Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Jair Bolsonaro, na ilusão de autosuficiência própria dos simplórios, percebe mal a situação em que está envolvido e ainda confia que vai “resolver a parada” com a força carismática do “Mito”.
De um lado, um parlamento cheio de medíocres e vazio de caráteres se move para enquadrá-lo às regras do jogo. A “oferta”, muy amiga, do DEM, registrada pela Folha, para assumir a coordenação política do Governo, com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre sendo os canais oficiais de encaminhamento das reivindicações (leia-se verbas e cargos) dos parlamentares é cicuta edulcorada.
“Maia e Alcolumbre só topam a empreitada se tiverem “instrumentos” para entregar aos parlamentares o que for acordado para votar com o presidente”, diz Daniela Lima, no Painel. Ou seja, o poder de decidir algo que, dizem, Ônyx Lorenzoni não tem.
Se não entregar logo, é só esperar, as dificuldades começarão a ocorrer logo e intensamente na reforma da previdência. É simples, cartesiano: Bolsonaro depende dos deputados para que a reforma seja dura e rápida. E se é assim, porque não explorar estas necessidades, opondo-lhes resistência. Desde que o mundo é mundo, criam-se dificuldades para vender, a bom preço, as facilidades.
Do lado de dentro do Palácio, literalmente, a ala militar (8 dos 22 ministros e 3 dos 4 ministros palacianos) não chega, como Deus, a pedir ao ex-capitão Abraão o sacrifício do filho. Mas chega perto e dá sinais que está farta da bagunça feita pelo protagonismo dos “garotos”. O que se estende, em menor grau, o segmento fundamentalista do ministério: Ernesto, Salles, Damares e Vélez.
A revelação, ontem, de Gustavo Bebianno de que “os generais não queriam que ele participasse das reuniões no Planalto” dá ideia do quanto o presidente tem de tutela verde-oliva.
Entre abutres e lobos, só a minguante pele da autoridade protege Jair e ele, neste último imbroglio deixou que fosse esfolada durante cinco dias em praça pública.
Se alguém quer um paralelo para a sua situação, procure-o logo ali, nos meses passados, nos dias em que Michel Temer se tornou um cadáver palaciano.
Bolsonaro não chegou a isso, mas ninguém, nem abutres, nem lobos, nem sequer cordeirinhos duvidam que logo virá outra encrenca.
E morto-vivo, ninguém duvide que o ex-capitão, com sua legião de zumbis, é assombração muito mais perigosa.
Jair Bolsonaro, na ilusão de autosuficiência própria dos simplórios, percebe mal a situação em que está envolvido e ainda confia que vai “resolver a parada” com a força carismática do “Mito”.
De um lado, um parlamento cheio de medíocres e vazio de caráteres se move para enquadrá-lo às regras do jogo. A “oferta”, muy amiga, do DEM, registrada pela Folha, para assumir a coordenação política do Governo, com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre sendo os canais oficiais de encaminhamento das reivindicações (leia-se verbas e cargos) dos parlamentares é cicuta edulcorada.
“Maia e Alcolumbre só topam a empreitada se tiverem “instrumentos” para entregar aos parlamentares o que for acordado para votar com o presidente”, diz Daniela Lima, no Painel. Ou seja, o poder de decidir algo que, dizem, Ônyx Lorenzoni não tem.
Se não entregar logo, é só esperar, as dificuldades começarão a ocorrer logo e intensamente na reforma da previdência. É simples, cartesiano: Bolsonaro depende dos deputados para que a reforma seja dura e rápida. E se é assim, porque não explorar estas necessidades, opondo-lhes resistência. Desde que o mundo é mundo, criam-se dificuldades para vender, a bom preço, as facilidades.
Do lado de dentro do Palácio, literalmente, a ala militar (8 dos 22 ministros e 3 dos 4 ministros palacianos) não chega, como Deus, a pedir ao ex-capitão Abraão o sacrifício do filho. Mas chega perto e dá sinais que está farta da bagunça feita pelo protagonismo dos “garotos”. O que se estende, em menor grau, o segmento fundamentalista do ministério: Ernesto, Salles, Damares e Vélez.
A revelação, ontem, de Gustavo Bebianno de que “os generais não queriam que ele participasse das reuniões no Planalto” dá ideia do quanto o presidente tem de tutela verde-oliva.
Entre abutres e lobos, só a minguante pele da autoridade protege Jair e ele, neste último imbroglio deixou que fosse esfolada durante cinco dias em praça pública.
Se alguém quer um paralelo para a sua situação, procure-o logo ali, nos meses passados, nos dias em que Michel Temer se tornou um cadáver palaciano.
Bolsonaro não chegou a isso, mas ninguém, nem abutres, nem lobos, nem sequer cordeirinhos duvidam que logo virá outra encrenca.
E morto-vivo, ninguém duvide que o ex-capitão, com sua legião de zumbis, é assombração muito mais perigosa.
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