Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A imprensa brasileira é impressionantemente mesquinha, mas a moribunda revista Veja chegou a um nível de “panfletagem política” que chega a dar vergonha.
O ex-presidente Lula foi objeto de um processo mambembe, desmembrado de outro onde todos foram absolvidos, conduzido pela polícia para interrogatório sem sequer ser intimado antes, condenado pela “propriedade” de um apartamento sobre o qual não se achou um papel que indicasse ter recebido ou sequer as suas chaves, imóvel que teria sido obtidos por atos de corrupção que não se consegue dizer em que contratos se deram, por um juiz que nem mesmo disfarça seu ódio político.
A imprensa brasileira é impressionantemente mesquinha, mas a moribunda revista Veja chegou a um nível de “panfletagem política” que chega a dar vergonha.
O ex-presidente Lula foi objeto de um processo mambembe, desmembrado de outro onde todos foram absolvidos, conduzido pela polícia para interrogatório sem sequer ser intimado antes, condenado pela “propriedade” de um apartamento sobre o qual não se achou um papel que indicasse ter recebido ou sequer as suas chaves, imóvel que teria sido obtidos por atos de corrupção que não se consegue dizer em que contratos se deram, por um juiz que nem mesmo disfarça seu ódio político.
Depois, em marcha batida, passando à frente de outros processos, três desembargadores ampliam a condenação, sob a carícia do presidente da Corte, que dizia ser a sentença “perfeita” mesmo antes de ser a ela oposto recurso. Pede-se um habeas corpus no Supremo e ele é derrotado por um único voto, justamente de uma que diz ser contra a prisão, mas que vota a favor pelo “princípio da colegialidade” e acompanha uma maioria que só se faz com o seu próprio voto!
Pois não é que depois de tudo isso, a Veja dá capa – aliás, capa “furrequinha”, seja porque não querem publicar a foto do Lula, seja porque já demitiram o capista – ao que seriam as “artimanhas de Lula” para poder ser candidato – o que afinal, pode, até que se julgue o contrário. E descreve os que chama de “ardis” preparadas pelo ex-presidente, reduzido ao silêncio e a poucos contatos em sua cela em Curitiba.
E quais seriam os “ardis ardilosos do ardiloso”?
O primeiro – e mais grave – ser candidato, o que, até que a Justiça o proíba, é direito de qualquer cidadão, ainda mais se tratando de um cidadão que lidera todas as pesquisas de opinião.
Em seguida, ter retirado um recurso do qual todos sabem estava se servindo o Sr. Edson Fachin para dar-lhe uma “pernada” e declará-lo inelegível.
Mas isso não é tudo: Veja o “acusa” de estar usando todo o prazo legal para apresentação do pedido de registro de sua candidatura. Ora, se o prazo está na lei, é “ardil” usá-lo? Você pode ser acusado por deixar para entregar sua declaração de Imposto de Renda no dia 30 de abril, último dia do prazo legal?
Os próximos ardis também são de prazo: prazo de impugnação, prazo de defesa, prazo de julgamento, prazo de recurso…
O “ardil” passa a ser “aproveitar-se” do que está na lei, antes e muito antes de que todo este imbróglio começasse.
Lula, logo ele, é acusado de “politizar o processo”, processo que é político desde o seu nascedouro.
A Veja fala que Lula usa um “almanaque jurídico” para manter seu nome “vivo no imaginário do eleitor”.
Mais um, é claro, exemplar do “jornalismo Chico Xavier” do qual falei ontem aqui, que trata os fatos – e as leis – como irrelevantes, pois tudo ocorre em função das intenções dos personagens.
O mote para matéria jornalística de verdade está na matéria – porque é que, depois de três anos de pauleira na mídia, duas condenações e uma prisão de quatro meses, o nome de Lula permanece “vivo no imaginário do eleitor”.
Mas isso, claro, não vem ao caso, a não ser para dizer que, durante oito anos, Lula dedicou-se à artimanha de ser querido pelo povão.
Pois não é que depois de tudo isso, a Veja dá capa – aliás, capa “furrequinha”, seja porque não querem publicar a foto do Lula, seja porque já demitiram o capista – ao que seriam as “artimanhas de Lula” para poder ser candidato – o que afinal, pode, até que se julgue o contrário. E descreve os que chama de “ardis” preparadas pelo ex-presidente, reduzido ao silêncio e a poucos contatos em sua cela em Curitiba.
E quais seriam os “ardis ardilosos do ardiloso”?
O primeiro – e mais grave – ser candidato, o que, até que a Justiça o proíba, é direito de qualquer cidadão, ainda mais se tratando de um cidadão que lidera todas as pesquisas de opinião.
Em seguida, ter retirado um recurso do qual todos sabem estava se servindo o Sr. Edson Fachin para dar-lhe uma “pernada” e declará-lo inelegível.
Mas isso não é tudo: Veja o “acusa” de estar usando todo o prazo legal para apresentação do pedido de registro de sua candidatura. Ora, se o prazo está na lei, é “ardil” usá-lo? Você pode ser acusado por deixar para entregar sua declaração de Imposto de Renda no dia 30 de abril, último dia do prazo legal?
Os próximos ardis também são de prazo: prazo de impugnação, prazo de defesa, prazo de julgamento, prazo de recurso…
O “ardil” passa a ser “aproveitar-se” do que está na lei, antes e muito antes de que todo este imbróglio começasse.
Lula, logo ele, é acusado de “politizar o processo”, processo que é político desde o seu nascedouro.
A Veja fala que Lula usa um “almanaque jurídico” para manter seu nome “vivo no imaginário do eleitor”.
Mais um, é claro, exemplar do “jornalismo Chico Xavier” do qual falei ontem aqui, que trata os fatos – e as leis – como irrelevantes, pois tudo ocorre em função das intenções dos personagens.
O mote para matéria jornalística de verdade está na matéria – porque é que, depois de três anos de pauleira na mídia, duas condenações e uma prisão de quatro meses, o nome de Lula permanece “vivo no imaginário do eleitor”.
Mas isso, claro, não vem ao caso, a não ser para dizer que, durante oito anos, Lula dedicou-se à artimanha de ser querido pelo povão.
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