Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Luís Roberto Barroso foi um aluno anódino da Faculdade de Direito da UERJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Como professor, teve seus méritos, mas foi mais um de um corpo docente brilhante. Espelho, espelho meu mostraria um arquipélago de estrelas, sem nenhum rei-sol se destacando.
Indicado Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, nosso bravo Barroso ganhou a força. Como um menino com brinquedo novo, sua palavra passou a chegar ao público leigo e não bastava mais exarar conceitos de constitucionalista reputado ou do penalista sofrível. Ele passou a exercitar a opinião em todas as instâncias, em palestras, entrevistas, declarações, com uma falta de senso de ridículo própria dos grandes vaidosos vazios, valendo-se de um recurso dos palestrantes espertos: falar mal do país, deblaterar contra este país do jeitinho, da desonestidade, da malandragem, da falsa intimidade.
Com o apoio da mídia, soltava um arroto sociológico e o eco devolvia um trovão, na forma de manchetes de uma imprensa vazia.
Suas verrinas em favor do punitivismo resultaram em um “liberou geral”, que foi o principal estimulador, na ponta, dos abusos cometidos por policiais, procuradores e juízes, prendendo e humilhando reitores de universidade, professores e quem mais simbolizasse o “inimigo”, igualando-os a malfeitores contumazes.
E eis que a velha senhora resolve voltar para casa UERJ e valer-se do status conquistado para a vitória final: tirar a Faculdade de Direito da universidade, de um campus multidisciplinar, e entrega-la ao Partido do Judiciário, abrigando-a em um prédio do Tribunal de Justiça e colocando-a a serviço do punitivismo.
Pensador plano, não conseguiu entender as virtudes da interdisciplinaridade, a função essencial da Universidade, de permitir a interação de intelectuais de diversas áreas, a relevância do livre pensar.
E o caso foi a votação, com participação de estudantes e professores, desrespeitando a meritocracia do voto qualificado de quem mudou de status e se tornou Ministro do STF.
Ontem, a votação foi maciçamente contra a posição desse avesso de Joaquim Nabuco.
A votação manteve o Direito na UERJ.
Luís Roberto Barroso foi um aluno anódino da Faculdade de Direito da UERJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Como professor, teve seus méritos, mas foi mais um de um corpo docente brilhante. Espelho, espelho meu mostraria um arquipélago de estrelas, sem nenhum rei-sol se destacando.
Indicado Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, nosso bravo Barroso ganhou a força. Como um menino com brinquedo novo, sua palavra passou a chegar ao público leigo e não bastava mais exarar conceitos de constitucionalista reputado ou do penalista sofrível. Ele passou a exercitar a opinião em todas as instâncias, em palestras, entrevistas, declarações, com uma falta de senso de ridículo própria dos grandes vaidosos vazios, valendo-se de um recurso dos palestrantes espertos: falar mal do país, deblaterar contra este país do jeitinho, da desonestidade, da malandragem, da falsa intimidade.
Com o apoio da mídia, soltava um arroto sociológico e o eco devolvia um trovão, na forma de manchetes de uma imprensa vazia.
Suas verrinas em favor do punitivismo resultaram em um “liberou geral”, que foi o principal estimulador, na ponta, dos abusos cometidos por policiais, procuradores e juízes, prendendo e humilhando reitores de universidade, professores e quem mais simbolizasse o “inimigo”, igualando-os a malfeitores contumazes.
E eis que a velha senhora resolve voltar para casa UERJ e valer-se do status conquistado para a vitória final: tirar a Faculdade de Direito da universidade, de um campus multidisciplinar, e entrega-la ao Partido do Judiciário, abrigando-a em um prédio do Tribunal de Justiça e colocando-a a serviço do punitivismo.
Pensador plano, não conseguiu entender as virtudes da interdisciplinaridade, a função essencial da Universidade, de permitir a interação de intelectuais de diversas áreas, a relevância do livre pensar.
E o caso foi a votação, com participação de estudantes e professores, desrespeitando a meritocracia do voto qualificado de quem mudou de status e se tornou Ministro do STF.
Ontem, a votação foi maciçamente contra a posição desse avesso de Joaquim Nabuco.
A votação manteve o Direito na UERJ.
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