Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:
Deltan Dallagnol, o menino das faces rosadas, utilizou o twitter, esse novo braço da justiça brasileira, para se queixar ao seu público (sim, procuradores no Brasil agora possuem público) de que está sendo insultado pelo governo Temer.
O significado da palavra cinismo precisa ser atualizado.
Poucas pessoas neste País foram mais responsáveis pela ascensão de Michel Temer (e a canalha que veio a reboque) do que Deltan Dallagnol, seu colega procurador Carlos Fernando dos Santos Lima e toda a trupe circense de Curitiba, além, é claro, do atração principal, Sergio Moro.
Reclamar agora do estado de putrefação em que se encontram nossas instituições é a canalhice última de irresponsáveis que ajudaram a colocar fogo no País e agora fingem-se de inocentes estupefatos.
Não fosse a atuação desastrosa, ilegal, ilegítima, inconsequente, imoral e antidemocrática das forças de exceção do Poder Judiciário, é possível que a democracia nessa dita República tivesse sido preservada e o Estado de Direito ainda prevalecesse entre nós.
O fato é que a sanha política que dominou os tribunais de justiça já não permitem, para ninguém, um julgamento justo, isento e fundado exclusivamente no código de processo penal.
A partir da lógica política do momento, ou se é inocentado por conveniência ou condenado por, digamos, convicção.
No frigir dos ovos, somos todos vítimas de um Judiciário que se rendeu aos holofotes da grande mídia brasileira.
No choramingar dessa criança mimada:
“O povo brasileiro está cansado de ser insultado. Insultado por um presidente, por alguns ministros do STF e por muitos parlamentares lenientes com a corrupção. A melhor resposta que os brasileiros podem dar é nas urnas.”
O discurso é repleto daqueles lugares comuns que qualquer bêbado de botequim poderia proferir. Só não beira a infantilidade em função da carga oportunista da qual o discurso vem carregado.
Não é segredo para ninguém que o Robin da caverna curitibana sonha com uma carreira política - nos bastidores, se diz que ele sairia candidato a senador pelo Podemos, de Álvaro Dias, candidato a presidente da República, titular de uma cadeira no Senado que tem o empresário Joel Malucelli, amigo de Moro, como suplente.
A “resposta que os brasileiros podem dar“, à qual o iluminado se refere, possui nome, ainda que não possua uma sigla definida. A julgar pela quantidade de tucanos que foram presos pela Lava Jato, é possível se ter uma ideia. No Paraná, o Podemos é um satélite do PSDB.
Dallagnol, na cruzada que jura estar travando, talvez não perceba – dado o desapreço que demonstra pelo ordenamento jurídico legal – o mal que causa a toda uma nação ao agir como um justiceiro.
Nada seria mais benéfico ao País do que juízes e promotores de justiça que exerçam suas funções públicas no anonimato e pautados fundamentalmente nas leis.
Longe disso, o que nos resta é um fundamentalista religioso que encarnou o próprio Messias a querer guiar um povo inteiro à sua terra prometida.
Deltan Dallagnol, ao lado do juiz Sérgio Moro, representa hoje o suprassumo da incompetência, da ilegalidade, do oportunismo e do chantagismo que tomou de conta dos nossos poderes institucionais.
A sua desfaçatez é tanta que não assombra o fato da rejeição crescente tanto das práticas realizadas pela operação Lava Jato, quanto de seus condutores.
Para quem possui um mínimo de atividade cognitiva, ainda que no princípio tenha aprovado, à luz da realidade o circo de Curitiba não passa de mais um entre tantos outros insultos que o povo brasileiro vem sofrendo desde que uma corja de quadrilheiros elevou-se ao poder.
Insulto por insulto, Dallagnol, seu grupo e tudo que representam, não são menos insultosos do que todo o governo Temer.
Trocando em miúdos, não precisa ser muito inteligente para perceber a farsa que esse sujeito representa para o tão alardeado combate à corrupção no Brasil.
Até para a baixa inteligência, Deltan Dallagnol já representa hoje um enorme insulto.
O significado da palavra cinismo precisa ser atualizado.
Poucas pessoas neste País foram mais responsáveis pela ascensão de Michel Temer (e a canalha que veio a reboque) do que Deltan Dallagnol, seu colega procurador Carlos Fernando dos Santos Lima e toda a trupe circense de Curitiba, além, é claro, do atração principal, Sergio Moro.
Reclamar agora do estado de putrefação em que se encontram nossas instituições é a canalhice última de irresponsáveis que ajudaram a colocar fogo no País e agora fingem-se de inocentes estupefatos.
Não fosse a atuação desastrosa, ilegal, ilegítima, inconsequente, imoral e antidemocrática das forças de exceção do Poder Judiciário, é possível que a democracia nessa dita República tivesse sido preservada e o Estado de Direito ainda prevalecesse entre nós.
O fato é que a sanha política que dominou os tribunais de justiça já não permitem, para ninguém, um julgamento justo, isento e fundado exclusivamente no código de processo penal.
A partir da lógica política do momento, ou se é inocentado por conveniência ou condenado por, digamos, convicção.
No frigir dos ovos, somos todos vítimas de um Judiciário que se rendeu aos holofotes da grande mídia brasileira.
No choramingar dessa criança mimada:
“O povo brasileiro está cansado de ser insultado. Insultado por um presidente, por alguns ministros do STF e por muitos parlamentares lenientes com a corrupção. A melhor resposta que os brasileiros podem dar é nas urnas.”
O discurso é repleto daqueles lugares comuns que qualquer bêbado de botequim poderia proferir. Só não beira a infantilidade em função da carga oportunista da qual o discurso vem carregado.
Não é segredo para ninguém que o Robin da caverna curitibana sonha com uma carreira política - nos bastidores, se diz que ele sairia candidato a senador pelo Podemos, de Álvaro Dias, candidato a presidente da República, titular de uma cadeira no Senado que tem o empresário Joel Malucelli, amigo de Moro, como suplente.
A “resposta que os brasileiros podem dar“, à qual o iluminado se refere, possui nome, ainda que não possua uma sigla definida. A julgar pela quantidade de tucanos que foram presos pela Lava Jato, é possível se ter uma ideia. No Paraná, o Podemos é um satélite do PSDB.
Dallagnol, na cruzada que jura estar travando, talvez não perceba – dado o desapreço que demonstra pelo ordenamento jurídico legal – o mal que causa a toda uma nação ao agir como um justiceiro.
Nada seria mais benéfico ao País do que juízes e promotores de justiça que exerçam suas funções públicas no anonimato e pautados fundamentalmente nas leis.
Longe disso, o que nos resta é um fundamentalista religioso que encarnou o próprio Messias a querer guiar um povo inteiro à sua terra prometida.
Deltan Dallagnol, ao lado do juiz Sérgio Moro, representa hoje o suprassumo da incompetência, da ilegalidade, do oportunismo e do chantagismo que tomou de conta dos nossos poderes institucionais.
A sua desfaçatez é tanta que não assombra o fato da rejeição crescente tanto das práticas realizadas pela operação Lava Jato, quanto de seus condutores.
Para quem possui um mínimo de atividade cognitiva, ainda que no princípio tenha aprovado, à luz da realidade o circo de Curitiba não passa de mais um entre tantos outros insultos que o povo brasileiro vem sofrendo desde que uma corja de quadrilheiros elevou-se ao poder.
Insulto por insulto, Dallagnol, seu grupo e tudo que representam, não são menos insultosos do que todo o governo Temer.
Trocando em miúdos, não precisa ser muito inteligente para perceber a farsa que esse sujeito representa para o tão alardeado combate à corrupção no Brasil.
Até para a baixa inteligência, Deltan Dallagnol já representa hoje um enorme insulto.
Parabéns pelo texto Miro.
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