Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Na reta final da campanha eleitoral de 2010, o então candidato José Serra sofreu denúncias contra si envolvendo o ex-diretor da Dersa Paulo Preto – que está sendo acusado de ter R$ 113 milhões em contas secretas na Suíça que seriam produto de propinas envolvendo os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. O escândalo cumpre o 8º aniversário em 2018 sem que, jamais, Ministério Público, Justiça ou mesmo a imprensa tenham dedicado atenção ao caso. E o assunto só voltou à tona porque autoridades suíças cobraram alguma ação do sistema de Justiça brasileiro.
A Folha de São Paulo divulgou que documentos enviados ao Ministério Público Federal em São Paulo por autoridades da Suíça revelaram que o ex-presidente da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinha R$ 113 milhões em contas naquele país. Paulo Preto é investigado no STF sob suspeita de ser operador do senador José Serra (PSDB-SP) em desvios de recursos do Rodoanel. Ele comandou a Dersa, responsável pela obra, em governos tucanos.
A denúncia, na verdade, é muito antiga. Foi feita em 2010 no contexto da briga de duas revistas semanais, uma que atacava Dilma e a outra que atacava Serra.
A Veja soltara uma capa que representava Dilma se contradizendo sobre apoiar ou não apoiar o aborto. A revista encampara tese da mulher de José Serra de que Dilma era “abortista” e “assassina de crianças” por ser favorável ao aborto.
Só como curiosidade, dias depois descobriu-se que a mulher de Serra já tinha feito aborto
À época, a revista IstoÉ – mais conhecida como revista QuantoÉ – não era antipetista furibunda como hoje e respondeu à capa da Veja em tom vermelho e com a foto de Dilma de cabeça para cima e para baixo dizendo duas coisas diferentes sobre o aborto com uma capa em azul com Serra dizendo duas coisas diferentes sobre Paulo Preto – que o conhecia e que não o conhecia.
Vale lembrar que Paulo Preto, porém, não é vinculado só a Serra. Ele foi nomeado para a Dersa por Geraldo Alckmin no seu segundo mandato como governador. Alckmin foi sucedido por Serra, que continuou a relação com Paulo Preto que o antecessor tinha começado
A Justiça que empurra há oito anos o caso Paulo Preto, José Serra e Geraldo Alckmin é a mesma que acoberta o ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, condenado em segunda instância em agosto do ano passado por crimes cometidos em 1998. Até agora, ninguém quis saber de prender o tucano condenado.
A Justiça que acoberta José Serra, Geraldo Alckmin e Eduardo Azeredo é a mesma que acobertou outro tucano, recentemente: Aécio Neves.
Como se vê, no Brasil, se você for filiado ao PSDB, o crime compensa, porque a Justiça que é supersônica contra petistas – sobretudo Lula –, não é nem uma tartaruga com tucanos. Para estes, a Justiça brasileira simplesmente não existe.
Assista a reportagem em vídeo [aqui].
Na reta final da campanha eleitoral de 2010, o então candidato José Serra sofreu denúncias contra si envolvendo o ex-diretor da Dersa Paulo Preto – que está sendo acusado de ter R$ 113 milhões em contas secretas na Suíça que seriam produto de propinas envolvendo os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. O escândalo cumpre o 8º aniversário em 2018 sem que, jamais, Ministério Público, Justiça ou mesmo a imprensa tenham dedicado atenção ao caso. E o assunto só voltou à tona porque autoridades suíças cobraram alguma ação do sistema de Justiça brasileiro.
A Folha de São Paulo divulgou que documentos enviados ao Ministério Público Federal em São Paulo por autoridades da Suíça revelaram que o ex-presidente da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinha R$ 113 milhões em contas naquele país. Paulo Preto é investigado no STF sob suspeita de ser operador do senador José Serra (PSDB-SP) em desvios de recursos do Rodoanel. Ele comandou a Dersa, responsável pela obra, em governos tucanos.
A denúncia, na verdade, é muito antiga. Foi feita em 2010 no contexto da briga de duas revistas semanais, uma que atacava Dilma e a outra que atacava Serra.
A Veja soltara uma capa que representava Dilma se contradizendo sobre apoiar ou não apoiar o aborto. A revista encampara tese da mulher de José Serra de que Dilma era “abortista” e “assassina de crianças” por ser favorável ao aborto.
Só como curiosidade, dias depois descobriu-se que a mulher de Serra já tinha feito aborto
À época, a revista IstoÉ – mais conhecida como revista QuantoÉ – não era antipetista furibunda como hoje e respondeu à capa da Veja em tom vermelho e com a foto de Dilma de cabeça para cima e para baixo dizendo duas coisas diferentes sobre o aborto com uma capa em azul com Serra dizendo duas coisas diferentes sobre Paulo Preto – que o conhecia e que não o conhecia.
Vale lembrar que Paulo Preto, porém, não é vinculado só a Serra. Ele foi nomeado para a Dersa por Geraldo Alckmin no seu segundo mandato como governador. Alckmin foi sucedido por Serra, que continuou a relação com Paulo Preto que o antecessor tinha começado
A Justiça que empurra há oito anos o caso Paulo Preto, José Serra e Geraldo Alckmin é a mesma que acoberta o ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, condenado em segunda instância em agosto do ano passado por crimes cometidos em 1998. Até agora, ninguém quis saber de prender o tucano condenado.
A Justiça que acoberta José Serra, Geraldo Alckmin e Eduardo Azeredo é a mesma que acobertou outro tucano, recentemente: Aécio Neves.
Como se vê, no Brasil, se você for filiado ao PSDB, o crime compensa, porque a Justiça que é supersônica contra petistas – sobretudo Lula –, não é nem uma tartaruga com tucanos. Para estes, a Justiça brasileira simplesmente não existe.
Assista a reportagem em vídeo [aqui].
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