Da Rede Brasil Atual:
Jair Bolsonaro (PSL) foi o presidente da República mais lembrado da história em um carnaval com apenas dois meses de mandato. Mas a forma como os foliões o homenagearam nos blocos de rua deixou o chefe do Executivo sem rumo. Xingamentos, vaias e fantasias de laranjas em blocos de rua por todo o país, latas e pedras atiradas contra seu boneco em Olinda (PE), redes sociais tomadas por postagens ironizando e esculachando os dois primeiros meses de sua gestão, entre outras manifestações, deram o tom dos quatro dias da maior festa popular do Brasil. Irritado, Bolsonaro postou um vídeo obsceno de dois homens em um bloco de rua em São Paulo, dizendo que a cena seria comum em "blocos de rua no carnaval brasileiro".
Mas a tentativa de desmoralizar e criminalizar genericamente o carnaval – e os blocos de rua em particular –, teve resultado pior que as vaias e xingamentos. Bolsonaro foi amplamente criticado – e novamente xingado – por milhares de pessoas, incluindo jornalistas brasileiros, correspondentes internacionais, advogados, professores e parlamentares. Tom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, postou: "Alô, alô, Brasil. Alguém retire o telefone dele, rápido". Hashtags como #ImpeachmentBolsonaro, #EiBolsonaroiVaiTomarNoCu, #VergonhaDessePresidente e #goldenshowerpresident dominaram as redes sociais.
"O que Bolsonaro não gostou é que a obscenidade do seu governo foi revelada nas ruas do Brasil. Então precisou encontrar uma outra para encobrir a sua", comentou em rede social a jornalista e escritora Eliane Brum. "Os brasileiros que fizeram a potência do Carnaval de 2019 sabem onde está a obscenidade real", acrescentou.
A jornalista da Rede Globo Mônica Waldvogel foi das que mais duramente criticaram Bolsonaro, dizendo que lhe falta inteligência, senso de oportunidade e decoro. E o presidente, como um adolescente birrento, foi tirar satisfação. "E pra vocês. Falta o que? (sic)", postou na sequência. "Obrigado Sr presidente por ajudar a mostrar ao povo como você é realmente um idiota", completou o jornalista da ESPN João Castelo-Branco.
"Tá putinho com o carnaval porque o que mais se ouviu por todo país foi #EiBolsonaroiVaiTomarNoCu... e com isso tenta pegar um fato isolado pra tentar desmoralizar uma festa popular", escreveu um internauta, em seguida.
Parte dos apoiadores e contas robôs (bots) de Bolsonaro tentou reagir manifestando apoio ao presidente, mas as críticas tiveram alcance mundial. "Você é patético. Há um Brasil inteiro nas ruas contra você. Este Carnaval mostrou isso. Seu esforço para diminuir sua rejeição é inútil. Somos resistência", sintetizou o senador Humberto Costa (PT-PE).
"Não podemos descartar a possibilidade de solicitar um teste de sanidade mental. O país pode estar nas mãos de uma quadrilha, além de envolvida com corrupção e milícias, chefiada por um psicopata que nos levará ao caos. A conta dele deve ser banida imediatamente pelo Twitter", escreveu o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
O também jornalista Fábio Pannunzio, da TV Bandeirantes, disse que Bolsonaro precisa se tratar. "Bolsonaro, a minha neta de seis anos tomou conhecimento dessa cena no seu twitter. Ela e outros milhões de crianças cujos pais o seguem. Quero ver como o Presidente da República vai explicar o que elas viram. Você precisa de tratamento médico com urgência", escreveu.
Mesmo apoiadores do presidente acharam a postagem absurda: "É uma palhaçada mesmo mais (sic) isso não representa o carnaval. Fui em alguns blocos e não tinha nada disso. É vergonhoso presidente. Votei no senhor mais (sic) foi desnecessário publicar essa porcaria", escreveu uma seguidora. "Mano na moral onde que eu tava com a cabeça quando pensei em votar em ti seu demente", completou outro.
A ira de Bolsonaro contra os blocos foi reação à chuva de vaias e xingamentos que o presidente recebeu desde o início dos desfiles de blocos de rua e que se estendeu por onde houvesse carnaval em todo o país. Há vídeos com foliões cantando contra o presidente em várias cidades circulando nas redes.
Em Olinda, onde bonecos gigantes são tradição nos desfiles de rua, os dele e da primeira-dama, Michele Bolsonaro, foram vaiados e apedrejados por onde passaram. Em Brasília, o bloco Divinas Tetas surpreendeu até a cobertura da GloboNews com um sonoro "Ei Bolsonaro, vai tomar no cu", que acabou transmitido nacionalmente.
Em São Paulo, fantasias de candidatos-laranja, fake news, WhatsApp, Queiroz (em referência a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que é ligado a milícias) e caixa 2 foram comuns. O Bloco 77 Originais do Punk fez uma paródia da música Coração Corintiano, de Manoel Ferreira: "Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano", em referência ao escândalo com Queiroz.
Em Salvador, os foliões do Bloco BaianaSystem, e em Belo Horizonte, o Ladeira Abaixo, entoaram um "Bolsonaro é o caralho". No Bloco Então, Brilha, que levou 400 mil pessoas às ruas da capital mineira, também foram ouvidos cantos de "Ei Bolsonaro, vai tomar no cu". Na região da Pampulha, o bloco Tchanzinho Zona Norte quase foi proibido de desfilar pela Polícia Militar, após manifestar repúdio contra Bolsonaro.
Mas a tentativa de desmoralizar e criminalizar genericamente o carnaval – e os blocos de rua em particular –, teve resultado pior que as vaias e xingamentos. Bolsonaro foi amplamente criticado – e novamente xingado – por milhares de pessoas, incluindo jornalistas brasileiros, correspondentes internacionais, advogados, professores e parlamentares. Tom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, postou: "Alô, alô, Brasil. Alguém retire o telefone dele, rápido". Hashtags como #ImpeachmentBolsonaro, #EiBolsonaroiVaiTomarNoCu, #VergonhaDessePresidente e #goldenshowerpresident dominaram as redes sociais.
"O que Bolsonaro não gostou é que a obscenidade do seu governo foi revelada nas ruas do Brasil. Então precisou encontrar uma outra para encobrir a sua", comentou em rede social a jornalista e escritora Eliane Brum. "Os brasileiros que fizeram a potência do Carnaval de 2019 sabem onde está a obscenidade real", acrescentou.
A jornalista da Rede Globo Mônica Waldvogel foi das que mais duramente criticaram Bolsonaro, dizendo que lhe falta inteligência, senso de oportunidade e decoro. E o presidente, como um adolescente birrento, foi tirar satisfação. "E pra vocês. Falta o que? (sic)", postou na sequência. "Obrigado Sr presidente por ajudar a mostrar ao povo como você é realmente um idiota", completou o jornalista da ESPN João Castelo-Branco.
"Tá putinho com o carnaval porque o que mais se ouviu por todo país foi #EiBolsonaroiVaiTomarNoCu... e com isso tenta pegar um fato isolado pra tentar desmoralizar uma festa popular", escreveu um internauta, em seguida.
Parte dos apoiadores e contas robôs (bots) de Bolsonaro tentou reagir manifestando apoio ao presidente, mas as críticas tiveram alcance mundial. "Você é patético. Há um Brasil inteiro nas ruas contra você. Este Carnaval mostrou isso. Seu esforço para diminuir sua rejeição é inútil. Somos resistência", sintetizou o senador Humberto Costa (PT-PE).
"Não podemos descartar a possibilidade de solicitar um teste de sanidade mental. O país pode estar nas mãos de uma quadrilha, além de envolvida com corrupção e milícias, chefiada por um psicopata que nos levará ao caos. A conta dele deve ser banida imediatamente pelo Twitter", escreveu o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
O também jornalista Fábio Pannunzio, da TV Bandeirantes, disse que Bolsonaro precisa se tratar. "Bolsonaro, a minha neta de seis anos tomou conhecimento dessa cena no seu twitter. Ela e outros milhões de crianças cujos pais o seguem. Quero ver como o Presidente da República vai explicar o que elas viram. Você precisa de tratamento médico com urgência", escreveu.
Mesmo apoiadores do presidente acharam a postagem absurda: "É uma palhaçada mesmo mais (sic) isso não representa o carnaval. Fui em alguns blocos e não tinha nada disso. É vergonhoso presidente. Votei no senhor mais (sic) foi desnecessário publicar essa porcaria", escreveu uma seguidora. "Mano na moral onde que eu tava com a cabeça quando pensei em votar em ti seu demente", completou outro.
A ira de Bolsonaro contra os blocos foi reação à chuva de vaias e xingamentos que o presidente recebeu desde o início dos desfiles de blocos de rua e que se estendeu por onde houvesse carnaval em todo o país. Há vídeos com foliões cantando contra o presidente em várias cidades circulando nas redes.
Em Olinda, onde bonecos gigantes são tradição nos desfiles de rua, os dele e da primeira-dama, Michele Bolsonaro, foram vaiados e apedrejados por onde passaram. Em Brasília, o bloco Divinas Tetas surpreendeu até a cobertura da GloboNews com um sonoro "Ei Bolsonaro, vai tomar no cu", que acabou transmitido nacionalmente.
Em São Paulo, fantasias de candidatos-laranja, fake news, WhatsApp, Queiroz (em referência a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que é ligado a milícias) e caixa 2 foram comuns. O Bloco 77 Originais do Punk fez uma paródia da música Coração Corintiano, de Manoel Ferreira: "Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano", em referência ao escândalo com Queiroz.
Em Salvador, os foliões do Bloco BaianaSystem, e em Belo Horizonte, o Ladeira Abaixo, entoaram um "Bolsonaro é o caralho". No Bloco Então, Brilha, que levou 400 mil pessoas às ruas da capital mineira, também foram ouvidos cantos de "Ei Bolsonaro, vai tomar no cu". Na região da Pampulha, o bloco Tchanzinho Zona Norte quase foi proibido de desfilar pela Polícia Militar, após manifestar repúdio contra Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: