Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:
A última pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, realizada entre 29 e 30 de agosto e divulgada no dia 2 de setembro, confirma a tendência já apresentada pelo Vox Populi e CNT/MDA, na última semana, e mostra a corrosão da popularidade de Jair Bolsonaro. Sua reprovação subiu de 33% em julho para 38% em agosto, enquanto a aprovação caiu de 33% para 29% e os que avaliam o governo Bolsonaro como regular ficou estável, passando de 31% para 30%.
A avaliação negativa de Bolsonaro aumentou principalmente no Nordeste, onde mais da metade da população (52%) considera seu governo ruim ou péssimo, com aumento da avaliação negativa nesse segmento em mais de dez pontos percentuais em relação a julho (41%), quando Bolsonaro chamou governadores nordestinos de “paraíbas”. Além do Nordeste, o presidente manteve sua impopularidade em segmentos anti-Bolsonaro, como mulheres, aqueles que têm menor renda e baixa escolaridade.
Mas, para além dos que nunca acreditaram em Bolsonaro, sofreu importante perda de apoio entre os que o elegeram, ou seja, entre os homens, os moradores da região Sul, os com escolaridade mais elevada, segmento em que a desaprovação de Bolsonaro subiu de 36% em julho, para 43%, e os com renda mensal acima de dez salários mínimos, segmento no qual sua aprovação caiu de 52% em julho para 37% em agosto.
Os grupos que mais o apoiam são os mesmos que o elegeram: evangélicos (46%), empresários (48%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (39%).
Se a eleição fosse hoje, um em cada quatro dos que votaram em Bolsonaro não o faria novamente, o que daria a vitória a Fernando Haddad (PT). Os mais arrependidos são os que têm entre 45 a 59 anos, faixa especialmente atingida pela reforma da Previdência.
Também aumentou a rejeição ao comportamento de Bolsonaro. Para 32%, o presidente não se comporta de forma adequada para o cargo em nenhuma ocasião, uma alta de sete pontos em relação a julho. Essa opinião parece ter sido reforçada diante da reação de Bolsonaro à oferta de ajuda de países estrangeiros no combate do desmatamento da Amazônia. Bolsonaro respondeu com ofensas ao presidente e à primeira-dama francesa e rejeitou a ajuda financeira da França e outros países do G-7, que acabou por aceitar. A maioria da população (66%) discorda da atitude do presidente e acha que o Brasil deve aceitar a ajuda internacional contra o desmatamento.
Comparando-se os resultados atuais com os obtidos por presidentes anteriores, é o presidente com maior índice de desaprovação, aos oito meses de mandato. FHC, em 1995, tinha 15% de avaliação negativa; Lula, em 2003, 10%; Dilma, em 2011, 11%; e Bolsonaro, em 2019, 38%.
A expectativa com o governo também diminuiu. Em julho, 51% esperavam que o governo fizesse uma gestão ótima ou boa. Hoje esse índice caiu para 45% (fora da margem de erro), enquanto 32% acreditam que Bolsonaro fará uma gestão ruim ou péssima.
A última pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, realizada entre 29 e 30 de agosto e divulgada no dia 2 de setembro, confirma a tendência já apresentada pelo Vox Populi e CNT/MDA, na última semana, e mostra a corrosão da popularidade de Jair Bolsonaro. Sua reprovação subiu de 33% em julho para 38% em agosto, enquanto a aprovação caiu de 33% para 29% e os que avaliam o governo Bolsonaro como regular ficou estável, passando de 31% para 30%.
A avaliação negativa de Bolsonaro aumentou principalmente no Nordeste, onde mais da metade da população (52%) considera seu governo ruim ou péssimo, com aumento da avaliação negativa nesse segmento em mais de dez pontos percentuais em relação a julho (41%), quando Bolsonaro chamou governadores nordestinos de “paraíbas”. Além do Nordeste, o presidente manteve sua impopularidade em segmentos anti-Bolsonaro, como mulheres, aqueles que têm menor renda e baixa escolaridade.
Mas, para além dos que nunca acreditaram em Bolsonaro, sofreu importante perda de apoio entre os que o elegeram, ou seja, entre os homens, os moradores da região Sul, os com escolaridade mais elevada, segmento em que a desaprovação de Bolsonaro subiu de 36% em julho, para 43%, e os com renda mensal acima de dez salários mínimos, segmento no qual sua aprovação caiu de 52% em julho para 37% em agosto.
Os grupos que mais o apoiam são os mesmos que o elegeram: evangélicos (46%), empresários (48%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (39%).
Se a eleição fosse hoje, um em cada quatro dos que votaram em Bolsonaro não o faria novamente, o que daria a vitória a Fernando Haddad (PT). Os mais arrependidos são os que têm entre 45 a 59 anos, faixa especialmente atingida pela reforma da Previdência.
Também aumentou a rejeição ao comportamento de Bolsonaro. Para 32%, o presidente não se comporta de forma adequada para o cargo em nenhuma ocasião, uma alta de sete pontos em relação a julho. Essa opinião parece ter sido reforçada diante da reação de Bolsonaro à oferta de ajuda de países estrangeiros no combate do desmatamento da Amazônia. Bolsonaro respondeu com ofensas ao presidente e à primeira-dama francesa e rejeitou a ajuda financeira da França e outros países do G-7, que acabou por aceitar. A maioria da população (66%) discorda da atitude do presidente e acha que o Brasil deve aceitar a ajuda internacional contra o desmatamento.
Comparando-se os resultados atuais com os obtidos por presidentes anteriores, é o presidente com maior índice de desaprovação, aos oito meses de mandato. FHC, em 1995, tinha 15% de avaliação negativa; Lula, em 2003, 10%; Dilma, em 2011, 11%; e Bolsonaro, em 2019, 38%.
A expectativa com o governo também diminuiu. Em julho, 51% esperavam que o governo fizesse uma gestão ótima ou boa. Hoje esse índice caiu para 45% (fora da margem de erro), enquanto 32% acreditam que Bolsonaro fará uma gestão ruim ou péssima.
Cerca de dois terços (62%) consideram que Bolsonaro fez menos pelo país do que esperavam, 21%, acreditam que fez o que esperavam e 11% acham que Bolsonaro fez pelo país mais do que esperavam.
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