Por Altamiro Borges
Nas próximas semanas, Brasília lembrará com mais força a ditadura militar que amordaçou, castrou e ensanguentou o país de 1964 a 1984. Por determinação do “capetão” Jair Bolsonaro, soldados da Força Nacional ocuparão a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes por 33 dias. O motivo são os protestos marcados na capital, em especial o dos povos indígenas.
A portaria que autorizou a ocupação militar foi publicada no Diário Oficial da União, sendo assinada por Sergio Moro, o ex-juiz que virou ministro da Justiça no covil de milicianos fascistas. A medida foi solicitada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com base em protocolo de segurança que permite o emprego das forças policiais para proteger o patrimônio público.
Sem maiores críticas à portaria ditatorial, a Folha informou: “De acordo com o Palácio do Planalto, a iniciativa é ‘preventiva’ e tem como objetivo desencorajar eventuais episódios de violência. A partir desta quarta-feira (17), o efetivo de segurança pode ser escalado a qualquer momento caso seja identificado risco de depredação”.
Na próxima semana, em comemoração ao Dia do Índio, haverá uma marcha na capital federal como parte do Acampamento Terra Livre (ATL). Na sequência, ocorrerá o ato do Dia Internacional dos Trabalhadores, em 1º de Maio. As centrais sindicais também já agendaram caravanas e protestos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto contra o golpe da Previdência.
No caso do protesto indígena, o clima é de tensão. Na semana passada, o presidente fascista definiu o ATL como “encontrão de índio”, tentando desqualificar a mobilização. Em resposta, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) divulgou nota em que afirma que o acampamento ocorre há 15 anos e “sempre em caráter pacífico”. O documento ainda faz um apelo:
“Parem de incitar o povo contra nós. Não somos violentos, violento é atacar o direito sagrado à livre manifestação com tropas armadas... Se é do interesse do general Augusto Heleno [ministro-chefe do GSI] desencorajar o uso da violência, que ocupe os latifúndios que avançam sobre nossos territórios”.
O apelo sincero, porém, não deve sensibilizar o “capetão” Jair Bolsonaro nem o milico do GSI. No mesmo dia em que baixou a portaria, o presidente fez uma transmissão ao vido pelas redes sociais – “live”, taokey? – em que atacou indiscriminadamente as Organizações Não-Governamentais favoráveis às comunidades indígenas e ainda ameaçou extinguir a diretoria da Funai.
Na ocasião, o ex-garimpeiro – que até hoje não explicou suas sinistras aventuras extrativistas – voltou a defender a exploração mineral em terras indígenas. “Na [reserva] ianomâmi, Raposa Serra do Sol, debaixo da terra há bilhões ou trilhões de dólares. O garimpo é uma atividade legal também, em alguns locais não é legal, legaliza. Meu pai foi garimpeiro, parte da minha vida garimpei por esporte, não só com bateia, mas como jogo de peneira e sei que essa região é muito rica”.
Nas próximas semanas, Brasília lembrará com mais força a ditadura militar que amordaçou, castrou e ensanguentou o país de 1964 a 1984. Por determinação do “capetão” Jair Bolsonaro, soldados da Força Nacional ocuparão a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes por 33 dias. O motivo são os protestos marcados na capital, em especial o dos povos indígenas.
A portaria que autorizou a ocupação militar foi publicada no Diário Oficial da União, sendo assinada por Sergio Moro, o ex-juiz que virou ministro da Justiça no covil de milicianos fascistas. A medida foi solicitada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com base em protocolo de segurança que permite o emprego das forças policiais para proteger o patrimônio público.
Sem maiores críticas à portaria ditatorial, a Folha informou: “De acordo com o Palácio do Planalto, a iniciativa é ‘preventiva’ e tem como objetivo desencorajar eventuais episódios de violência. A partir desta quarta-feira (17), o efetivo de segurança pode ser escalado a qualquer momento caso seja identificado risco de depredação”.
Na próxima semana, em comemoração ao Dia do Índio, haverá uma marcha na capital federal como parte do Acampamento Terra Livre (ATL). Na sequência, ocorrerá o ato do Dia Internacional dos Trabalhadores, em 1º de Maio. As centrais sindicais também já agendaram caravanas e protestos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto contra o golpe da Previdência.
No caso do protesto indígena, o clima é de tensão. Na semana passada, o presidente fascista definiu o ATL como “encontrão de índio”, tentando desqualificar a mobilização. Em resposta, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) divulgou nota em que afirma que o acampamento ocorre há 15 anos e “sempre em caráter pacífico”. O documento ainda faz um apelo:
“Parem de incitar o povo contra nós. Não somos violentos, violento é atacar o direito sagrado à livre manifestação com tropas armadas... Se é do interesse do general Augusto Heleno [ministro-chefe do GSI] desencorajar o uso da violência, que ocupe os latifúndios que avançam sobre nossos territórios”.
O apelo sincero, porém, não deve sensibilizar o “capetão” Jair Bolsonaro nem o milico do GSI. No mesmo dia em que baixou a portaria, o presidente fez uma transmissão ao vido pelas redes sociais – “live”, taokey? – em que atacou indiscriminadamente as Organizações Não-Governamentais favoráveis às comunidades indígenas e ainda ameaçou extinguir a diretoria da Funai.
Na ocasião, o ex-garimpeiro – que até hoje não explicou suas sinistras aventuras extrativistas – voltou a defender a exploração mineral em terras indígenas. “Na [reserva] ianomâmi, Raposa Serra do Sol, debaixo da terra há bilhões ou trilhões de dólares. O garimpo é uma atividade legal também, em alguns locais não é legal, legaliza. Meu pai foi garimpeiro, parte da minha vida garimpei por esporte, não só com bateia, mas como jogo de peneira e sei que essa região é muito rica”.
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