Por Bepe Damasco, em seu blog:
Pessoas, em geral, de poucas luzes intelectuais, as lideranças empresariais brasileiras jamais foram capazes de formular um miserável projeto de país. Sua rala imaginação não vai além da elaboração de projetos e campanhas para fugir do pagamento de impostos.
A obsessão por uma margem de lucro cada vez maior, custe o que custar, e o corte de pessoal diante do menor sinal de retração dos negócios, são outros traços marcantes dos donos dos meios de produção. O apoio incondicional dado ao projeto de antirreforma trabalhista de Temer revela uma visão burra até a raiz dos cabelos a respeito das relações entre demanda, oferta, salário e consumo.
Só capitalistas medíocres podem deixar escapar o óbvio : com a precarização do trabalho, que vai provocar enormes dificuldades para a obtenção do vínculo empregatício duradouro e formal, os produtos fabricados pela indústria certamente terão menos compradores. Cenário semelhante se avizinha para o comércio e o setor de serviços.
À essa mentalidade tacanha se soma a histórica falta de compromisso democrático de boa parte dos empresários do país, especialmente os encastelados em federações patronais como Fiesp, CNI, Fenaban, Federação Nacional do Comércio e congêneres. Estão sempre prontos a apoiar e financiar aventuras de ruptura da ordem democrática. Foi assim em 1964 e em 2016.
A Fiesp, de Paulo Skaf, além de ter derramado rios de dinheiro para fortalecer os movimentos fascistas que tomaram conta das ruas em favor do golpe parlamentar-midiático-judicial, apelou para jogada marqueteira do pato amarelo, símbolo da indignação do capital com a obrigatoriedade do pagamento de impostos no país campeão em sonegação.
Era preciso banir a praga petista e sua sanha por cobrar impostos para investir no social. A mídia velhaca, porta-voz desses capitalistas que odeiam riscos e preferem mamar nas testas do Estado, dava ampla divulgação à bobagem do impostômetro e reverberava dia sim, outro também o “absurdo da carga tributária petista.”
Mas a chave para entender a motivação da campanha empresarial sórdida para que a Constituição da República fosse rasgada está na questão ideológica. Só mentes turvadas pelo reacionarismo mais empedernido e por convicções preconceituosas de direita podem conceber a derrubada inconstitucional de um governo no qual eles, os empregadores, ganharam dinheiro como em poucos períodos da história.
Nos governos Lula e Dilma, foram criados mais de 20 milhões de empregos, a economia estava aquecida e o mercado interno puxava a locomotiva do crescimento. Não custa lembrar que, em 2010, o Brasil registrou crescimento do PIB de padrão chinês – 7,5%. No fim do primeiro governo Dilma, em dezembro de 2014, atingimos praticamente o pleno emprego, com 4,2% de desempregados apenas.
Hoje, com o país arruinado pelos golpistas, o governo ilegítimo anuncia o supertarifaço dos combustíveis, com a alíquota do PIS-Cofins aumentando em mais de 100%. Embora a Fiesp tenha emitido uma nota adocicada tímida e envergonhada criticando a medida, a pergunta que não quer calar é: onde os endinheirados que patrocinaram o golpe pretendem enfiar o pato?
Pessoas, em geral, de poucas luzes intelectuais, as lideranças empresariais brasileiras jamais foram capazes de formular um miserável projeto de país. Sua rala imaginação não vai além da elaboração de projetos e campanhas para fugir do pagamento de impostos.
A obsessão por uma margem de lucro cada vez maior, custe o que custar, e o corte de pessoal diante do menor sinal de retração dos negócios, são outros traços marcantes dos donos dos meios de produção. O apoio incondicional dado ao projeto de antirreforma trabalhista de Temer revela uma visão burra até a raiz dos cabelos a respeito das relações entre demanda, oferta, salário e consumo.
Só capitalistas medíocres podem deixar escapar o óbvio : com a precarização do trabalho, que vai provocar enormes dificuldades para a obtenção do vínculo empregatício duradouro e formal, os produtos fabricados pela indústria certamente terão menos compradores. Cenário semelhante se avizinha para o comércio e o setor de serviços.
À essa mentalidade tacanha se soma a histórica falta de compromisso democrático de boa parte dos empresários do país, especialmente os encastelados em federações patronais como Fiesp, CNI, Fenaban, Federação Nacional do Comércio e congêneres. Estão sempre prontos a apoiar e financiar aventuras de ruptura da ordem democrática. Foi assim em 1964 e em 2016.
A Fiesp, de Paulo Skaf, além de ter derramado rios de dinheiro para fortalecer os movimentos fascistas que tomaram conta das ruas em favor do golpe parlamentar-midiático-judicial, apelou para jogada marqueteira do pato amarelo, símbolo da indignação do capital com a obrigatoriedade do pagamento de impostos no país campeão em sonegação.
Era preciso banir a praga petista e sua sanha por cobrar impostos para investir no social. A mídia velhaca, porta-voz desses capitalistas que odeiam riscos e preferem mamar nas testas do Estado, dava ampla divulgação à bobagem do impostômetro e reverberava dia sim, outro também o “absurdo da carga tributária petista.”
Mas a chave para entender a motivação da campanha empresarial sórdida para que a Constituição da República fosse rasgada está na questão ideológica. Só mentes turvadas pelo reacionarismo mais empedernido e por convicções preconceituosas de direita podem conceber a derrubada inconstitucional de um governo no qual eles, os empregadores, ganharam dinheiro como em poucos períodos da história.
Nos governos Lula e Dilma, foram criados mais de 20 milhões de empregos, a economia estava aquecida e o mercado interno puxava a locomotiva do crescimento. Não custa lembrar que, em 2010, o Brasil registrou crescimento do PIB de padrão chinês – 7,5%. No fim do primeiro governo Dilma, em dezembro de 2014, atingimos praticamente o pleno emprego, com 4,2% de desempregados apenas.
Hoje, com o país arruinado pelos golpistas, o governo ilegítimo anuncia o supertarifaço dos combustíveis, com a alíquota do PIS-Cofins aumentando em mais de 100%. Embora a Fiesp tenha emitido uma nota adocicada tímida e envergonhada criticando a medida, a pergunta que não quer calar é: onde os endinheirados que patrocinaram o golpe pretendem enfiar o pato?
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