“Esse país não pode ser governado batendo continência para o governo americano. Esse país não pode ser governado de quatro para os americanos. Esse governo está destruindo o país, envergonhando o país. A sociedade precisa readquirir o direito de se indignar”.
É o que afirma Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Tutaméia, feita em conjunto com o DCM, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba na manhã desta quarta, 5 de junho. Durante duas horas, o ex-presidente Lula avaliou a cena política e econômica do Brasil e do mundo.
“Temos motivos de sobra e bandeira para ir para a rua juntos, e coloco a questão da soberania como coisa muito forte. Defendendo a soberania, você está defendendo o seu país, o seu território, o seu povo e as suas riquezas. Mostrando para sociedade o que vai acontecer com o país se ele não for soberano”.
Também falou da emoção que está sentindo por causa de seu relacionamento: “Eu, se tiver chance, vou casar. Porque sempre é tempo de a gente ser feliz”.
Mostrou que está bem informado, acompanhando minuciosamente a política brasileira e as ações do governo Bolsonaro. Comentou, por exemplo o projeto de flexibilização das regras de trânsito: “É o projeto de lei da morte”, definiu.
Voltou a defender sua inocência com veemência, apontando mentiras que povoam o processo contra eles e denunciando a ação de Moro, que define como “um serviçal dos interesses dos Estados Unidos”.
Sobre a ação dos EUA, afirmou: “Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos o acordo com a França para a construção de submarino de propulsão nuclear. Não gostou quando eu demonstrei que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses. E não deve ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles”.
Resumiu: “Aos Estado Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando a América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interessa que a relação do Brasil com a China, muito respeitosa, com a Rússia, muito respeitosa, com a Índia. Não interessa.”
E ainda: “A história vai mostrar o significado da Lava Jato, o significado da retomada dos EUA de colocar a Quarta Frota no oceano Atlântico depois da Segunda Guerra Mundial. É porque nós descobrimos a mais portentosa reserva de petróleo do século 21 no limite da fronteira marítima brasileira, exatamente a 300 quilômetros da margem, que é equivalente a duzentas milhas marítimas”.
Por isso mesmo, reafirma que não faz acordos que possam impedir a continuidade de sua busca para demonstrar sua inocência. Sobre uso de tornozeleira como condição para mudança de seu regime prisional, afirmou: “Tornozeleira é para ladrão e para pombo correio. Eu não sou nem ladrão nem pombo correio. Vamos deixar claro isso. Não venha colocar tornozeleira num homem honesto, que eu não aceito”.
Nada de desespero
Ao analisar as manifestações de estudantes e a preparação para a greve geral de 14 de junho, afirmou: “A sociedade brasileira tem razões de sobra para brigar com o governo Bolsonaro ou com qualquer outro governo que estivesse fazendo o que ele está fazendo”.
“Fico imaginando o estrago que essa gente está fazendo para o país e para o futuro do país, com a tentativa de vender tudo. A ponto de o ministro da Fazenda, brincando ou não, ir aos EUA dizer que gostaria de vender até o Palácio da Alvorada, o Planalto, que o Banco do Brasil fosse administrado por um banco americano. Não é nem mais complexo de vira-lata, é viralatice pura, pedigree de vira-lata”.
A questão da soberania, na análise de Lula, é central neste momento e deve unificar a oposição:
“A coisa mais interessante nesse momento –tem a briga pelo salário, pelo emprego, pela manutenção de uma previdência justa para as pessoas– é a questão da soberania nacional. Vamos compreender soberania nacional não só como os limites das nossas fronteiras. A parte principal dentro de um país soberano é o seu povo, a sua qualidade de vida, de comida, de educação, pesquisa, biodiversidade, riquezas minerais, empresas púbicas. Temos que pensar que país queremos para amanhã e depois de amanhã. E o Bolsonaro não em o direito de destruir o que essa nação construiu com tanto jeito”.
Lula lembra da metáfora do desempregado que vai vendendo tudo o que tem em casa para sobreviver. “E vende até a alma ao diabo. É o que estamos fazendo ao país. A vergonha que estamos passando lá fora, batendo continência para a bandeira de outro país”, declara.
Para Lula, a reforma da Previdência pretendida pelo governo Bolsonaro “é vendida como coisa milagrosa”, mas “visa resolver o problema para os bancos”. Os trabalhadores, diz, estão sendo vítimas de “uma campanha de pensamento único extraordinária”.
Já as mudanças na legislação trabalhista tratam de “transformar o povo quase como no tempo da escravidão” –agora não só escravidão para os negros, para todos.
Analisando os últimos movimentos da cena política, Lula adverte:
“Não brinquem com a democracia. Eu acho (que ela está ameaçada). Não brinquem”. E definiu: “A democracia não é um pacto de silencia, eu tô no governo e todo mundo tem de ficar quietinho. Não. A democracia é uma sociedade em movimento em buscas de conquistas de coisas mais importantes para sua vida”.
Ele afirma ter “vontade de estar em liberdade para brigar pelo povo brasileiro”.
E completa: “Nada de desespero. Nada de achar que não vale lutar. A única coisa que resolve é a luta. É a luta, é a luta. E o povo brasileiro tem direito de lutar para conquistar melhores dias”.
É o que afirma Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Tutaméia, feita em conjunto com o DCM, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba na manhã desta quarta, 5 de junho. Durante duas horas, o ex-presidente Lula avaliou a cena política e econômica do Brasil e do mundo.
“Temos motivos de sobra e bandeira para ir para a rua juntos, e coloco a questão da soberania como coisa muito forte. Defendendo a soberania, você está defendendo o seu país, o seu território, o seu povo e as suas riquezas. Mostrando para sociedade o que vai acontecer com o país se ele não for soberano”.
Também falou da emoção que está sentindo por causa de seu relacionamento: “Eu, se tiver chance, vou casar. Porque sempre é tempo de a gente ser feliz”.
Mostrou que está bem informado, acompanhando minuciosamente a política brasileira e as ações do governo Bolsonaro. Comentou, por exemplo o projeto de flexibilização das regras de trânsito: “É o projeto de lei da morte”, definiu.
Voltou a defender sua inocência com veemência, apontando mentiras que povoam o processo contra eles e denunciando a ação de Moro, que define como “um serviçal dos interesses dos Estados Unidos”.
Sobre a ação dos EUA, afirmou: “Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos o acordo com a França para a construção de submarino de propulsão nuclear. Não gostou quando eu demonstrei que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses. E não deve ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles”.
Resumiu: “Aos Estado Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando a América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interessa que a relação do Brasil com a China, muito respeitosa, com a Rússia, muito respeitosa, com a Índia. Não interessa.”
E ainda: “A história vai mostrar o significado da Lava Jato, o significado da retomada dos EUA de colocar a Quarta Frota no oceano Atlântico depois da Segunda Guerra Mundial. É porque nós descobrimos a mais portentosa reserva de petróleo do século 21 no limite da fronteira marítima brasileira, exatamente a 300 quilômetros da margem, que é equivalente a duzentas milhas marítimas”.
Por isso mesmo, reafirma que não faz acordos que possam impedir a continuidade de sua busca para demonstrar sua inocência. Sobre uso de tornozeleira como condição para mudança de seu regime prisional, afirmou: “Tornozeleira é para ladrão e para pombo correio. Eu não sou nem ladrão nem pombo correio. Vamos deixar claro isso. Não venha colocar tornozeleira num homem honesto, que eu não aceito”.
Nada de desespero
Ao analisar as manifestações de estudantes e a preparação para a greve geral de 14 de junho, afirmou: “A sociedade brasileira tem razões de sobra para brigar com o governo Bolsonaro ou com qualquer outro governo que estivesse fazendo o que ele está fazendo”.
“Fico imaginando o estrago que essa gente está fazendo para o país e para o futuro do país, com a tentativa de vender tudo. A ponto de o ministro da Fazenda, brincando ou não, ir aos EUA dizer que gostaria de vender até o Palácio da Alvorada, o Planalto, que o Banco do Brasil fosse administrado por um banco americano. Não é nem mais complexo de vira-lata, é viralatice pura, pedigree de vira-lata”.
A questão da soberania, na análise de Lula, é central neste momento e deve unificar a oposição:
“A coisa mais interessante nesse momento –tem a briga pelo salário, pelo emprego, pela manutenção de uma previdência justa para as pessoas– é a questão da soberania nacional. Vamos compreender soberania nacional não só como os limites das nossas fronteiras. A parte principal dentro de um país soberano é o seu povo, a sua qualidade de vida, de comida, de educação, pesquisa, biodiversidade, riquezas minerais, empresas púbicas. Temos que pensar que país queremos para amanhã e depois de amanhã. E o Bolsonaro não em o direito de destruir o que essa nação construiu com tanto jeito”.
Lula lembra da metáfora do desempregado que vai vendendo tudo o que tem em casa para sobreviver. “E vende até a alma ao diabo. É o que estamos fazendo ao país. A vergonha que estamos passando lá fora, batendo continência para a bandeira de outro país”, declara.
Para Lula, a reforma da Previdência pretendida pelo governo Bolsonaro “é vendida como coisa milagrosa”, mas “visa resolver o problema para os bancos”. Os trabalhadores, diz, estão sendo vítimas de “uma campanha de pensamento único extraordinária”.
Já as mudanças na legislação trabalhista tratam de “transformar o povo quase como no tempo da escravidão” –agora não só escravidão para os negros, para todos.
Analisando os últimos movimentos da cena política, Lula adverte:
“Não brinquem com a democracia. Eu acho (que ela está ameaçada). Não brinquem”. E definiu: “A democracia não é um pacto de silencia, eu tô no governo e todo mundo tem de ficar quietinho. Não. A democracia é uma sociedade em movimento em buscas de conquistas de coisas mais importantes para sua vida”.
Ele afirma ter “vontade de estar em liberdade para brigar pelo povo brasileiro”.
E completa: “Nada de desespero. Nada de achar que não vale lutar. A única coisa que resolve é a luta. É a luta, é a luta. E o povo brasileiro tem direito de lutar para conquistar melhores dias”.
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