Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
No dia em que completou 50 anos, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) registou a 57ª falha grave – chamada oficialmente de "incidente notável', quando a circulação é afetada por mais de 5 minutos – ocorrida este ano. Em apenas quatro meses, esse tipo de falha já superou metade do número total de incidentes notáveis ocorridos em 2017, quando foram registradas 102 ocorrências do tipo. Na terça, a linha 1-Azul (Jabaquara/Tucuruvi) chegou a ser totalmente fechada pela manhã, com reflexos e lentidão atingindo também as linhas 2-Verde (Vila Prudente/Vila Madalena) e 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda).
As falhas graves vêm aumentando no Metrô paulista ano a ano. E de forma inversamente proporcional ao investimento realizado em manutenção. Os investimentos em recapacitação e modernização foram substancialmente reduzidos nos últimos anos. Na linha 1, caíram de R$ 283 milhões, no biênio 2013/2014, para R$ 240 milhões, em 2015/2016. A situação é ainda pior nas demais linhas. No total, o governo Alckmin reduziu a totalidade de investimentos desse tipo em 46%, indo de R$ 811 milhões para R$ 433 milhões, no mesmo período citado. Os dados foram levantados pela liderança do PT na Assembleia Legislativa.
Ao mesmo tempo, os dados de incidentes notáveis mostram um aumento constante dessas ocorrências nos últimos anos, sendo 76, em 2015; 82, em 2016, e 106, em 2017. Os dados dessas ocorrências na linha 4-Amarela (Luz/Butantã) são pouco transparentes e difíceis de comparar, pois a concessionária privada CCR os contabiliza de forma diferente. Para que uma falha seja considerada incidente notável é preciso que o sistema fique paralisado de 9 a 15 minutos.
O Metrô justifica que “os 106 incidentes notáveis registrados em 2017, equivalem a 5,6 incidentes por milhão de quilômetros percorridos, portanto, mantendo-se dentro dos padrões internacionais de qualidade e de segurança. Esses números mostram que o Metrô de São Paulo é um sistema de transporte regular, confiável e seguro, considerado internacionalmente como um dos dez melhores do mundo”. No entanto, esse índice vem subindo ano a ano. Em 2010, o índice era de 1,51 incidente por milhão de quilômetros. Em 2012, subiu para 3,31 e seguiu tendo altas até o patamar atual.
O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, chegou a declarar que a falha da última terça-feira teria sido "sabotagem". O Sindicato dos Metroviários de São Paulo repudiou a declaração e disse que o problema é a falta de investimentos no transporte público. “Atualmente faltam peças para reposição, o quadro de funcionários é reduzido e não há prioridade na política de prevenção para evitar e diminuir o número de falhas. A privatização e a terceirização afetam a qualidade dos serviços prestados”, afirmaram os trabalhadores em nota.
O Metrô também justificou que no último ano a malha metroviária ganhou novos trechos e novas estações, aumentando a possibilidade de ocorrências. “Além disso, os investimentos feitos pelo Metrô para a modernização de trens e do sistema de sinalização (CBTC) influenciam na quantidade de incidentes notáveis, visto que a entrada em operação de novas estações, trens e equipamentos exige um período de adaptação e maturação até que seus respectivos desempenhos se estabilizem”.
CBTC é a sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação. O sistema vem sendo implementado desde 2008 no Metrô paulista, ao custo total de R$ 720 milhões, com a promessa de trazer mais segurança ao sistema e reduzir o intervalo entre os trens, já que permite que a distância entre as composições seja reduzida. Em 10 meses de operação do sistema na linha 2, entre janeiro e outubro do ano passado, foram registrados 74 incidentes notáveis. Média de uma falha a cada quatro dias. O problema era conhecido pela gestão do ex-governador e pré-candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB).
As falhas graves vêm aumentando no Metrô paulista ano a ano. E de forma inversamente proporcional ao investimento realizado em manutenção. Os investimentos em recapacitação e modernização foram substancialmente reduzidos nos últimos anos. Na linha 1, caíram de R$ 283 milhões, no biênio 2013/2014, para R$ 240 milhões, em 2015/2016. A situação é ainda pior nas demais linhas. No total, o governo Alckmin reduziu a totalidade de investimentos desse tipo em 46%, indo de R$ 811 milhões para R$ 433 milhões, no mesmo período citado. Os dados foram levantados pela liderança do PT na Assembleia Legislativa.
Ao mesmo tempo, os dados de incidentes notáveis mostram um aumento constante dessas ocorrências nos últimos anos, sendo 76, em 2015; 82, em 2016, e 106, em 2017. Os dados dessas ocorrências na linha 4-Amarela (Luz/Butantã) são pouco transparentes e difíceis de comparar, pois a concessionária privada CCR os contabiliza de forma diferente. Para que uma falha seja considerada incidente notável é preciso que o sistema fique paralisado de 9 a 15 minutos.
O Metrô justifica que “os 106 incidentes notáveis registrados em 2017, equivalem a 5,6 incidentes por milhão de quilômetros percorridos, portanto, mantendo-se dentro dos padrões internacionais de qualidade e de segurança. Esses números mostram que o Metrô de São Paulo é um sistema de transporte regular, confiável e seguro, considerado internacionalmente como um dos dez melhores do mundo”. No entanto, esse índice vem subindo ano a ano. Em 2010, o índice era de 1,51 incidente por milhão de quilômetros. Em 2012, subiu para 3,31 e seguiu tendo altas até o patamar atual.
O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, chegou a declarar que a falha da última terça-feira teria sido "sabotagem". O Sindicato dos Metroviários de São Paulo repudiou a declaração e disse que o problema é a falta de investimentos no transporte público. “Atualmente faltam peças para reposição, o quadro de funcionários é reduzido e não há prioridade na política de prevenção para evitar e diminuir o número de falhas. A privatização e a terceirização afetam a qualidade dos serviços prestados”, afirmaram os trabalhadores em nota.
O Metrô também justificou que no último ano a malha metroviária ganhou novos trechos e novas estações, aumentando a possibilidade de ocorrências. “Além disso, os investimentos feitos pelo Metrô para a modernização de trens e do sistema de sinalização (CBTC) influenciam na quantidade de incidentes notáveis, visto que a entrada em operação de novas estações, trens e equipamentos exige um período de adaptação e maturação até que seus respectivos desempenhos se estabilizem”.
CBTC é a sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação. O sistema vem sendo implementado desde 2008 no Metrô paulista, ao custo total de R$ 720 milhões, com a promessa de trazer mais segurança ao sistema e reduzir o intervalo entre os trens, já que permite que a distância entre as composições seja reduzida. Em 10 meses de operação do sistema na linha 2, entre janeiro e outubro do ano passado, foram registrados 74 incidentes notáveis. Média de uma falha a cada quatro dias. O problema era conhecido pela gestão do ex-governador e pré-candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB).
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