domingo, 13 de maio de 2018

Beto Richa, Moro e os frouxos de riso

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Primo, você me causa frouxos de riso”, dizia o bordão de Paulo Gracindo, o Primo Rico, a Brandão Filho, o Primo Pobre, nos velhos programas humorísticos da TV Tupi.

Não há como lembrar disso diante da notícia de que o ex-governador Beto Richa, do PSDB, vai responder a inquérito policial por suposto recebimento de propina da Odebrecht, por ordem de Sérgio Moro.

O dinheiro seria uma contrapartida pela vitória da Odebrecht numa licitação para a contribuição do Grupo Odebrecht para a campanha à reeleição do candidato Beto Richa, no pleito de 2014, estaria relacionada a possível ato de corrupção, por favorecimento a empreiteira na licitação para a duplicação da PR-323, que liga Umuarama a Maringá. A obra não saiu, mas uma gravação mostra um auxiliar de Richa convidando outra empreiteira a fazer uma proposta “de cobertura”, mais cara, na concorrência.

A República de Curitiba, como você deve imaginar, se dedicará com “grande empenho” ao caso, cujas denúncias têm mais de ano.

Afinal, é “a prova” de que o juiz da Lava Jato age na base do “doa a quem doer”.

Os risos correm frouxos, não é?

Menos para Beto Richa, que não quer ser deixado à beira do caminho.

Pois não soltaram Paulo Preto e mandaram para a Justiça Eleitoral o inquérito sobre Geraldo Alckmin, em tudo semelhante ao de Richa?

Afinal, se a pizza é para os tucanos, pensa Richa, que seja para todos.

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