Por Célio Turino, na revista Fórum:
Como grande parte do governo se revela grotesca, talvez essa troca na presidência, em um primeiro momento, até represente aparente alívio. Mas não será. Isso porque, na essência, o projeto de desmonte da nação seguirá o mesmo, desta vez nas mãos de força institucional mais coesa.
Às forças populares, aos democratas e patriotas de verdade, caberá escolher se seguiremos como espectadores deste espetáculo de horror, ou se colocaremos o destino do país no caminho da esperança.
Dia 15 de maio, as centenas de manifestações espalhadas pelo país, que reuniram mais de um milhão de pessoas em defesa da educação, indicaram que pode ser outro o desfecho para esta novela de roteiro ruim. A ação de rua, em protestos de massa, poderá resultar em novo projeto de país, justo, generoso, inclusivo. Mas esse projeto terá que passar, necessariamente, pela anulação das eleições de 2018, por estarem escandalosamente contaminadas pela fraude e a mentira.
Teremos coragem para sair da zona de conforto e assumir a bandeira do ANULA JÁ e convocação de Eleições Gerais?
Desta resposta depende o futuro do Brasil e dos brasileiros, não apenas para os próximos anos, mas para as próximas gerações.
É possível que, em questão de semanas, seja iniciado um processo rápido de impeachment do presidente Bolsonaro. Motivos não faltam: começando pelo enriquecimento ilícito da família presidencial, cada vez mais escancarado; peculato, com apropriação de dinheiro público via as “rachadinhas” nos salários de assessores parlamentares, e realizado não apenas pelo ZeroUm; relações promíscuas com milicianos e o “Escritório do Crime”; absoluta incapacidade do presidente em governar etc, etc.
O Bolsonaro se tornou obstáculo até mesmo para a garantia de aprovação de uma reforma da Previdência que o Mercado considere razoável. Tanto é assim que agora procuram apresentar proposta de reforma da Previdência sob a chancela do Congresso, e não mais do Executivo, numa desesperada tentativa em seguir roubando o povo pobre.
Porém, há turbulências à vista, que podem impedir o plano de deslocamento do centro de poder para o Congresso:
a) base de congressistas conservadores e pró-mercado com atuação bizarra, beirando a indigência (ética e intelectual);
b) presidente da Câmara envolvido em várias denúncias de desvios éticos, como a recente delação do presidente da Gol, que tem sido abafada pela imprensa, registre-se;
c) o país entrando em recessão técnica, frustrando todas expectativas de crescimento econômico. Após a eleição, o Mercado previa crescimento de 2,5% do PIB, revisto para baixo em onze reavaliações consecutivas, agora com previsão para menos de 1,5% (observando os números e a conjuntura, eu afirmo que o crescimento do PIB em 2019 ficará em torno de 0,5%, podendo ser negativo);
d) desemprego aumentando, tanto o emprego formal (em março foram menos 45 mil empregos com carteira assinada), como informal;
e) inflação aumentando, exclusivamente em razão de política econômica errática, tendo alcançado, 2,5% em quatro meses, indicando que não será cumprida a meta do BC, de 4,5%;
f) outras instabilidades imponderáveis, gestadas pelo governo, em sua infinita capacidade de gerar crises e desastres.
O caminho para o impeachment, portanto, está pavimentado. Diariamente assistiremos a Globo, em aliança com o Mercado, puxar mais informações da “capivara” presidencial, com desfecho previsível.
Mas essa não será uma boa solução para o país, pois representará um rearranjo de forças pelo alto, a serviço das classes dominantes, para seguirem com seu plano antipovo, antinacional e antidemocrático. Apenas trocarão os peões, ou melhor, um capitão por um general, promovendo mudanças cosméticas.
O Bolsonaro se tornou obstáculo até mesmo para a garantia de aprovação de uma reforma da Previdência que o Mercado considere razoável. Tanto é assim que agora procuram apresentar proposta de reforma da Previdência sob a chancela do Congresso, e não mais do Executivo, numa desesperada tentativa em seguir roubando o povo pobre.
Porém, há turbulências à vista, que podem impedir o plano de deslocamento do centro de poder para o Congresso:
a) base de congressistas conservadores e pró-mercado com atuação bizarra, beirando a indigência (ética e intelectual);
b) presidente da Câmara envolvido em várias denúncias de desvios éticos, como a recente delação do presidente da Gol, que tem sido abafada pela imprensa, registre-se;
c) o país entrando em recessão técnica, frustrando todas expectativas de crescimento econômico. Após a eleição, o Mercado previa crescimento de 2,5% do PIB, revisto para baixo em onze reavaliações consecutivas, agora com previsão para menos de 1,5% (observando os números e a conjuntura, eu afirmo que o crescimento do PIB em 2019 ficará em torno de 0,5%, podendo ser negativo);
d) desemprego aumentando, tanto o emprego formal (em março foram menos 45 mil empregos com carteira assinada), como informal;
e) inflação aumentando, exclusivamente em razão de política econômica errática, tendo alcançado, 2,5% em quatro meses, indicando que não será cumprida a meta do BC, de 4,5%;
f) outras instabilidades imponderáveis, gestadas pelo governo, em sua infinita capacidade de gerar crises e desastres.
O caminho para o impeachment, portanto, está pavimentado. Diariamente assistiremos a Globo, em aliança com o Mercado, puxar mais informações da “capivara” presidencial, com desfecho previsível.
Mas essa não será uma boa solução para o país, pois representará um rearranjo de forças pelo alto, a serviço das classes dominantes, para seguirem com seu plano antipovo, antinacional e antidemocrático. Apenas trocarão os peões, ou melhor, um capitão por um general, promovendo mudanças cosméticas.
Como grande parte do governo se revela grotesca, talvez essa troca na presidência, em um primeiro momento, até represente aparente alívio. Mas não será. Isso porque, na essência, o projeto de desmonte da nação seguirá o mesmo, desta vez nas mãos de força institucional mais coesa.
Às forças populares, aos democratas e patriotas de verdade, caberá escolher se seguiremos como espectadores deste espetáculo de horror, ou se colocaremos o destino do país no caminho da esperança.
Dia 15 de maio, as centenas de manifestações espalhadas pelo país, que reuniram mais de um milhão de pessoas em defesa da educação, indicaram que pode ser outro o desfecho para esta novela de roteiro ruim. A ação de rua, em protestos de massa, poderá resultar em novo projeto de país, justo, generoso, inclusivo. Mas esse projeto terá que passar, necessariamente, pela anulação das eleições de 2018, por estarem escandalosamente contaminadas pela fraude e a mentira.
Teremos coragem para sair da zona de conforto e assumir a bandeira do ANULA JÁ e convocação de Eleições Gerais?
Desta resposta depende o futuro do Brasil e dos brasileiros, não apenas para os próximos anos, mas para as próximas gerações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: