sábado, 14 de julho de 2018

Em campo, o eleitor desanimado

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Enterradas as esperanças no futebol, após a queda da Seleção Canarinho diante do canário-belga, chegou a vez de o brasileiro entrar em campo para tentar organizar a própria cabeça e avaliar Michel Temer diante do retumbante fracasso do governo dele, nascido de um golpe do qual participou.

A eleição para a Presidência da República está próxima, a menos de 90 dias. Apontam as pesquisas para uma fuga do eleitor, ou da política, que, em pouco menos de um ano, manteve praticamente no mesmo ponto a corrida pelos resultados. Vive-se no campo de futebol e na economia há um marasmo incômodo.

A vitória da luta em defesa da Eletrobras

Editorial do site Vermelho:

Quando as lutas institucional e social andam juntas, o caminho do êxito é sólido. Na última terça-feira (10), o exemplo da força que surge dessa atuação conjunta foi a retirada de pauta, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do PL 9463/18, que trata da privatização da Eletrobras.
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Foi uma vitória política do povo e dos parlamentares progressistas e nacionalistas que conseguiram, com isso, dar realidade ao esforço de barrar mais esta tentativa de desmonte do Estado promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A deputada federal Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB, definiu como “vitória espetacular” já que “Temer não tem autoridade política nem legitimidade para privatizar ativos tão estratégicos para o país”, como é o caso de Eletrobras.

Flávio Rocha e a fábula da presidência

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

O empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, sai menor do que entrou desta segunda aventura para chegar ao Palácio do Planalto. Até lançar a pré-candidatura à presidência da República pelo PRB, em abril de 2018, Rocha era apenas mais um empresário liberal milionário em sua contradição: recebia dinheiro público do Estado via empréstimos a juros abaixo do mercado, pagava em suaves prestações e atacava esse mesmo Estado por gerir mal os recursos.

Raquel Dodge exerce 'ódio autoritário'

Da Rede Brasil Atual:

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ignorou um fato público notório na peça em que pede ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de inquérito para investigar o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), e os deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ).

Moro e PF escancaram perseguição a Lula

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

O circo judicial do último domingo (8), deixou mais explícita ainda a perseguição jurídica ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desembargador Rogério Fravero, que estava de plantão no Tribunal Regional Federal da 4a Região neste final de semana, deferiu um habeas corpus impetrado pelos deputados Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) e decretou a soltura de Lula. O juiz de primeira instância Sergio Moro estava de férias, mas mesmo assim enviou ofício à Polícia Federal orientando os servidores a não cumprir a ordem judicial.

TV Globo e o sequestro da nossa emoção

Por Diógenes Júnior, no site Jornalistas Livres:

Domingo, 08 de julho de 2018. Uma notícia sacode o Brasil.

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde o dia 07 de abril por decisão do juiz de 1³ instância Sérgio Moro, teve seu pedido de habeas corpus, peça jurídica assinada pelos advogados Wadih Damous e Paulo Pimenta, também deputados, acatado e deferido, e sua soltura imediata determinada pelo desembargador Rogério Fraveto, que havia assumido naquela data o posto de plantonista do Tribunal Regional Federal da Quarta Região – TRF-4 com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

O redesenho da economia mundial

Por Luciano Coutinho, no site da Fundação Maurício Grabois:

Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Coreia, entre outros, se engajaram numa renhida disputa pela liderança em novas tecnologias. Não é para menos, a 4ª revolução industrial vai redesenhar o mapa geoeconômico global; os modelos de negócio e as lideranças de mercado irão mudar. Está em jogo a posição competitiva de cada país.

Nos anos 90 a abertura comercial multilateral induziu a fragmentação geográfica da produção de várias cadeias de valor, com destaque para as indústrias de equipamentos de TI, componentes, bens de capital, automobilística. As empresas multinacionais dos países avançados terceirizaram a produção, principalmente para os tigres asiáticos (Taiwan, Coreia, China).

Lula é absolvido e lidera em pesquisa tucana

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A semana começou bem e mal, simultaneamente, para Lula. No domingo, ganhou habeas corpus, perdeu, ganhou, perdeu, ganhou de novo e, por fim, perdeu. Mas a mesma semana termina bem para ele. Além de ter sido absolvido, mostrando que só é condenado quando o juiz é Sergio Moro, DISPAROU em pesquisa eleitoral feita por apoiadores do PSDB.

Após imbróglio jurídico que quase culminou em sua soltura no último domingo, o ex-presidente Lula viu o nível de apoio à sua candidatura atingir o maior patamar em um mês. Segundo pesquisa feita pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre 9 e 11 de julho, a oitava por encomenda da XP Investimentos, ele tem 30% das intenções de voto na simulação de primeiro turno que considera sua candidatura.

O que estamos esperando?

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A escalada regressiva no Brasil está desafiando o senso de realidade. As sucessivas perdas econômicas, sociais e de direitos vão se acumulando como um monturo, deixando explícito o cenário de ditadura que nos espreita da esquina. Não se pode dizer que não está havendo reação popular, ela existe, mas enquadrada num modelo que não dá conta da potência do adversário, que merece a exata designação de inimigo.

Lula na cova dos leões

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Olhando os diferentes cenários da pesquisa XP, divulgada há pouco no Infomoney, e comparando-os às últimas pesquisas de intenção de voto lançadas por outros institutos, conclui-se que, a poucos mais de 80 dias do primeiro turno das eleições presidenciais, o quadro está congelado. As oscilações nas últimas semanas não são relevantes.

Produziu-se mais ou menos um consenso entre todos os institutos. No cenário com Lula, ele tem em torno de 30%. Sem sua presença, Bolsonaro lidera com cerca de 20%. Embaralhados em segundo lugar, Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, com alguma vantagem para os dois primeiros.