Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
Jair Bolsonaro é o coronel Kurtz querendo levar o Brasil ao coração das trevas.
O personagem da obra-prima de Joseph Conrad é um oficial que virou traficante de marfim e que vive como um deus entre os selvagens.
A bordo da escuna Nellie, o capitão Charles Marlow divaga sobre ele, a Inglaterra e seu papel na colonização sangrenta da África.
Lembra de sua aventura Rio Congo acima em busca do lunático que escravizava seu povo.
Kurtz resume sua tragédia no final com a célebre sentença “o horror, o horror”.
Na adaptação para o cinema por Coppola, um Marlon Brando gordo e de cabeça raspada se oferece num sacrifício ritual, auto imolação de uma existência bárbara, um mistificador canalha.
A apelação abjeta de Bolsonaro para um pastor é um lance baixo, mais um de um governante que não governa e que apela para os baixos instintos de seguidores mentalmente comprometidos.
Num vídeo postado nas redes oficiais, o religioso Steve Kunda aparece dizendo o seguinte:
A igreja não é só orar manhã, noite e tarde. A igreja é influenciar a sociedade no campo positivo e não só negativo. Na história da bíblia, houve políticos que foram estabelecidos por Deus. Um exemplo quando falam do imperador da pérsia Ciro. Antes do seu nascimento, Deus fala através de Isaías: ‘Eu escolho meu servo Ciro’. E senhor Jair Bolsonaro é o Ciro do Brasil. Você querendo ou não.
Essa picaretagem virou o mote para Feliciano e outros fanáticos convocarem para os protestos a favor dessa desgraça no dia 26 com base numa espécie de chamado espiritual.
O número de canalhas que se declaram enviados do Senhor para cometer atrocidades é gigantesco e não apenas na tradição cristã.
A lista inclui reis, serial killers, terroristas islâmicos, generais, sargentos, donas de casa.
É loucura, mas há método.
A Bíblia faz vários aletas contra essa turma.
Um deles, que cai como uma luva, é de Pedro:
No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda.
E está também nos Provérbios: “O caminho dos ímpios é como a escuridão, não sabem no que tropeçam.”
O personagem da obra-prima de Joseph Conrad é um oficial que virou traficante de marfim e que vive como um deus entre os selvagens.
A bordo da escuna Nellie, o capitão Charles Marlow divaga sobre ele, a Inglaterra e seu papel na colonização sangrenta da África.
Lembra de sua aventura Rio Congo acima em busca do lunático que escravizava seu povo.
Kurtz resume sua tragédia no final com a célebre sentença “o horror, o horror”.
Na adaptação para o cinema por Coppola, um Marlon Brando gordo e de cabeça raspada se oferece num sacrifício ritual, auto imolação de uma existência bárbara, um mistificador canalha.
A apelação abjeta de Bolsonaro para um pastor é um lance baixo, mais um de um governante que não governa e que apela para os baixos instintos de seguidores mentalmente comprometidos.
Num vídeo postado nas redes oficiais, o religioso Steve Kunda aparece dizendo o seguinte:
A igreja não é só orar manhã, noite e tarde. A igreja é influenciar a sociedade no campo positivo e não só negativo. Na história da bíblia, houve políticos que foram estabelecidos por Deus. Um exemplo quando falam do imperador da pérsia Ciro. Antes do seu nascimento, Deus fala através de Isaías: ‘Eu escolho meu servo Ciro’. E senhor Jair Bolsonaro é o Ciro do Brasil. Você querendo ou não.
Essa picaretagem virou o mote para Feliciano e outros fanáticos convocarem para os protestos a favor dessa desgraça no dia 26 com base numa espécie de chamado espiritual.
O número de canalhas que se declaram enviados do Senhor para cometer atrocidades é gigantesco e não apenas na tradição cristã.
A lista inclui reis, serial killers, terroristas islâmicos, generais, sargentos, donas de casa.
É loucura, mas há método.
A Bíblia faz vários aletas contra essa turma.
Um deles, que cai como uma luva, é de Pedro:
No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda.
E está também nos Provérbios: “O caminho dos ímpios é como a escuridão, não sabem no que tropeçam.”
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