperteza, quando é muita, engole o dono – você confere no vídeo [aqui].
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