Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Não há dúvida de que a extrema-direita assassinou a vereadora carioca pelo PSOL Marielle Franco. Além de suas críticas à intervenção no Rio incomodar os militares, foi executada com 4 tiros na cabeça e nada foi roubado. Mas a extrema-direita não está satisfeita; também quer assassinar a reputação daquela de quem tirou a vida.
O assassinato de Marielle caiu como uma bomba na imprensa internacional.
New York Times lembrou que o Rio de Janeiro está sob o comando dos militares e ressaltou que Marielle não poupava críticas à violência policial da intervenção.
Outro diário norte-americano, The Washington Post, também abordou a questão pelo mesmo viés.
O jornal Britânico The Guardian também lembrou que Marielle havia criticado a polícia militar por ser agressiva em suas ações nas favelas do Rio.
O jornal francês Le Figaro abordou a questão registrando que Marielle denunciava o genocídio dos negros no Brasil pela polícia militarizada.
Já o jornal espanhol El País foi mais longe. Além de registrar a provável causa da morte da vereadora carioca (críticas aos militares), deu enorme espaço à foto dela na sua primeira página.
É de se imaginar que ninguém são, nesse momento, atacaria uma mulher que morreu de forma tão heroica, defendendo seus ideais, expondo-se ao risco de criticar as forças de ocupação da cidade pela qual lutava no Legislativo municipal. Engana-se quem aposta tanto na humanidade das pessoas.
Talvez o caso mais impressionante de falta de caráter, de verdadeira bestialidade, seja do deputado corrupto Alberto Fraga, do DEM do Distrito Federal. Ele acusou a socióloga Marielle Franco, vereadora do município do Rio de Janeiro, de ser ex-mulher de traficante, de ser “usuária de maconha”, “defensora de facção criminosa” e de ter sido eleita pela organização criminosa “comando vermelho”.
Ah, sim, e esse indivíduo também acusou a moça de ter “engravidado aos 16 anos”, como se isso fosse crime – caso fosse verdade.
A verdade é que Marielle foi mãe aos 19 anos e não aos 16, e o texto divulgado pelo deputado Alberto Fraga não especifica a qual “Marcinho VP” ele afirma ser “ex-marido” da socióloga carioca assassinada, pois há dois traficantes no Rio com esse mesmo nome.
Porém, um deles está preso desde 1997 e o outro sempre viveu bem longe da comunidade pobre em que Marielle nasceu e cresceu.
Montes de sites especializados em desmontar fake news provaram que tudo que o deputado escreveu era mentira.
Isso, porém, não impediu que uma DE-SEM-BAR-GA-DO-RA, uma juíza de instância superior!, disseminasse mentiras sobre uma pessoa que foi assassinada de forma brutal e que não está mais aqui para se defender.
Já o site Antagonista, pilotado por canalhas entre os maiores que já vi na vida, no momento em que essa moça foi assassinada da forma que foi, achou relevante ir verificar a composição dos votos com os quais tornou-se a quinta pessoa mais votada para a Câmara de Vereadores do Rio e, agora, afirma que ela não foi eleita só pelas favelas do Rio, que teve muitos votos nos bairros da zona sul da cidade, como no Leblon…
O mais impressionante é que esses sujeitos não foram capazes de refletir que, se ela trabalhava intensamente pelas favelas a ponto de ser morta por criticar a violência contra os moradores dessas comunidades e não foi lá que obteve mais votos, isso só engrandece o seu trabalho, pois mostra que foi desinteressado, feito só pensando em ajudar quem precisa.
Enfim, a pergunta é: por que a direita está atacando tanto a memória dessa mulher valorosa, que lutou tanto e venceu na vida por méritos próprios sem esquecer daqueles com os quais conviveu nos tempos de dificuldade?
É simples: a direita quer completar o serviço. “Apenas” tirar a vida de uma pessoa não basta, é preciso tirar sua honra, sua reputação.
Fizeram tanto isso durante a ditadura militar…
Mas estão perdendo tempo. Esse crime chocou o país e o mundo. Prejudicou muito as candidaturas de direita. Aliás, o silêncio de Bolsonaro, neste momento, foi bastante eloquente. Mostra que ficou intimidado, que teve medo de falar as atrocidades que está pensando.
Inclusive, um amigo cunhou uma excelente frase sobre o silêncio desse sujeito:
“Bolsonaro não diz o que pensa sobre Marielle porque o que pensa, não se diz”.
Ponto.
Assista, a seguir, à reportagem em vídeo [aqui].
O assassinato de Marielle caiu como uma bomba na imprensa internacional.
New York Times lembrou que o Rio de Janeiro está sob o comando dos militares e ressaltou que Marielle não poupava críticas à violência policial da intervenção.
Outro diário norte-americano, The Washington Post, também abordou a questão pelo mesmo viés.
O jornal Britânico The Guardian também lembrou que Marielle havia criticado a polícia militar por ser agressiva em suas ações nas favelas do Rio.
O jornal francês Le Figaro abordou a questão registrando que Marielle denunciava o genocídio dos negros no Brasil pela polícia militarizada.
Já o jornal espanhol El País foi mais longe. Além de registrar a provável causa da morte da vereadora carioca (críticas aos militares), deu enorme espaço à foto dela na sua primeira página.
É de se imaginar que ninguém são, nesse momento, atacaria uma mulher que morreu de forma tão heroica, defendendo seus ideais, expondo-se ao risco de criticar as forças de ocupação da cidade pela qual lutava no Legislativo municipal. Engana-se quem aposta tanto na humanidade das pessoas.
Talvez o caso mais impressionante de falta de caráter, de verdadeira bestialidade, seja do deputado corrupto Alberto Fraga, do DEM do Distrito Federal. Ele acusou a socióloga Marielle Franco, vereadora do município do Rio de Janeiro, de ser ex-mulher de traficante, de ser “usuária de maconha”, “defensora de facção criminosa” e de ter sido eleita pela organização criminosa “comando vermelho”.
Ah, sim, e esse indivíduo também acusou a moça de ter “engravidado aos 16 anos”, como se isso fosse crime – caso fosse verdade.
A verdade é que Marielle foi mãe aos 19 anos e não aos 16, e o texto divulgado pelo deputado Alberto Fraga não especifica a qual “Marcinho VP” ele afirma ser “ex-marido” da socióloga carioca assassinada, pois há dois traficantes no Rio com esse mesmo nome.
Porém, um deles está preso desde 1997 e o outro sempre viveu bem longe da comunidade pobre em que Marielle nasceu e cresceu.
Montes de sites especializados em desmontar fake news provaram que tudo que o deputado escreveu era mentira.
Isso, porém, não impediu que uma DE-SEM-BAR-GA-DO-RA, uma juíza de instância superior!, disseminasse mentiras sobre uma pessoa que foi assassinada de forma brutal e que não está mais aqui para se defender.
Já o site Antagonista, pilotado por canalhas entre os maiores que já vi na vida, no momento em que essa moça foi assassinada da forma que foi, achou relevante ir verificar a composição dos votos com os quais tornou-se a quinta pessoa mais votada para a Câmara de Vereadores do Rio e, agora, afirma que ela não foi eleita só pelas favelas do Rio, que teve muitos votos nos bairros da zona sul da cidade, como no Leblon…
O mais impressionante é que esses sujeitos não foram capazes de refletir que, se ela trabalhava intensamente pelas favelas a ponto de ser morta por criticar a violência contra os moradores dessas comunidades e não foi lá que obteve mais votos, isso só engrandece o seu trabalho, pois mostra que foi desinteressado, feito só pensando em ajudar quem precisa.
Enfim, a pergunta é: por que a direita está atacando tanto a memória dessa mulher valorosa, que lutou tanto e venceu na vida por méritos próprios sem esquecer daqueles com os quais conviveu nos tempos de dificuldade?
É simples: a direita quer completar o serviço. “Apenas” tirar a vida de uma pessoa não basta, é preciso tirar sua honra, sua reputação.
Fizeram tanto isso durante a ditadura militar…
Mas estão perdendo tempo. Esse crime chocou o país e o mundo. Prejudicou muito as candidaturas de direita. Aliás, o silêncio de Bolsonaro, neste momento, foi bastante eloquente. Mostra que ficou intimidado, que teve medo de falar as atrocidades que está pensando.
Inclusive, um amigo cunhou uma excelente frase sobre o silêncio desse sujeito:
“Bolsonaro não diz o que pensa sobre Marielle porque o que pensa, não se diz”.
Ponto.
Assista, a seguir, à reportagem em vídeo [aqui].
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