Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Toca achar cientistas políticos, analistas e colunistas para nos alertar desse desastre. No desespero, vale diminui-lo. Vera Chaia, professora da PUC de São Paulo conta que “a popularidade de Lula e Bolsonaro se deve ao fato de estarem em campanha há mais tempo e, com isso, estão na lembrança do eleitor”.
Segundo Vera, os dois “estão sempre viajando pelo Brasil” e “essa visibilidade os favorece”. Então tá.
Rui Tavares Maluf, doutor em Ciência Política da USP, acha que “essas são figuras que já estão na cabeça do eleitorado”. “Não vejo firmeza nas intenções de voto”, afirma. Maravilha.
Ficamos combinados que Lula e Bolsonaro, cuja proposta para a economia revolve em torno de fantasias sobre o nióbio, fora tudo, são a mesma coisa.
No Uol, Josias de Souza escreve na segunda, dia 30, um libelo em que era possível imaginá-lo - ele, Josias - tirando as calças e pisando em cima.
“Lula e Bolsonaro são sintomas de um país adoecido. Resultado da cruza da falta de ética com a inépcia, a roubalheira e o empregocídio engravidaram a democracia brasileira de um desastre. Por sorte, ainda há tempo para um aborto político”, escreve, em surto.
Caco Alzugaray, dono da vendida Istoé, é mais fino: “o maior ladrão do país X o maior fdp do país”.
Numa “análise”, Maiá Menezes dá a senha no Globo: “O novo espreita o eleitorado. O nome de Luciano Huck aparece, quando citado pelo Ibope, com 8% dos votos, por exemplo.” Agora vai!
A esperança é que surja alguém de centro, portanto. A dureza é que, fora da imprensa, que coloca ambos os contendores em polos ideológicos, esse candidato de centro já existe: Lula.
A massa que o quer de volta não almeja um esquerdista, mas um um político que já foi testado e melhorou sua vida - bem como a dos banqueiros, como ele mesmo repete. Ele sabe disso.
Vamos ver até quando se sustenta a estratégia de espalhar o pânico do BolsoLula pelas ruas, subestimando a inteligência alheia, especialidade da casa.
Se não vingar, o jeito é apelar para o velho remédio do golpe.
Após quatro anos de Lava Jato e pancadaria diária em Lula, a Globo inventou um novo monstro que, aos poucos, vai sendo adotado pelo resto da mídia: o LulaNaro ou BolsoLula.
Trata-se da desgraça, da tragédia, da calamidade de uma disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro.
O noticiário nas publicações do grupo já vinha levantando essa “preocupação”.
No domingo, dia da divulgação do Ibope, havia duas prioridades nítidas: esconder a pesquisa e interpretá-la sob a ótica da ameaça desse monstrengo.
“Lula e Bolsonaro na frente”, deu o Globo na primeira página, como se estivessem empatados. Ora, um aparece com 35% e 36%, dependendo dos concorrentes, o outro com 13% e 18%.
Vivemos o demônio da “polarização”, como se a emissora não tivesse nada a ver com o clima de ódio que se instaurou no Brasil.
O noticiário nas publicações do grupo já vinha levantando essa “preocupação”.
No domingo, dia da divulgação do Ibope, havia duas prioridades nítidas: esconder a pesquisa e interpretá-la sob a ótica da ameaça desse monstrengo.
“Lula e Bolsonaro na frente”, deu o Globo na primeira página, como se estivessem empatados. Ora, um aparece com 35% e 36%, dependendo dos concorrentes, o outro com 13% e 18%.
Vivemos o demônio da “polarização”, como se a emissora não tivesse nada a ver com o clima de ódio que se instaurou no Brasil.
Toca achar cientistas políticos, analistas e colunistas para nos alertar desse desastre. No desespero, vale diminui-lo. Vera Chaia, professora da PUC de São Paulo conta que “a popularidade de Lula e Bolsonaro se deve ao fato de estarem em campanha há mais tempo e, com isso, estão na lembrança do eleitor”.
Segundo Vera, os dois “estão sempre viajando pelo Brasil” e “essa visibilidade os favorece”. Então tá.
Rui Tavares Maluf, doutor em Ciência Política da USP, acha que “essas são figuras que já estão na cabeça do eleitorado”. “Não vejo firmeza nas intenções de voto”, afirma. Maravilha.
Ficamos combinados que Lula e Bolsonaro, cuja proposta para a economia revolve em torno de fantasias sobre o nióbio, fora tudo, são a mesma coisa.
No Uol, Josias de Souza escreve na segunda, dia 30, um libelo em que era possível imaginá-lo - ele, Josias - tirando as calças e pisando em cima.
“Lula e Bolsonaro são sintomas de um país adoecido. Resultado da cruza da falta de ética com a inépcia, a roubalheira e o empregocídio engravidaram a democracia brasileira de um desastre. Por sorte, ainda há tempo para um aborto político”, escreve, em surto.
Caco Alzugaray, dono da vendida Istoé, é mais fino: “o maior ladrão do país X o maior fdp do país”.
Numa “análise”, Maiá Menezes dá a senha no Globo: “O novo espreita o eleitorado. O nome de Luciano Huck aparece, quando citado pelo Ibope, com 8% dos votos, por exemplo.” Agora vai!
A esperança é que surja alguém de centro, portanto. A dureza é que, fora da imprensa, que coloca ambos os contendores em polos ideológicos, esse candidato de centro já existe: Lula.
A massa que o quer de volta não almeja um esquerdista, mas um um político que já foi testado e melhorou sua vida - bem como a dos banqueiros, como ele mesmo repete. Ele sabe disso.
Vamos ver até quando se sustenta a estratégia de espalhar o pânico do BolsoLula pelas ruas, subestimando a inteligência alheia, especialidade da casa.
Se não vingar, o jeito é apelar para o velho remédio do golpe.
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