Por Altamiro Borges
Direto de La Paz, o repórter Leonardo Severo postou no site do ComunicaSul – um coletivo de jornalistas que faz coberturas alternativas dos principais acontecimentos na América Latina – uma nota tranquilizadora na noite de segunda-feira (21): “Após garantir maioria na Câmara e no Senado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, do Movimento Ao Socialismo (MAS), com 95,63% dos votos apurados, desponta como provável reeleito com 2.757.634 votos (46,85%) contra 2.162.237 (36,74%) do seu principal opositor, Carlos Mesa, do Comunidade Cidadã. A tendência do líder indígena continuar à frente do Estado para o período 2020-2025 era considerada irreversível por estarem chegando as ‘urnas do campo’, amplamente majoritárias pró-Evo”.
No dia seguinte (22), o tribunal eleitoral da nação vizinha confirmou a vitória em primeiro turno de Evo Morales – já que o candidato atendeu a legislação em vigor, alcançando mais de 40% dos votos e abrindo vantagem de 10% sobre o segundo colocado. Como era de se esperar, porém, a direita boliviana já anunciou que não irá respeitar o resultado das urnas. Carlos Mesa, o oportunista que se converteu no representante da oligarquia racista local e dos interesses do império ianque, já conclama os seus seguidores a sabotarem a democracia. “Não vamos reconhecer estes resultados, que são parte de uma fraude consumada de maneira vergonhosa e que está colocando a sociedade boliviana em uma situação de tensão desnecessária”, afirmou o golpista.
Ainda segundo relato de Leonardo Severo, o pleito foi acompanhado “por cerca de 200 observadores internacionais e transcorreu em clima de paz e tranquilidade”. Mesmo assim, a oposição fascistoide alardeia que houve “fraude” e conta com o respaldo dos principais veículos de comunicação do país. “No desespero, um dos jornais da oligarquia chegou a destacar em título ‘seis mortos no dia da eleição’. O incauto que ecoasse a barbaridade sem ler as entrelinhas não veria que dois bolivianos morreram de ataques do coração e quatro em acidentes de trânsito. Manipulação grotesca”.
Decidida a apostar no caos, a mídia burguesa dá destaque aos distúrbios organizados em várias cidades. Em Sucre, “um grupo enfurecido incendiou a fachada da sede do tribunal eleitoral da cidade, em meio aos gritos de ‘fraude’, fazendo a polícia de choque recuar”. “Em Oruro, centenas de jovens tentaram ocupar a sede do tribunal eleitoral, mas foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia de choque”. “Em Cochabamba, os manifestantes romperam o perímetro de isolamento do local da apuração, mas foram finalmente contidos pela polícia” – relatam alguns jornais bolivianos.
Diante das provocações, Evo Morales já anunciou que não se intimidará. Ele acusa a velha oligarquia racista e os EUA de estimularem a violência. Ele ainda critica a atitude desrespeitosa dos candidatos derrotados. Além de Carlos Mesa, a direita teve mais dois postulantes – o pastor evangélico de origem coreana Chi Hyun Chung, e o senador Óscar Ortiz. Em mensagem proferida na televisão, Carlos Romero, ministro de Governo, assegurou que Carlos Mesa terá que “assumir a responsabilidade por seus atos criminosos”. A luta política na Bolívia não se encerrou com a votação nas urnas. Ela prossegue e tende a se radicalizar nos próximos dias.
Direto de La Paz, o repórter Leonardo Severo postou no site do ComunicaSul – um coletivo de jornalistas que faz coberturas alternativas dos principais acontecimentos na América Latina – uma nota tranquilizadora na noite de segunda-feira (21): “Após garantir maioria na Câmara e no Senado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, do Movimento Ao Socialismo (MAS), com 95,63% dos votos apurados, desponta como provável reeleito com 2.757.634 votos (46,85%) contra 2.162.237 (36,74%) do seu principal opositor, Carlos Mesa, do Comunidade Cidadã. A tendência do líder indígena continuar à frente do Estado para o período 2020-2025 era considerada irreversível por estarem chegando as ‘urnas do campo’, amplamente majoritárias pró-Evo”.
No dia seguinte (22), o tribunal eleitoral da nação vizinha confirmou a vitória em primeiro turno de Evo Morales – já que o candidato atendeu a legislação em vigor, alcançando mais de 40% dos votos e abrindo vantagem de 10% sobre o segundo colocado. Como era de se esperar, porém, a direita boliviana já anunciou que não irá respeitar o resultado das urnas. Carlos Mesa, o oportunista que se converteu no representante da oligarquia racista local e dos interesses do império ianque, já conclama os seus seguidores a sabotarem a democracia. “Não vamos reconhecer estes resultados, que são parte de uma fraude consumada de maneira vergonhosa e que está colocando a sociedade boliviana em uma situação de tensão desnecessária”, afirmou o golpista.
Ainda segundo relato de Leonardo Severo, o pleito foi acompanhado “por cerca de 200 observadores internacionais e transcorreu em clima de paz e tranquilidade”. Mesmo assim, a oposição fascistoide alardeia que houve “fraude” e conta com o respaldo dos principais veículos de comunicação do país. “No desespero, um dos jornais da oligarquia chegou a destacar em título ‘seis mortos no dia da eleição’. O incauto que ecoasse a barbaridade sem ler as entrelinhas não veria que dois bolivianos morreram de ataques do coração e quatro em acidentes de trânsito. Manipulação grotesca”.
Decidida a apostar no caos, a mídia burguesa dá destaque aos distúrbios organizados em várias cidades. Em Sucre, “um grupo enfurecido incendiou a fachada da sede do tribunal eleitoral da cidade, em meio aos gritos de ‘fraude’, fazendo a polícia de choque recuar”. “Em Oruro, centenas de jovens tentaram ocupar a sede do tribunal eleitoral, mas foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia de choque”. “Em Cochabamba, os manifestantes romperam o perímetro de isolamento do local da apuração, mas foram finalmente contidos pela polícia” – relatam alguns jornais bolivianos.
Diante das provocações, Evo Morales já anunciou que não se intimidará. Ele acusa a velha oligarquia racista e os EUA de estimularem a violência. Ele ainda critica a atitude desrespeitosa dos candidatos derrotados. Além de Carlos Mesa, a direita teve mais dois postulantes – o pastor evangélico de origem coreana Chi Hyun Chung, e o senador Óscar Ortiz. Em mensagem proferida na televisão, Carlos Romero, ministro de Governo, assegurou que Carlos Mesa terá que “assumir a responsabilidade por seus atos criminosos”. A luta política na Bolívia não se encerrou com a votação nas urnas. Ela prossegue e tende a se radicalizar nos próximos dias.
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