Da Rede Brasil Atual:
O diretor da Fenaj Marcio Garoni relata que as arremetidas contra a imprensa começaram já no início do ano, quando Bolsonaro afirmava que teria sido perseguido durante as eleições. “Quando a gente sabe que não foi bem assim. Muitas vezes, a imprensa foi até bem bondosa com ele durante a campanha”, afirmou, aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual desta terça-feira (5).
Outra contradição é que essa mesma imprensa classificada como “de esquerda” pelo presidente demonstra total alinhamento com a agenda econômica de privatizações e retirada de direitos. Agora esses mesmos veículos temem a radicalização do discurso de Bolsonaro que colocaria em xeque a liberdade de imprensa.
O problema, segundo Garoni, é que o ambiente de comunicação no Brasil é muito concentrado, com os principais veículos nas mãos de um número reduzido de famílias. Essas famílias têm também os seus interesses econômicos, que acaba “casando” com a pauta do governo. Essas contradições foram apontadas pela ex-presidenta Dilma Rousseff, que no fim de semana passado destacou que a imprensa “fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista” em nome da defesa da agenda neoliberal.
Ainda assim, o diretor da Fenaj diz que as declarações de Bolsonaro, ameaçando não renovar a concessão da Rede Globo, ou investindo contra o jornal Folha de S.Paulo, o primeiro a revelar o esquema ilegal de impulsionamento de mensagens pelo Whatsapp durante a campanha, são “perigosas” e “merecem ser repudiadas”. Garoni lembrou ainda que é o Congresso Nacional, e não a presidência, que avalia os processos de renovação das concessões públicas de rádio e TV.
Levantamento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) mostra que o presidente Jair Bolsonaro promove cerca de dez ataques à imprensa a cada mês. Desde a posse até o fim de outubro, foram 99 ataques – 88 tentativas de descredibilização dos jornais e 11 referências diretas a jornalistas. As investidas foram feitas em discursos, entrevistas e pelas redes sociais.
O diretor da Fenaj Marcio Garoni relata que as arremetidas contra a imprensa começaram já no início do ano, quando Bolsonaro afirmava que teria sido perseguido durante as eleições. “Quando a gente sabe que não foi bem assim. Muitas vezes, a imprensa foi até bem bondosa com ele durante a campanha”, afirmou, aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual desta terça-feira (5).
Outra contradição é que essa mesma imprensa classificada como “de esquerda” pelo presidente demonstra total alinhamento com a agenda econômica de privatizações e retirada de direitos. Agora esses mesmos veículos temem a radicalização do discurso de Bolsonaro que colocaria em xeque a liberdade de imprensa.
O problema, segundo Garoni, é que o ambiente de comunicação no Brasil é muito concentrado, com os principais veículos nas mãos de um número reduzido de famílias. Essas famílias têm também os seus interesses econômicos, que acaba “casando” com a pauta do governo. Essas contradições foram apontadas pela ex-presidenta Dilma Rousseff, que no fim de semana passado destacou que a imprensa “fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista” em nome da defesa da agenda neoliberal.
Ainda assim, o diretor da Fenaj diz que as declarações de Bolsonaro, ameaçando não renovar a concessão da Rede Globo, ou investindo contra o jornal Folha de S.Paulo, o primeiro a revelar o esquema ilegal de impulsionamento de mensagens pelo Whatsapp durante a campanha, são “perigosas” e “merecem ser repudiadas”. Garoni lembrou ainda que é o Congresso Nacional, e não a presidência, que avalia os processos de renovação das concessões públicas de rádio e TV.
Violência
A preocupação maior é quando a retórica do presidente de acirramento contra os veículos de mídia atinge os profissionais jornalistas, explica Garoni. Ele destaca que repórteres, que estão apenas cumprindo o seu papel de fiscalizar e exercer a crítica às ações do governo, “acabam pagando a conta”. Os ataques, em sua maioria, partem de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais, principalmente. “Essas pessoas começam a ser ameaçadas. Muitos jornalistas têm até que fechar (suas contas nas) redes sociais, porque começam a sofrer vários ataques. O risco é que essas ameaças saiam do controle e se tornem ações de violência física”, completa.
A preocupação maior é quando a retórica do presidente de acirramento contra os veículos de mídia atinge os profissionais jornalistas, explica Garoni. Ele destaca que repórteres, que estão apenas cumprindo o seu papel de fiscalizar e exercer a crítica às ações do governo, “acabam pagando a conta”. Os ataques, em sua maioria, partem de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais, principalmente. “Essas pessoas começam a ser ameaçadas. Muitos jornalistas têm até que fechar (suas contas nas) redes sociais, porque começam a sofrer vários ataques. O risco é que essas ameaças saiam do controle e se tornem ações de violência física”, completa.
Ouça a entrevista completa [aqui].
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: