Do blog Socialista Morena:
Os parlamentares da oposição questionaram por que a bancada do governo teme tanto o avanço da investigação, quando na verdade esta é, segundo eles, a oportunidade para averiguar crimes orquestrados na internet profunda (deep web), como os que levaram ao massacre de Suzano (SP), em março deste ano, e outras ameaças, e indução a atos de suicídio.
“Novamente vem um processo de obstruir a continuidade do trabalho, já vi obstruir votação de projeto, medida provisória, processo de impeachment, mas impedir que uma CPI possa desenvolver seu trabalho, para mim, só tem uma justificativa: é medo, medo de quando a gente investigue isso aqui, comecemos a identificar os tentáculos, quem está por trás desse tipo de coisa”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Os parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, obstruíram nesta terça-feira a sessão da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das fake news que iria discutir seu plano de trabalho. Primeiro os bolsonaristas tentaram anular a sessão anterior e, em seguida, impediram a votação da ata da reunião. É de se perguntar: por que o partido de Bolsonaro teme tanto a investigação das fake news, se eles mesmos vivem acusando a imprensa comercial de produzi-las?
Os deputados governistas fizeram balbúrdia (para usar uma expressão que eles gostam) e usaram um “kit-obstrução”, com ferramentas como pedidos de retificação de ata e de votação nominal, para impedir o prosseguimento da pauta. Devido à obstrução parlamentar, houve falta de quórum para votar o plano de trabalho, e o presidente Angelo Coronel (PSD-BA) encerrou a reunião.
A relatora Lidice da Mata (PSB-BA) só pôde ler sua proposta de plano de trabalho, mas ela não pôde ser votada. A deputada lamentou. “Apesar do clima criado nas duas últimas reuniões, quase de torcidas futebolísticas, nossa CPMI pode e deve prosseguir com um conceito de investigação que sirva ao Brasil”, disse.
Do lado dos governistas o clima era de histeria. A vice-líder do governo na Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF), justificou que os objetivos da comissão, que ainda nem foi instalada, “foram desvirtuados”. Já a deputada Caroline de Toni (PSL-SC) não escondeu seu temor de que a CPI “pegue” Bolsonaro. “Temos sim a fundada suspeita de que essa CPI é um terceiro turno para pegar o nosso presidente Bolsonaro e que a oposição está imbuída desse intuito, sim”, disse.
O mais irônico foi ver os parlamentares de extrema direita bradarem que a CPMI pretende “censurar” os meios de comunicação – logo eles que chegaram a defender a prisão de Glenn Greenwald por publicar os vazamentos que revelaram as ilegalidades cometidas pela Lava Jato.
Os deputados governistas fizeram balbúrdia (para usar uma expressão que eles gostam) e usaram um “kit-obstrução”, com ferramentas como pedidos de retificação de ata e de votação nominal, para impedir o prosseguimento da pauta. Devido à obstrução parlamentar, houve falta de quórum para votar o plano de trabalho, e o presidente Angelo Coronel (PSD-BA) encerrou a reunião.
A relatora Lidice da Mata (PSB-BA) só pôde ler sua proposta de plano de trabalho, mas ela não pôde ser votada. A deputada lamentou. “Apesar do clima criado nas duas últimas reuniões, quase de torcidas futebolísticas, nossa CPMI pode e deve prosseguir com um conceito de investigação que sirva ao Brasil”, disse.
Do lado dos governistas o clima era de histeria. A vice-líder do governo na Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF), justificou que os objetivos da comissão, que ainda nem foi instalada, “foram desvirtuados”. Já a deputada Caroline de Toni (PSL-SC) não escondeu seu temor de que a CPI “pegue” Bolsonaro. “Temos sim a fundada suspeita de que essa CPI é um terceiro turno para pegar o nosso presidente Bolsonaro e que a oposição está imbuída desse intuito, sim”, disse.
O mais irônico foi ver os parlamentares de extrema direita bradarem que a CPMI pretende “censurar” os meios de comunicação – logo eles que chegaram a defender a prisão de Glenn Greenwald por publicar os vazamentos que revelaram as ilegalidades cometidas pela Lava Jato.
Os parlamentares da oposição questionaram por que a bancada do governo teme tanto o avanço da investigação, quando na verdade esta é, segundo eles, a oportunidade para averiguar crimes orquestrados na internet profunda (deep web), como os que levaram ao massacre de Suzano (SP), em março deste ano, e outras ameaças, e indução a atos de suicídio.
“Novamente vem um processo de obstruir a continuidade do trabalho, já vi obstruir votação de projeto, medida provisória, processo de impeachment, mas impedir que uma CPI possa desenvolver seu trabalho, para mim, só tem uma justificativa: é medo, medo de quando a gente investigue isso aqui, comecemos a identificar os tentáculos, quem está por trás desse tipo de coisa”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) ressaltou que a comissão só foi instalada porque os objetivos estavam claros. “Eu não sei o que assusta tanto os deputados do PSL e o próprio governo em avançar nessa discussão. Será que há algum temor de que haja alguém do governo envolvido em algum processo de fake news? Será que é essa a preocupação?”, indagou.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) também criticou os bolsonaristas. “Não estou conseguindo entender essa lógica de você obstruir uma CPMI que foi deliberada pela Câmara e pelo Senado. Ou seja, deputados e senadores de acordo. Totalmente dentro da legalidade e as pessoas estão obstruindo para que não seja investigado. Então não deveriam estar na CPMI. ”
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) também criticou os bolsonaristas. “Não estou conseguindo entender essa lógica de você obstruir uma CPMI que foi deliberada pela Câmara e pelo Senado. Ou seja, deputados e senadores de acordo. Totalmente dentro da legalidade e as pessoas estão obstruindo para que não seja investigado. Então não deveriam estar na CPMI. ”
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