Por Altamiro Borges
A sociedade não perdoou nem os “100 dias de lua de mel” do desgoverno de Jair Bolsonaro. Todas as pesquisas apontam que a popularidade do “capetão” despenca rapidamente. A última sondagem, encomendada pela suspeita Confederação Nacional da Indústria e realizada pelo também sinistro Ibope, foi divulgada nesta quarta-feira (24) e causou tremedeiras em Brasília. Em síntese, ela aponta que a avaliação positiva do governo caiu 29 pontos percentuais.
Isto talvez ajude a explicar porque o vice-presidente, general Hamilton Mourão, anda tão excitado em suas andanças, e porque os “pimpolhos” de Jair Bolsonaro – principalmente, o “zero dois” ou pitbull para o pai ou “Carluxo” para os íntimos – estão tão nervosinhos e descontrolados.
Como registra a revista CartaCapital, o levantamento do Ibope “trouxe um cenário não muito positivo para o pesselista: a expectativa sobre o sucesso de seu governo caiu 29 pontos percentuais... A última pesquisa encomendada pela CNI foi feita em dezembro de 2018, semanas antes de Jair Bolsonaro assumir a Presidência. Ela trouxe dados sobre o que os brasileiros esperavam da gestão do presidente. Para 64%, o governo do militar seria bom ou ótimo e 14% ruim ou péssimo”.
Agora, apenas 35% consideram o governo “ótimo ou bom”; 27% avaliam como “ruim ou péssimo”; e outros 31% classificam como “regular” – 7% dos entrevistados não sabem ou não responderam. “Isso mostra uma queda de 29 pontos percentuais no número de pessoas que mudaram de ideia com o presidente e um aumento de 13 pontos percentuais das que não avaliam positivamente seu governo”, enfatiza a CartaCapital.
A Folha de S.Paulo, que ainda nutre ilusões de que é possível “civilizar” o fascista no poder, também registrou o fiasco. O jornal lembrou que a pesquisa Ibope anterior, de março, já havia indicado que “Bolsonaro tinha a pior avaliação dos últimos 24 anos. Naquele estudo, 34% da população consideraram a gestão ‘ótima ou boa’. Entre os presidentes eleitos e em primeiro mandato, Bolsonaro tem a pior avaliação em início de governo. Fernando Collor (maio de 1990) foi classificado como ‘ótimo ou bom’ por 45% dos entrevistados; contra 41% de Fernando Henrique Cardoso (março de 1995); 51% de Luiz Inácio Lula da Silva (março de 2003) e 56% de Dilma Rousseff (março/2011)”.
O perfil dos apoiadores e dos opositores
Já a revista Época preferiu analisar o perfil dos entrevistados pelo Ibope. “Um homem com renda superior a cinco salários mínimos que vive em uma cidade pequena do interior da região Sul é o típico apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Por sua vez, uma mulher de baixa renda que vive em uma capital da região Nordeste é o perfil de quem mais rejeita a atual gestão. Os dados podem ser inferidos dos cruzamentos apresentados pela pesquisa Ibope na quarta-feira. O perfil é muito similar ao registrado nas pesquisas durante o primeiro turno da eleição, antes da onda que levou o presidente ao Palácio do Planalto”.
“De acordo com os dados totais, Bolsonaro tem a pior avaliação para o início de mandato de um presidente eleito. O gerente-executivo da Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, observa que os números se aproximam do registrado durante o período eleitoral às vésperas do primeiro turno. A avaliação é que os eleitores que só aderiram a Bolsonaro no final são os que agora provocam quedas nos números de avaliação do governo. ‘O governo ainda não conseguiu convencer essas pessoas’, observa Fonseca".
Os dados estratificados reforçam os esteriótipos da eleição. Jair Bolsonaro tem 35% de avaliação positiva (ótimo/bom), mas entre os homens esse percentual vai a 38%, enquanto entre as mulheres esse número cai para 32%. Para 29% delas o governo é ruim ou péssimo, enquanto apenas 25% dos homens fazem esta avaliação.
A sociedade não perdoou nem os “100 dias de lua de mel” do desgoverno de Jair Bolsonaro. Todas as pesquisas apontam que a popularidade do “capetão” despenca rapidamente. A última sondagem, encomendada pela suspeita Confederação Nacional da Indústria e realizada pelo também sinistro Ibope, foi divulgada nesta quarta-feira (24) e causou tremedeiras em Brasília. Em síntese, ela aponta que a avaliação positiva do governo caiu 29 pontos percentuais.
Isto talvez ajude a explicar porque o vice-presidente, general Hamilton Mourão, anda tão excitado em suas andanças, e porque os “pimpolhos” de Jair Bolsonaro – principalmente, o “zero dois” ou pitbull para o pai ou “Carluxo” para os íntimos – estão tão nervosinhos e descontrolados.
Como registra a revista CartaCapital, o levantamento do Ibope “trouxe um cenário não muito positivo para o pesselista: a expectativa sobre o sucesso de seu governo caiu 29 pontos percentuais... A última pesquisa encomendada pela CNI foi feita em dezembro de 2018, semanas antes de Jair Bolsonaro assumir a Presidência. Ela trouxe dados sobre o que os brasileiros esperavam da gestão do presidente. Para 64%, o governo do militar seria bom ou ótimo e 14% ruim ou péssimo”.
Agora, apenas 35% consideram o governo “ótimo ou bom”; 27% avaliam como “ruim ou péssimo”; e outros 31% classificam como “regular” – 7% dos entrevistados não sabem ou não responderam. “Isso mostra uma queda de 29 pontos percentuais no número de pessoas que mudaram de ideia com o presidente e um aumento de 13 pontos percentuais das que não avaliam positivamente seu governo”, enfatiza a CartaCapital.
A Folha de S.Paulo, que ainda nutre ilusões de que é possível “civilizar” o fascista no poder, também registrou o fiasco. O jornal lembrou que a pesquisa Ibope anterior, de março, já havia indicado que “Bolsonaro tinha a pior avaliação dos últimos 24 anos. Naquele estudo, 34% da população consideraram a gestão ‘ótima ou boa’. Entre os presidentes eleitos e em primeiro mandato, Bolsonaro tem a pior avaliação em início de governo. Fernando Collor (maio de 1990) foi classificado como ‘ótimo ou bom’ por 45% dos entrevistados; contra 41% de Fernando Henrique Cardoso (março de 1995); 51% de Luiz Inácio Lula da Silva (março de 2003) e 56% de Dilma Rousseff (março/2011)”.
O perfil dos apoiadores e dos opositores
Já a revista Época preferiu analisar o perfil dos entrevistados pelo Ibope. “Um homem com renda superior a cinco salários mínimos que vive em uma cidade pequena do interior da região Sul é o típico apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Por sua vez, uma mulher de baixa renda que vive em uma capital da região Nordeste é o perfil de quem mais rejeita a atual gestão. Os dados podem ser inferidos dos cruzamentos apresentados pela pesquisa Ibope na quarta-feira. O perfil é muito similar ao registrado nas pesquisas durante o primeiro turno da eleição, antes da onda que levou o presidente ao Palácio do Planalto”.
“De acordo com os dados totais, Bolsonaro tem a pior avaliação para o início de mandato de um presidente eleito. O gerente-executivo da Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, observa que os números se aproximam do registrado durante o período eleitoral às vésperas do primeiro turno. A avaliação é que os eleitores que só aderiram a Bolsonaro no final são os que agora provocam quedas nos números de avaliação do governo. ‘O governo ainda não conseguiu convencer essas pessoas’, observa Fonseca".
Os dados estratificados reforçam os esteriótipos da eleição. Jair Bolsonaro tem 35% de avaliação positiva (ótimo/bom), mas entre os homens esse percentual vai a 38%, enquanto entre as mulheres esse número cai para 32%. Para 29% delas o governo é ruim ou péssimo, enquanto apenas 25% dos homens fazem esta avaliação.
A divisão regional também é acentuada. Para 44% dos entrevistados na região Sul o governo é ótimo ou bom, percentual que cai a 25% no Nordeste. O recorte se repete na rejeição, com 40% dos nordestinos avaliando a gestão como ruim ou péssima ante 19% dos sulistas. Nas regiões Norte e Centro/Oeste, computadas de forma unificada, o percentual de avaliação positiva se aproxima da média nacional, ficando em 37%, e a percepção negativa é de 20%, sete pontos percentuais abaixo do registrado em todo o país.
O recorte por renda também repete o registrado no período eleitoral. Jair Bolsonaro é mais bem avaliado pelos que têm renda salarial acima de cinco salários mínimos, chegando a 45% de ótimo e bom. Este número cai de acordo com as faixas de renda e é de apenas 27% entre os que recebem menos de um salário mínimo. No caso da avaliação negativa são os mais pobres que registram maior percentual (32%), enquanto nas demais faixas a avaliação negativa se aproxima da média total.
O governo Bolsonaro tem avaliação negativa de 33% nas capitais, enquanto no interior 37% consideram o governo ótimo ou bom. Nas cidades com até 50 mil habitantes são 37% os que avaliam de forma positiva o governo, enquanto que nas cidades com mais de 100 mil habitantes esse percentual é de 31%, sendo menor do que os 33% que classificam a gestão como ruim ou péssima.
O recorte por renda também repete o registrado no período eleitoral. Jair Bolsonaro é mais bem avaliado pelos que têm renda salarial acima de cinco salários mínimos, chegando a 45% de ótimo e bom. Este número cai de acordo com as faixas de renda e é de apenas 27% entre os que recebem menos de um salário mínimo. No caso da avaliação negativa são os mais pobres que registram maior percentual (32%), enquanto nas demais faixas a avaliação negativa se aproxima da média total.
O governo Bolsonaro tem avaliação negativa de 33% nas capitais, enquanto no interior 37% consideram o governo ótimo ou bom. Nas cidades com até 50 mil habitantes são 37% os que avaliam de forma positiva o governo, enquanto que nas cidades com mais de 100 mil habitantes esse percentual é de 31%, sendo menor do que os 33% que classificam a gestão como ruim ou péssima.
Os coxinhas da região sul/sudeste são o principais apoiadores, e acreditam que o regime atual não irá atingí-los até o final do governo. Lêdo engano, ficarão mais pobres, sem escolas de nível superior para seus filhos, sem opção de saúde a não ser pagar um plano que será sem dúvida ruim e caro. Aposentadoria só com o pé na cova. São loucos ou tão vaidosos que julgam-se fora dos problemas ecônomicos e do caos que virá.
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