sábado, 24 de março de 2018

Marina Silva e a série da Netflix

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Marina Silva precisa explicar a promoção que está fazendo da série “O Mecanismo”, da Netflix, dirigida por José Padilha e inspirada em livro do filho de Miriam Leitão, Vladimir Netto, sobre a Lava Jato.

Nas redes, Marina está usando uma foto de Marielle Franco com o círculo vermelho usado na comunicação visual da campanha do seriado.

Isso serve de ilustração para um blablablá demagógico.

“Todos sabemos: o dinheiro que remunera o crime é o mesmo que financia o arbítrio policial, as milícias e grupos de extermínio. E todos estão ligados aos propinodutos da corrupção. #MariellePresente“, escreveu.

Esse palavreado vazio e idiota dá link para um release mal disfarçado da produção que saiu no Valor assinado por Marina.

“O cineasta José Padilha definiu bem em um artigo – que agora é lançado como seriado: há um mecanismo de exploração da sociedade, do qual o sistema político corrompido é um aspecto cada vez visível. Um sistema de esquemas”, afirma.

“As causas de Marielle são lutas contra o mecanismo, pois todos sabemos: o dinheiro que remunera o crime é o mesmo que financia o arbítrio policial, as milícias e grupos de extermínio. E todos estão ligados aos propinodutos da corrupção.”

Além de Marielle, Marina cita Chico Mendes e a irmã Dorothy.

O texto é de 23 de março, dia do lançamento no site de streaming. Há duas alternativas:
Marina escreveu sem ver; 2) A Netflix ou Padilha lhe deram acesso, ela encarou uma maratona e sentou o dedo.

A pergunta que ela precisa responder é quanto custou o show.

Ou fez tudo de graça?

Para quem vive de discursos moralistas, apontando o dedo para o alheio, Marina tem a obrigação de explicar seu conforto para usar o cadáver fresco de Marielle para fazer merchandising.

Se ela não vê nenhum problema nisso, seus eleitores têm um problema mais grave.

Um comentário:

  1. Essa aí é aquela que cancelou o embarque num voo desastroso na última hora. O voo que acabou matando o candidato a presidência Eduardo Campos. Depois não conseguia conter os sorrisos no velório do antigo companheiro de chapa que lhe deixou o caminho livre.

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