Por Marcelo P.F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Diante da deliberada omissão das autoridades econômicas no sentido de acionar instrumentos capazes de reanimar os motores da economia brasileira, são ainda escassos os sinais a respeito da recuperação econômica. A cada setor ou segmento de atividade que registra um dado positivo, um outro surge apontando no sentido inverso.
Tem sido assim desde o início do ano, com pequena vantagem para os primeiros. Na presente semana, a 48ª do ano, não foi diferente. Como nos passos do tico-tico, sinaizinhos tênues em sentidos díspares ainda não autorizam vislumbrar voos mais altos de nossa economia.
De acordo com as sondagens econômicas divulgadas pela FGV, por exemplo, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou em novembro uma variação positiva de 3,1% na comparação com o mês anterior, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 0,1%, exatamente a mesma queda que foi observada no Índice de Confiança de Serviços (ICS). Para ficar apenas com os dados da mesma instituição, na semana anterior, tanto o índice relativo à construção civil (ICST), quanto o Índice de Confiança na Industria (ICI) registraram variações positivas: respectivamente, 1,1% e 2,7%.
Ou seja, cisca daqui, cisca dali, percebe-se que na média a tendência é levemente positiva e que, finalmente, pode-se vislumbrar alguma recuperação cíclica, nada muito emocionante, ao longo de 2018. Frente ao tombo provocado pela prolongada recessão, entretanto, ainda será muito aquém do que seria necessário para recuperar o terreno perdido.
Diante da deliberada omissão das autoridades econômicas no sentido de acionar instrumentos capazes de reanimar os motores da economia brasileira, são ainda escassos os sinais a respeito da recuperação econômica. A cada setor ou segmento de atividade que registra um dado positivo, um outro surge apontando no sentido inverso.
Tem sido assim desde o início do ano, com pequena vantagem para os primeiros. Na presente semana, a 48ª do ano, não foi diferente. Como nos passos do tico-tico, sinaizinhos tênues em sentidos díspares ainda não autorizam vislumbrar voos mais altos de nossa economia.
De acordo com as sondagens econômicas divulgadas pela FGV, por exemplo, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou em novembro uma variação positiva de 3,1% na comparação com o mês anterior, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 0,1%, exatamente a mesma queda que foi observada no Índice de Confiança de Serviços (ICS). Para ficar apenas com os dados da mesma instituição, na semana anterior, tanto o índice relativo à construção civil (ICST), quanto o Índice de Confiança na Industria (ICI) registraram variações positivas: respectivamente, 1,1% e 2,7%.
Ou seja, cisca daqui, cisca dali, percebe-se que na média a tendência é levemente positiva e que, finalmente, pode-se vislumbrar alguma recuperação cíclica, nada muito emocionante, ao longo de 2018. Frente ao tombo provocado pela prolongada recessão, entretanto, ainda será muito aquém do que seria necessário para recuperar o terreno perdido.
O fato de ser 2018 um ano eleitoral, combinado com a imensa rejeição ao governo Temer, levará necessariamente a uma pressão das bases parlamentares e partidárias golpistas por um aumento das despesas governamentais e pela adoção de outras medidas econômicas visando potencializar o crescimento econômico. O neoliberalismo, a não ser para os ingênuos, não é sinônimo de cegueira relação aos "instrumentos capazes de reanimar os motores da economia brasileira", mas de contemplação de interesses da plutocracia financeira, que não assumiu o comando da economia com o propósito de fazê-la crescer segundo os interesses da maioria, mas com a finalidade de assegurar os seus ganhos rentistas, independentemente das consequências que tenham sobre a vida da maioria do povo. Entretanto, face às dificuldades políticas e eleitorais que os golpistas sabem que enfrentarão durante o processo eleitoral de 2018, me parece muito provável a adoção de um "keynesianismo oportunista" por parte dos golpistas, de um keynesianismo de ocasião, de curta duração,limitado entre os meses de janeiro e outubro, visando criar a sensação política de que os tempos de recessão ficaram para trás e de que os tempos de uma nova recuperação econômica estariam sendo inaugurados em 2018,revelando uma pretensa justeza das políticas austeridade fiscal até aqui prevalecente.
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