segunda-feira, 20 de agosto de 2018
México: o enigmático caminho de Obrador
Em 1º de julho de 2018, Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO por causa de suas iniciais, foi eleito presidente do México por uma margem expressiva. Recebeu 53% dos votos. Seus oponentes mais próximos foram Ricardo Anaya (do PAN), com 22%, e José Antonio Meade (do PRI), com 16%. Além do mais, sua aliança partidária, Morena, conquistou a maioria das cadeiras do legislativo.
Sua vitória foi comparada à de Lula no Brasil e à de Jeremy Corbyn, como líder trabalhista na Grã Bretanha. Mas Lula não chegou nem perto de ter a maioria dos votos, e sua ampla aliança partidária incluía grupos reacionários. Corbyn ainda está lutando para manter o controle do Partido Trabalhista britânico e, mesmo que tenha sucesso, enfrenta uma eleição difícil.
Sua vitória foi comparada à de Lula no Brasil e à de Jeremy Corbyn, como líder trabalhista na Grã Bretanha. Mas Lula não chegou nem perto de ter a maioria dos votos, e sua ampla aliança partidária incluía grupos reacionários. Corbyn ainda está lutando para manter o controle do Partido Trabalhista britânico e, mesmo que tenha sucesso, enfrenta uma eleição difícil.
Uma nova religião: o antipetismo
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Vocês já repararam como ultimamente estão pipocando milhões de “cidadãos de bem”, assim autointitulados, em todas as redes sociais?
Se realmente eles fossem tantos e tão do bem assim, certamente não teríamos tantos cidadãos sonegadores, intolerantes, seguidores de bolsonaros, idiotas que perderam a modéstia, pequenos e grandes canalhas que vivem de esculhambar os outros, colocando-se acima do bem e do mal.
Por uma estranha (ou nem tão estranha assim) coincidência, são em sua grande maioria antipetistas furiosos, que fizeram de Lula o alvo da sua ira impotente, o inimigo a ser atacado, permanentemente, por todas as formas e meios.
Se realmente eles fossem tantos e tão do bem assim, certamente não teríamos tantos cidadãos sonegadores, intolerantes, seguidores de bolsonaros, idiotas que perderam a modéstia, pequenos e grandes canalhas que vivem de esculhambar os outros, colocando-se acima do bem e do mal.
Por uma estranha (ou nem tão estranha assim) coincidência, são em sua grande maioria antipetistas furiosos, que fizeram de Lula o alvo da sua ira impotente, o inimigo a ser atacado, permanentemente, por todas as formas e meios.
Lula, Haddad e os votos do Nordeste
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Com 39% do eleitorado nacional, ou 26% do total, a Região Nordeste pode ser decisiva na eleição deste ano, como o foi na de 2014. Isso será possível se um candidato conseguir receber uma fração altamente majoritária dos votos nordestinos, compensando perdas no resto do pais, onde haverá grande dispersão de votos.
Como Lula e Dilma obtiveram tal vantagem nas eleições que disputaram, ela graças à transferência de votos dele, um dos maiores desafios de Fernando Haddad, como substituto do ex-presidente, será a conquista deste espólio lulista.
Com 39% do eleitorado nacional, ou 26% do total, a Região Nordeste pode ser decisiva na eleição deste ano, como o foi na de 2014. Isso será possível se um candidato conseguir receber uma fração altamente majoritária dos votos nordestinos, compensando perdas no resto do pais, onde haverá grande dispersão de votos.
Como Lula e Dilma obtiveram tal vantagem nas eleições que disputaram, ela graças à transferência de votos dele, um dos maiores desafios de Fernando Haddad, como substituto do ex-presidente, será a conquista deste espólio lulista.
Haddad se sai muito bem no Canal Livre
Por Renato Rovai, em seu blog:
Ontem, de madrugada, umas poucas pessoas fora da bolha do núcleo duro da política devem ter assistido ao Canal Livre, da Band. Até porque eram 00h05 quando o programa começou tendo ao centro da mesa o candidato a vice presidente na chapa de Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Os entrevistadores eram Fernando Mitre, Ricardo Boechat, Mônica Bergamo e Eduardo Oinegue.
Editora Abril dá golpe nos demitidos
Do Blog da Cidadania:
A carta abaixo denuncia o que não é novidade: os herdeiros dos Civita – Giancarlo e Victor Neto – são pessoas sem caráter. Ao lado do pai Roberto Civita, ajudaram a destruir o país, usando suas publicações para envenenar e desinformar a população; destruíram o império midiático construído pelo avô, Victor; e, agora, no ato derradeiro, largam funcionários na mão, enquanto nadam no dinheiro acumulado pelo trabalho de milhares de pessoas.
A invisibilidade do trabalho doméstico
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
O papel das mulheres na economia ainda é invisível nas estatísticas e na discussão pública no Brasil. É o que mostra o estudo de Nalu Faria e Marilane Teixeira, publicado pela Oxfam e disponível aqui. Em medidas como o Produto Interno Bruto (PIB) e diversas estatísticas relativas à ocupação e atividade econômica, o trabalho doméstico não remunerado não é considerado, o que contribui para sua desvalorização social, apesar de ter um papel fundamental na reprodução da sociedade.
O papel das mulheres na economia ainda é invisível nas estatísticas e na discussão pública no Brasil. É o que mostra o estudo de Nalu Faria e Marilane Teixeira, publicado pela Oxfam e disponível aqui. Em medidas como o Produto Interno Bruto (PIB) e diversas estatísticas relativas à ocupação e atividade econômica, o trabalho doméstico não remunerado não é considerado, o que contribui para sua desvalorização social, apesar de ter um papel fundamental na reprodução da sociedade.
Lava-Jato sofre mais duas derrotas no STF
Por Juliana Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:
Dez dias depois de Sérgio Moro ser desmoralizado pela Interpol, que constatou conduta parcial do juiz à frente da Operação Lava Jato e indícios de que ele feriu a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o juiz de primeira instância acaba de sofrer mais duas derrotas.
Na última terça-feira (14), a Segunda Turma do Superior Tribunal Federal (STF) decidiu retirar das mãos de Moro os depoimentos de seis delatores da Odebrecht, que tentavam incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Guido Mantega (PT).
Dez dias depois de Sérgio Moro ser desmoralizado pela Interpol, que constatou conduta parcial do juiz à frente da Operação Lava Jato e indícios de que ele feriu a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o juiz de primeira instância acaba de sofrer mais duas derrotas.
Na última terça-feira (14), a Segunda Turma do Superior Tribunal Federal (STF) decidiu retirar das mãos de Moro os depoimentos de seis delatores da Odebrecht, que tentavam incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Guido Mantega (PT).
Pesquisa CNT/MDA mostra avanço de Lula
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
Finalmente, consegui a íntegra do relatório da pesquisa CNT/MDA, e disponibilizo para vocês um link desobstruído. E agora posso fazer uma análise mais detida.
A novidade dos números é o avanço de Lula. A sua prisão injusta, mais a sucessão de violências de que tem sido vítima, ajudou o PT a criar uma aura heroica no entorno do candidato, que está fortalecendo ainda mais a sua imagem. É o que diz Jaques Wagner, em entrevista publicada hoje no Valor. O ex-governador da Bahia observou que, se Lula “estivesse solto, mas eventualmente sua candidatura fosse interditada, a sensação de perseguição seria muito menor”.
A novidade dos números é o avanço de Lula. A sua prisão injusta, mais a sucessão de violências de que tem sido vítima, ajudou o PT a criar uma aura heroica no entorno do candidato, que está fortalecendo ainda mais a sua imagem. É o que diz Jaques Wagner, em entrevista publicada hoje no Valor. O ex-governador da Bahia observou que, se Lula “estivesse solto, mas eventualmente sua candidatura fosse interditada, a sensação de perseguição seria muito menor”.
A disputa geoestratégica: precisa desenhar?
Por Marcelo Zero
De outro, estão os EUA e alguns aliados, que tentam desesperadamente restaurar a hegemonia antes inconteste da grande superpotência mundial e impor uma ordem mundial unipolar e profundamente assimétrica.
Por isso, a nova doutrina de segurança dos EUA, completamente ignorada pela obtusa imprensa brasileira, não considera mais o combate ao terrorismo como seu alvo prioritário.
De um lado estão grandes países emergentes e seus aliados como China, Rússia, Índia, Turquia, Irã etc, que estão propugnando por uma ordem politicamente multipolar e economicamente mais equilibrada, na qual todos os países possam conviver de forma mais harmônica e simétrica.
De outro, estão os EUA e alguns aliados, que tentam desesperadamente restaurar a hegemonia antes inconteste da grande superpotência mundial e impor uma ordem mundial unipolar e profundamente assimétrica.
Por isso, a nova doutrina de segurança dos EUA, completamente ignorada pela obtusa imprensa brasileira, não considera mais o combate ao terrorismo como seu alvo prioritário.
ONU e Lula: a maior fake news de Sardenberg
Do site Lula:
Carlos Alberto Sardenberg falou, na rádio CBN, as maiores bobagens já ditas sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que determinou ao Brasil garantir os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo o de ser candidato.
Não satisfeito com a própria ignorância, Sardenberg publicou no Portal G1, também de seu patrão, o Grupo Globo, uma “notícia” afirmando desde o título até a última linha que o comunicado da ONU não passa de “fake news”.
Vamos rever aqui, ponto a ponto, as lorotas do Sardenberg:
Não satisfeito com a própria ignorância, Sardenberg publicou no Portal G1, também de seu patrão, o Grupo Globo, uma “notícia” afirmando desde o título até a última linha que o comunicado da ONU não passa de “fake news”.
Vamos rever aqui, ponto a ponto, as lorotas do Sardenberg:
ONU deixa Barroso em apuros
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
O pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da ONU favorável à candidatura presidencial de Lula deixou o juiz Luís Roberto Barroso em uma saia justa. Tido por um colega de academia como “neoliberal progressista”, um privatista econômico portador de preocupação social e com minorias, Barroso prega que existe uma “ética universal” ditada pelos Direitos Humanos. E que esta ética influencia (ou deveria) o Direito interno dos países.
As 'diretrizes' de Alckmin para sugar o país
Por Osvaldo Bertolino, no site Vermelho:
No Brasil, depois que o capitalismo ganhou impulso com a Revolução de 1930, iniciou-se a discussão sobre como promover o aumento e a distribuição da renda nacional. Predominou, a princípio, a tese de que o Estado poderia estimular - e mesmo condicionar - o desenvolvimento econômico. Na margem oposta, estava uma corrente ponderável, com os professores liberais Eugênio Gudin e Otávio de Bulhões à frente, que negava a capacidade prática planejadora do Estado. Esse debate está novamente em curso.
A Lava-Jato perdeu o passaporte
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Escrevam aí: foi-se o tempo bom das palestras internacionais, da aclamação nos auditórios norte-americanos, das bocas-livres dos coquetéis lá fora para o senhor Sérgio Moro.
Ainda que seu poder interno ainda seja reverenciado, na mídia e nos tribunais superiores, a decisão da ONU de requisitar que o Estado brasileiro não impeça Lula de candidatar-se à Presidência e assegure seu direito de expressão puxou os tapetes vermelhos por onde, a convite do mundo empresarial e do conservadorismo, Moro acostumou-se a desfilar.
Ainda que seu poder interno ainda seja reverenciado, na mídia e nos tribunais superiores, a decisão da ONU de requisitar que o Estado brasileiro não impeça Lula de candidatar-se à Presidência e assegure seu direito de expressão puxou os tapetes vermelhos por onde, a convite do mundo empresarial e do conservadorismo, Moro acostumou-se a desfilar.
Brasil repete escravocratas do império
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O nacionalismo de ocasião das autoridades brasileiras para se recusar a cumprir a oportuna determinação da ONU para assegurar respeito aos direitos de Lula na campanha presidencial não deve enganar ninguém. Esse comportamento apenas reproduz uma postura tradicional da elite brasileira, cujo marco histórico encontra-se no século XIX, quando ela ignorou tratados e acordos internacionais para preservar o regime de escravidão, alegando que atendia às "peculiaridades do país".