Por Jeferson Miola
No depoimento do Lula ao juiz-acusador Sérgio Moro em 10 de maio teve de tudo – impedimento de intervenções dos advogados de defesa, perguntas descabidas sobre assuntos estranhos à ação, inquisição torturante por 5 horas e parcialidade nos questionamentos.
Naquela audiência só não apareceu, porém, o essencial: a apresentação de uma única prova, por mais insignificante que fosse, para justificar a mínima razão para a abertura do processo judicial contra o ex-presidente.
O procurador Carlos Fernando Lima lamentou que Lula não tenha produzido provas contra si. Isso deixa claro que a acusação [ao encargo do MP e da PF] não possuía provas e que, na ausência de provas, esperava que o ex-presidente se auto-incriminasse.
A Lava Jato perdeu a batalha de Curitiba. A acusação envolvendo o suposto apartamento triplex expôs as ridículas inconsistências do processo judicial e, em vista disso, fragilizou a hipótese de imputação de crime ao ex-presidente. Apesar disso, contudo, sabe-se de antemão que Moro deverá se pronunciar pela condenação do Lula.
Pouco mais de 24 horas depois do fracasso da força-tarefa, a Lava Jato passou por um rápido recall para consertar a artilharia e aprumar a ofensiva da guerra contra Lula.
O rápido reordenamento tático comprova o padrão sofisticado de inteligência e coordenação estratégica da ditadura Globo-Lava Jato. Imediatamente após a batalha de campo vencida por Lula, reagiram com bombardeio nuclear.
Num passe de mágica, tiraram da cartola do STF os depoimentos do casal de marqueteiros Mônica Moura e João Santana, prestados nas delações sob chantagem psicológica, em troca da redução dos anos de cadeia a que seriam condenados caso não mentissem para incriminar Lula e Dilma.
A tese da Lava Jato exposta no power point infame do procurador Deltan Dallagnol, de que Lula é o comandante supremo de uma organização criminosa, a mesma que os procuradores covardemente não sustentaram na audiência em Curitiba na presença do próprio Lula, foi ressuscitada.
O recall da Lava Jato é o recall do golpe e do regime de exceção. Por ironia da história, o ajuste de rumos da Operação se dá no exato dia do primeiro aniversário do golpe [Dilma foi afastada provisoriamente pelo Senado em 12/5/2016 e, em definitivo, em 31/8/2016].
A mídia hegemônica, sem nenhuma exceção, assumiu uma linha editorial uníssona de condenação do Lula, em que pese a inexistência de qualquer motivo para este enquadramento.
As manchetes de todos os jornais, com pequenas variações de vocabulário, giraram em torno da infâmia do power point: “Lula era o chefe e dava a palavra final”. As emissoras de rádio e televisão dos oligopólios midiáticos, alinhadas editorialmente, massacram exaustivamente com a mesma propaganda caluniosa.
A mídia hegemônica, liderada pela Rede Globo e inundada com milhões e mais milhões de verbas publicitárias que aumentaram exponencialmente no período do ilegítimo governo Temer, assumiu com a Lava Jato o papel de proa na destruição da democracia e do Estado de Direito no Brasil.
Só se consegue vislumbrar saídas não-democráticas no horizonte. São saídas que criam um período prolongado e de profunda ilegitimidade democrática e, portanto, de enorme instabilidade e conflito social: ou [1] condenam Lula para impedi-lo de disputar a eleição presidencial que deveria ser convocada com a máxima urgência, ou [2] suspendem a eleição de 2018, caso não consigam condenar Lula para implodir sua candidatura presidencial.
A ditadura jurídico-midiática intensificou a guerra contra o ex-presidente Lula. Esta guerra, na verdade, é uma guerra contra a democracia para atacar os direitos do povo brasileiro e seguir desnacionalizando a economia e transferindo a riqueza nacional para o estrangeiro às custas da miséria da maioria da população. Nesta guerra, o destemor fascista da tirania jurídico-midiática é assombroso.
O Brasil está se encaminhando para o embrutecimento do regime de exceção. É imperioso pensar-se novas e mais radicais formas de luta para impedir este desfecho perigoso desenhado pelas classes dominantes com o patrocínio de interesses externos.
O povo em resistência está desafiado a construir novas plataformas de luta, muito mais sofisticadas e vigorosas que todas as conhecidas e já experimentadas.
No depoimento do Lula ao juiz-acusador Sérgio Moro em 10 de maio teve de tudo – impedimento de intervenções dos advogados de defesa, perguntas descabidas sobre assuntos estranhos à ação, inquisição torturante por 5 horas e parcialidade nos questionamentos.
Naquela audiência só não apareceu, porém, o essencial: a apresentação de uma única prova, por mais insignificante que fosse, para justificar a mínima razão para a abertura do processo judicial contra o ex-presidente.
O procurador Carlos Fernando Lima lamentou que Lula não tenha produzido provas contra si. Isso deixa claro que a acusação [ao encargo do MP e da PF] não possuía provas e que, na ausência de provas, esperava que o ex-presidente se auto-incriminasse.
A Lava Jato perdeu a batalha de Curitiba. A acusação envolvendo o suposto apartamento triplex expôs as ridículas inconsistências do processo judicial e, em vista disso, fragilizou a hipótese de imputação de crime ao ex-presidente. Apesar disso, contudo, sabe-se de antemão que Moro deverá se pronunciar pela condenação do Lula.
Pouco mais de 24 horas depois do fracasso da força-tarefa, a Lava Jato passou por um rápido recall para consertar a artilharia e aprumar a ofensiva da guerra contra Lula.
O rápido reordenamento tático comprova o padrão sofisticado de inteligência e coordenação estratégica da ditadura Globo-Lava Jato. Imediatamente após a batalha de campo vencida por Lula, reagiram com bombardeio nuclear.
Num passe de mágica, tiraram da cartola do STF os depoimentos do casal de marqueteiros Mônica Moura e João Santana, prestados nas delações sob chantagem psicológica, em troca da redução dos anos de cadeia a que seriam condenados caso não mentissem para incriminar Lula e Dilma.
A tese da Lava Jato exposta no power point infame do procurador Deltan Dallagnol, de que Lula é o comandante supremo de uma organização criminosa, a mesma que os procuradores covardemente não sustentaram na audiência em Curitiba na presença do próprio Lula, foi ressuscitada.
O recall da Lava Jato é o recall do golpe e do regime de exceção. Por ironia da história, o ajuste de rumos da Operação se dá no exato dia do primeiro aniversário do golpe [Dilma foi afastada provisoriamente pelo Senado em 12/5/2016 e, em definitivo, em 31/8/2016].
A mídia hegemônica, sem nenhuma exceção, assumiu uma linha editorial uníssona de condenação do Lula, em que pese a inexistência de qualquer motivo para este enquadramento.
As manchetes de todos os jornais, com pequenas variações de vocabulário, giraram em torno da infâmia do power point: “Lula era o chefe e dava a palavra final”. As emissoras de rádio e televisão dos oligopólios midiáticos, alinhadas editorialmente, massacram exaustivamente com a mesma propaganda caluniosa.
A mídia hegemônica, liderada pela Rede Globo e inundada com milhões e mais milhões de verbas publicitárias que aumentaram exponencialmente no período do ilegítimo governo Temer, assumiu com a Lava Jato o papel de proa na destruição da democracia e do Estado de Direito no Brasil.
Só se consegue vislumbrar saídas não-democráticas no horizonte. São saídas que criam um período prolongado e de profunda ilegitimidade democrática e, portanto, de enorme instabilidade e conflito social: ou [1] condenam Lula para impedi-lo de disputar a eleição presidencial que deveria ser convocada com a máxima urgência, ou [2] suspendem a eleição de 2018, caso não consigam condenar Lula para implodir sua candidatura presidencial.
A ditadura jurídico-midiática intensificou a guerra contra o ex-presidente Lula. Esta guerra, na verdade, é uma guerra contra a democracia para atacar os direitos do povo brasileiro e seguir desnacionalizando a economia e transferindo a riqueza nacional para o estrangeiro às custas da miséria da maioria da população. Nesta guerra, o destemor fascista da tirania jurídico-midiática é assombroso.
O Brasil está se encaminhando para o embrutecimento do regime de exceção. É imperioso pensar-se novas e mais radicais formas de luta para impedir este desfecho perigoso desenhado pelas classes dominantes com o patrocínio de interesses externos.
O povo em resistência está desafiado a construir novas plataformas de luta, muito mais sofisticadas e vigorosas que todas as conhecidas e já experimentadas.
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