Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:
Após a convenção do PSL, que ocorreu no último domingo, dia 22 de julho, Bolsonaro ainda não definiu seu vice. A expectativa era que Janaína Paschoal, advogada responsável pelo impeachment que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016, fosse anunciada como sua vice durante a convenção. No entanto, Janaína fez um discurso que desagradou à base de Bolsonaro, colocando-se contrária a posições defendidas pelo pré-candidato como a redução da maioridade penal e as cotas raciais.
Janaína criticou também o “pensamento único” e afirmou que o grupo deve abrir diálogo com atores políticos com pensamento diferente em alguns assuntos, evitando radicalismos e demonstrou preocupação com a governabilidade em caso de vitória. “Nós temos que somar. Não haverá vitória, e se houver vitória, não haverá governabilidade”, disse. Por fim, afirmou ter ficado honrada com o convite, mas que ainda precisava de mais tempo para decidir se aceitava.
Bolsonaro, que não gostou do discurso da advogada, passou a cogitar outros nomes, entre eles o do astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço e tenente coronel reformado da Força Aérea. Pontes é filiado ao PSL e era cogitado para Ministro da Ciência e Tecnologia caso Bolsonaro vier a se eleger. Outro nome considerado pelo candidato é o do príncipe Luís Phillippe de Orleans de Bragança, da Casa Imperial Brasileira, mas fora da linha sucessória direta do trono, abolido em 1889. Orleans de Bragança é um dos fundadores do Movimento Acorda Brasil e se filiou ao PSL para disputar uma vaga de deputado, por São Paulo.
Bolsonaro trabalha também com a possibilidade de um vice ligado aos militares. Uma opção é um dos consultores de sua candidatura, o general da reserva Hamilton Mourão, do PRTB, partido que só fará sua convenção no próximo dia 5 de agosto. Mourão concorda com Janaína e afirma que há um “certo radicalismo nas ideias, até meio boçal”, entre os apoiadores do candidato. É preciso buscar novos eleitores, aquelas pessoas que ainda não escolheram em quem votar, não apenas o grupo que o apoia fanaticamente. “Não é mudar o discurso (...). Ele tem de mostrar que não é um troglodita”, disse Mourão.
Outro nome ligado aos militares que lhe agradava é o de Augusto Heleno que, por sua orientação, procurou filiação no PRP, mas o partido não topou se aliar a Bolsonaro, da mesma forma que o PR, do senador Magno Malta (ES), outro partido que também era esperado na composição de alianças de alianças com Bolsonaro, mas o partido preferiu apoiar o PSDB.
Com dificuldade para fechar alianças e a vice-candidatura, a cúpula do PSL ainda passa por uma crise interna. Bolsonaro, ao se filiar ao partido levou consigo alguns nomes da sua estrita confiança. Agora, um de seus principais assessores, Gustavo Bebianno, está em conflito com outros dirigentes do partido. Uma das causas da discórdia foi o adiamento da Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado por aliados de Bolsonaro para fazer contraposição ao Foro de São Paulo. Bebianno aconselhou o presidenciável a não ir ao ato, o que desencadeou intenso conflito entre os membros do partido que o estruturaram.
Após a convenção do PSL, que ocorreu no último domingo, dia 22 de julho, Bolsonaro ainda não definiu seu vice. A expectativa era que Janaína Paschoal, advogada responsável pelo impeachment que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016, fosse anunciada como sua vice durante a convenção. No entanto, Janaína fez um discurso que desagradou à base de Bolsonaro, colocando-se contrária a posições defendidas pelo pré-candidato como a redução da maioridade penal e as cotas raciais.
Janaína criticou também o “pensamento único” e afirmou que o grupo deve abrir diálogo com atores políticos com pensamento diferente em alguns assuntos, evitando radicalismos e demonstrou preocupação com a governabilidade em caso de vitória. “Nós temos que somar. Não haverá vitória, e se houver vitória, não haverá governabilidade”, disse. Por fim, afirmou ter ficado honrada com o convite, mas que ainda precisava de mais tempo para decidir se aceitava.
Bolsonaro, que não gostou do discurso da advogada, passou a cogitar outros nomes, entre eles o do astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço e tenente coronel reformado da Força Aérea. Pontes é filiado ao PSL e era cogitado para Ministro da Ciência e Tecnologia caso Bolsonaro vier a se eleger. Outro nome considerado pelo candidato é o do príncipe Luís Phillippe de Orleans de Bragança, da Casa Imperial Brasileira, mas fora da linha sucessória direta do trono, abolido em 1889. Orleans de Bragança é um dos fundadores do Movimento Acorda Brasil e se filiou ao PSL para disputar uma vaga de deputado, por São Paulo.
Bolsonaro trabalha também com a possibilidade de um vice ligado aos militares. Uma opção é um dos consultores de sua candidatura, o general da reserva Hamilton Mourão, do PRTB, partido que só fará sua convenção no próximo dia 5 de agosto. Mourão concorda com Janaína e afirma que há um “certo radicalismo nas ideias, até meio boçal”, entre os apoiadores do candidato. É preciso buscar novos eleitores, aquelas pessoas que ainda não escolheram em quem votar, não apenas o grupo que o apoia fanaticamente. “Não é mudar o discurso (...). Ele tem de mostrar que não é um troglodita”, disse Mourão.
Outro nome ligado aos militares que lhe agradava é o de Augusto Heleno que, por sua orientação, procurou filiação no PRP, mas o partido não topou se aliar a Bolsonaro, da mesma forma que o PR, do senador Magno Malta (ES), outro partido que também era esperado na composição de alianças de alianças com Bolsonaro, mas o partido preferiu apoiar o PSDB.
Com dificuldade para fechar alianças e a vice-candidatura, a cúpula do PSL ainda passa por uma crise interna. Bolsonaro, ao se filiar ao partido levou consigo alguns nomes da sua estrita confiança. Agora, um de seus principais assessores, Gustavo Bebianno, está em conflito com outros dirigentes do partido. Uma das causas da discórdia foi o adiamento da Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado por aliados de Bolsonaro para fazer contraposição ao Foro de São Paulo. Bebianno aconselhou o presidenciável a não ir ao ato, o que desencadeou intenso conflito entre os membros do partido que o estruturaram.
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