Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
Pela 19ª vez consecutiva, o Boletim Focus - síntese das expectativas de mercado - reduziu a expectativa de crescimento do PIB de 2019. Com mais da metade do ano já tendo passado, espera-se agora que o país cresça 0,82% neste ano de 2019.
A consecutiva redução das expectativas de crescimento de 2019 e a inação do governo em realizar medidas que mudem este quadro podem ser agravadas com a aprovação da reforma da Previdência: estudo de pesquisadores da UFMG, entre elas Débora Freire, mostram que no curto prazo e no longo prazo, se o investimento não aumentar muito após a reforma, ela deve ter um impacto negativo no nosso PIB, justamente pela retirada de poder de compra da população. Segundo a pesquisadora, "a expectativa de que apenas a reforma da Previdência ampliará a confiança dos agentes privados a ponto de gerar incremento relevante no investimento é arriscada."
Enquanto o governo aposta na retirada de poder de compra da população e em uma reforma que terá efeitos regressivos, o mercado de trabalho tem batido recordes negativos: a criação de míseros 32 mil empregos formais como medido pelo Caged em maio, pior resultado para o mês desde 2016; e, segundo a PNAD contínua, o país tinha, no trimestre de março a maio de 2019, 13 milhões de desocupados e os recordes de 28,5 milhões de subutilizados e 4,9 milhões de desalentados.
Pela 19ª vez consecutiva, o Boletim Focus - síntese das expectativas de mercado - reduziu a expectativa de crescimento do PIB de 2019. Com mais da metade do ano já tendo passado, espera-se agora que o país cresça 0,82% neste ano de 2019.
A consecutiva redução das expectativas de crescimento de 2019 e a inação do governo em realizar medidas que mudem este quadro podem ser agravadas com a aprovação da reforma da Previdência: estudo de pesquisadores da UFMG, entre elas Débora Freire, mostram que no curto prazo e no longo prazo, se o investimento não aumentar muito após a reforma, ela deve ter um impacto negativo no nosso PIB, justamente pela retirada de poder de compra da população. Segundo a pesquisadora, "a expectativa de que apenas a reforma da Previdência ampliará a confiança dos agentes privados a ponto de gerar incremento relevante no investimento é arriscada."
Enquanto o governo aposta na retirada de poder de compra da população e em uma reforma que terá efeitos regressivos, o mercado de trabalho tem batido recordes negativos: a criação de míseros 32 mil empregos formais como medido pelo Caged em maio, pior resultado para o mês desde 2016; e, segundo a PNAD contínua, o país tinha, no trimestre de março a maio de 2019, 13 milhões de desocupados e os recordes de 28,5 milhões de subutilizados e 4,9 milhões de desalentados.
Ainda sobre a desocupação, um estudo do Banco Central (Relatório de Inflação - Junho 2019) mostrou que do primeiro trimestre de 2017 ao primeiro trimestre de 2019 tem aumentado o percentual de desocupados considerados de longa duração (desocupados a mais de dois anos), o que é um problema grave pois quanto mais tempo a pessoa passa fora do mercado de trabalho mais difícil se torna a inserção e mais baixos tendem a ser os salários quando/se ela ocorre.
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