Por Jeferson Miola, em seu blog:
A campanha do Bolsonaro não está conseguindo sair da espiral caótica em que mergulhou há cerca de um mês.
Tanto mais alguém da sua tropa – ou os filhos, ou o dublê de guru econômico e posto Ipiranga, ou o vice que só consegue pensar com rebenque em punho – expõe a cosmovisão medieval e sádica desse exército do atraso – [quer seja sobre costumes e valores, quer seja sobre economia, políticas públicas e fim do 13º], tanto mais Bolsonaro é aspirado para o centro do caos.
O ataque homicida que sofreu em 6 de setembro lhe serviu, curiosamente, como oxigênio eleitoral. Com a facada, Bolsonaro acabou beneficiado com a exposição midiática milhares de vezes maior que os poucos segundos disponíveis para propaganda partidária.
Hospitalizado, teve a imagem suavizada e humanizada e foi poupado dos prejuízos que a eficiente propaganda do Alckmin vinha causando ao denunciar a barbárie que ele personifica.
Todas as inúmeras pesquisas realizadas depois do episódio mostram Bolsonaro estagnado: ele não cresceu com a vitimização, apenas deixou de perder votos. Se pode aduzir que a facada teve o efeito de retardar a hemorragia de intenções de voto e de conter a trajetória declinante que finalmente agora retomou seu curso, nos dias derradeiros que antecedem a eleição.
Além da estagnação, Bolsonaro ainda enfrenta a formidável barreira de ser rejeitado pelo dobro das pessoas que votariam nele.
Neste mesmo período, Haddad foi formalizado como substituto do Lula e foi o único candidato que cresceu nas pesquisas, projetando-se para assumir a primeira colocação no primeiro turno.
Enquanto isso, Ciro se manteve estável. Alckmin e Marina definharam, e todos os demais candidatos anti-petistas seguiram empatados na margem de erro entre 3 e zero.
O rechaço a Bolsonaro já transcende o episódio eleitoral; se transformou num movimento ético e democrático que convoca distintos segmentos da sociedade, de conservadores a progressistas.
Hoje já se sabe com certeza que Bolsonaro não é terrível somente pela perseguição e ameaça a mulheres, lgbts, índios, negros e pobres, mas porque as propostas econômicas e de políticas públicas dele jogariam o país no extremismo ultra-neoliberal: são a junção do pior que Temer fez com o pior que o PSDB defende.
O movimento #EleNão, que numa velocidade meteórica conseguiu congregar mais de 3 milhões de mulheres, acendeu a fagulha da consciência democrática e da resistência anti-fascista.
Em pleno caos, com o general interditado e suspenso pelo capitão, a campanha do Bolsonaro ainda terá de enfrentar seu verdadeiro dia “D”, o 29 de setembro, o dia do #EleNão, que o confrontará com o desafio de sobreviver eleitoralmente.
O rechaço a Bolsonaro é um fenômeno cívico de enorme significação na sociedade, com poder de alterar o rumo da eleição. O 29 de setembro pode, nesse sentido, marcar a reviravolta na eleição.
Embora não seja um movimento partidário, o #EleNão trará desdobramentos eleitorais. Haddad e Ciro [e Boulos, porém com peso eleitoral menor], que representam a antítese civilizatória a Bolsonaro, tendem a ser mais beneficiados com o esvaziamento do bolsonarismo; porque, ao contrário de Marina e Alckmin e demais candidatos antipetistas, se opõem radicalmente a ele também sob o ponto de vista programático.
A eleição mais surpreendente da história pode terminar o primeiro turno com o inusitado da vitória direta do Haddad ou, então, com a disputa de segundo turno sem Bolsonaro, mas entre Haddad e Ciro.
A campanha do Bolsonaro não está conseguindo sair da espiral caótica em que mergulhou há cerca de um mês.
Tanto mais alguém da sua tropa – ou os filhos, ou o dublê de guru econômico e posto Ipiranga, ou o vice que só consegue pensar com rebenque em punho – expõe a cosmovisão medieval e sádica desse exército do atraso – [quer seja sobre costumes e valores, quer seja sobre economia, políticas públicas e fim do 13º], tanto mais Bolsonaro é aspirado para o centro do caos.
O ataque homicida que sofreu em 6 de setembro lhe serviu, curiosamente, como oxigênio eleitoral. Com a facada, Bolsonaro acabou beneficiado com a exposição midiática milhares de vezes maior que os poucos segundos disponíveis para propaganda partidária.
Hospitalizado, teve a imagem suavizada e humanizada e foi poupado dos prejuízos que a eficiente propaganda do Alckmin vinha causando ao denunciar a barbárie que ele personifica.
Todas as inúmeras pesquisas realizadas depois do episódio mostram Bolsonaro estagnado: ele não cresceu com a vitimização, apenas deixou de perder votos. Se pode aduzir que a facada teve o efeito de retardar a hemorragia de intenções de voto e de conter a trajetória declinante que finalmente agora retomou seu curso, nos dias derradeiros que antecedem a eleição.
Além da estagnação, Bolsonaro ainda enfrenta a formidável barreira de ser rejeitado pelo dobro das pessoas que votariam nele.
Neste mesmo período, Haddad foi formalizado como substituto do Lula e foi o único candidato que cresceu nas pesquisas, projetando-se para assumir a primeira colocação no primeiro turno.
Enquanto isso, Ciro se manteve estável. Alckmin e Marina definharam, e todos os demais candidatos anti-petistas seguiram empatados na margem de erro entre 3 e zero.
O rechaço a Bolsonaro já transcende o episódio eleitoral; se transformou num movimento ético e democrático que convoca distintos segmentos da sociedade, de conservadores a progressistas.
Hoje já se sabe com certeza que Bolsonaro não é terrível somente pela perseguição e ameaça a mulheres, lgbts, índios, negros e pobres, mas porque as propostas econômicas e de políticas públicas dele jogariam o país no extremismo ultra-neoliberal: são a junção do pior que Temer fez com o pior que o PSDB defende.
O movimento #EleNão, que numa velocidade meteórica conseguiu congregar mais de 3 milhões de mulheres, acendeu a fagulha da consciência democrática e da resistência anti-fascista.
Em pleno caos, com o general interditado e suspenso pelo capitão, a campanha do Bolsonaro ainda terá de enfrentar seu verdadeiro dia “D”, o 29 de setembro, o dia do #EleNão, que o confrontará com o desafio de sobreviver eleitoralmente.
O rechaço a Bolsonaro é um fenômeno cívico de enorme significação na sociedade, com poder de alterar o rumo da eleição. O 29 de setembro pode, nesse sentido, marcar a reviravolta na eleição.
Embora não seja um movimento partidário, o #EleNão trará desdobramentos eleitorais. Haddad e Ciro [e Boulos, porém com peso eleitoral menor], que representam a antítese civilizatória a Bolsonaro, tendem a ser mais beneficiados com o esvaziamento do bolsonarismo; porque, ao contrário de Marina e Alckmin e demais candidatos antipetistas, se opõem radicalmente a ele também sob o ponto de vista programático.
A eleição mais surpreendente da história pode terminar o primeiro turno com o inusitado da vitória direta do Haddad ou, então, com a disputa de segundo turno sem Bolsonaro, mas entre Haddad e Ciro.
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