Por Altamiro Borges
As milícias bolsonaristas, que têm muitas semelhanças com as hordas fascistas, seguem com a sua cavalgada aterrorizante pelo Brasil. Na semana passada, elas atacaram na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, tentando inviabilizar uma palestra do premiado jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept. Agora, elas conseguiram suspender um convite à colunista Miriam Leitão, uma das principais celebridades do Grupo Globo, para participar da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.
Segundo matéria do jornal Estadão, o cancelamento da palestra da jornalista global e do sociólogo Sérgio Abrantes, seu marido, ocorreu logo após a divulgação da programação do evento, que ocorrerá entre 8 e 18 de agosto. “As pressões contra os nomes de Miriam e Abranches começaram ainda na tarde de segunda-feira, 15, e culminaram na criação de uma petição online que recolheu 3.294 assinaturas. Após analisar a situação, a organização comunicou o cancelamento dos convites por temer pela integridade dos convidados. Os organizadores teriam, inclusive, recebido mensagens de ameaças, o que colaborou com a decisão”. Em nota oficial, a acovardada organização do evento informou:
“A feira do livro, em suas 12 edições, sempre foi marcada por ser um evento plural, que promove o conhecimento por meio da literatura, teatro, música e artes visuais. Nesses 12 anos, a feira já enfrentou inúmeras dificuldades, da escassez de recursos financeiros até enchentes. Mas nunca, em toda sua história, a festa da literatura foi atacada pela escolha de seus convidados. Em virtude das recentes manifestações, a comissão organizadora, em votação na manhã desta terça-feira (16), optou (em decisão dividida) pelo cancelamento da participação dos jornalistas Miriam Leitão e Sérgio Abranches. Reiterando, a Feira do Livro é, e sempre foi, um evento de difusão do livro e da leitura, sem fins políticos, religiosos ou ideológicos”.
Segundo Carlos Henrique Schroeder, coordenador artístico do evento, as agressões partiram de seguidores de Jair Bolsonaro. “Me senti envergonhado de ter que anunciar esse cancelamento mas, diante do conteúdo das ameaças, a prudência falou mais alto. Relutei, tive vontade de bancar a vinda deles, mas melhor assim do que ter um evento marcado por sangue”. De acordo com o Estadão, “Schroeder atribuiu as ameaças aos simpatizantes bolsonaristas e disse que, diferente da Flip, que reuniu um grupo reduzido de manifestantes contrários a participação de Glenn Greenwald, ‘aqui seria diferente, seria uma multidão deles’”.
Em sua coluna diária na rádio CBN, Miriam Leitão classificou os seus críticos como “intolerantes” e lamentou o cancelamento e a onda de perseguição à imprensa. Cautelosa, ela preferiu não se alongar nos comentários. Talvez para não reconhecer, de forma sincera e autocrítica, que ela e o império global ajudaram a chocar o ovo da serpente fascista no país. Com sua escandalização da política, visando satanizar as forças de esquerda, a servil jornalista e o Grupo Globo – com seus jornais, revista, sites, rádio e emissoras de tevê abertas e a cabo – contribuíram para deformar a legião de midiotas que hoje compõem as agressivas milícias bolsonaristas.
Após lembrar algumas “fake news” produzidas por Miriam Leitão que ajudaram a criar o atual clima de ódio – como o da adulteração do seu perfil no Wikipédia ou dos ataques que teria sofrido durante um voo –, o blogueiro Luis Nassif alerta sobre os riscos dessa onda de perseguição aos jornalistas. Para ele, é preciso ter consciência de que jogaram “carne fresca à matilha de cães ferozes que estavam sendo criados no cativeiro da mídia. Agora, com as grades da jaula abertas pelo WhatsApp saem pelo mundo mordendo até as pessoas que os alimentavam, instaurando o protofascismo no país”. Ninguém está imune à violência bolsonarista!
As milícias bolsonaristas, que têm muitas semelhanças com as hordas fascistas, seguem com a sua cavalgada aterrorizante pelo Brasil. Na semana passada, elas atacaram na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, tentando inviabilizar uma palestra do premiado jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept. Agora, elas conseguiram suspender um convite à colunista Miriam Leitão, uma das principais celebridades do Grupo Globo, para participar da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.
Segundo matéria do jornal Estadão, o cancelamento da palestra da jornalista global e do sociólogo Sérgio Abrantes, seu marido, ocorreu logo após a divulgação da programação do evento, que ocorrerá entre 8 e 18 de agosto. “As pressões contra os nomes de Miriam e Abranches começaram ainda na tarde de segunda-feira, 15, e culminaram na criação de uma petição online que recolheu 3.294 assinaturas. Após analisar a situação, a organização comunicou o cancelamento dos convites por temer pela integridade dos convidados. Os organizadores teriam, inclusive, recebido mensagens de ameaças, o que colaborou com a decisão”. Em nota oficial, a acovardada organização do evento informou:
“A feira do livro, em suas 12 edições, sempre foi marcada por ser um evento plural, que promove o conhecimento por meio da literatura, teatro, música e artes visuais. Nesses 12 anos, a feira já enfrentou inúmeras dificuldades, da escassez de recursos financeiros até enchentes. Mas nunca, em toda sua história, a festa da literatura foi atacada pela escolha de seus convidados. Em virtude das recentes manifestações, a comissão organizadora, em votação na manhã desta terça-feira (16), optou (em decisão dividida) pelo cancelamento da participação dos jornalistas Miriam Leitão e Sérgio Abranches. Reiterando, a Feira do Livro é, e sempre foi, um evento de difusão do livro e da leitura, sem fins políticos, religiosos ou ideológicos”.
Segundo Carlos Henrique Schroeder, coordenador artístico do evento, as agressões partiram de seguidores de Jair Bolsonaro. “Me senti envergonhado de ter que anunciar esse cancelamento mas, diante do conteúdo das ameaças, a prudência falou mais alto. Relutei, tive vontade de bancar a vinda deles, mas melhor assim do que ter um evento marcado por sangue”. De acordo com o Estadão, “Schroeder atribuiu as ameaças aos simpatizantes bolsonaristas e disse que, diferente da Flip, que reuniu um grupo reduzido de manifestantes contrários a participação de Glenn Greenwald, ‘aqui seria diferente, seria uma multidão deles’”.
Em sua coluna diária na rádio CBN, Miriam Leitão classificou os seus críticos como “intolerantes” e lamentou o cancelamento e a onda de perseguição à imprensa. Cautelosa, ela preferiu não se alongar nos comentários. Talvez para não reconhecer, de forma sincera e autocrítica, que ela e o império global ajudaram a chocar o ovo da serpente fascista no país. Com sua escandalização da política, visando satanizar as forças de esquerda, a servil jornalista e o Grupo Globo – com seus jornais, revista, sites, rádio e emissoras de tevê abertas e a cabo – contribuíram para deformar a legião de midiotas que hoje compõem as agressivas milícias bolsonaristas.
Após lembrar algumas “fake news” produzidas por Miriam Leitão que ajudaram a criar o atual clima de ódio – como o da adulteração do seu perfil no Wikipédia ou dos ataques que teria sofrido durante um voo –, o blogueiro Luis Nassif alerta sobre os riscos dessa onda de perseguição aos jornalistas. Para ele, é preciso ter consciência de que jogaram “carne fresca à matilha de cães ferozes que estavam sendo criados no cativeiro da mídia. Agora, com as grades da jaula abertas pelo WhatsApp saem pelo mundo mordendo até as pessoas que os alimentavam, instaurando o protofascismo no país”. Ninguém está imune à violência bolsonarista!
Infelizmente jornalistas que incentivaram o ódio ontem, hoje são vítimas de suas criações! A liberdade, não só de imprensa, está cada dia mais comprometida!
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